Empresas gaúchas aproveitam o inverno para alavancar vendas

Por Jonathan da Silva

A chegada do inverno no Rio Grande do Sul tem movimentado diferentes setores da economia local, com empresas apostando na sazonalidade como uma oportunidade de crescimento. De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae RS), segmentos como alimentação, vestuário, turismo e energia costumam registrar aumento expressivo de demanda durante os meses mais frios. Para dar conta do crescimento nas vendas, empreendedores reforçam a importância de se ter estratégias de logística, produção e marketing.

Segundo o gerente do Sebrae RS na serra gaúcha, Gustavo Rech, o sucesso nesse período exige planejamento, sensibilidade ao mercado e gestão eficiente. “Empreendedores que se antecipam com boas análises e uma gestão eficiente saem na frente”, afirma o dirigente.

O Sebrae RS orienta empresários a reforçarem logística, realizarem campanhas de marketing sazonal, manterem uma gestão financeira realista e, quando necessário, contratarem profissionais temporários. “O inverno exige atenção redobrada ao estoque, à operação e à experiência do cliente, mas também abre espaço para inovação e criação de produtos personalizados para o frio, gerando diferenciação no mercado”, completa Rech.

Alimentação: capeletti como carro-chefe

Na serra gaúcha, a Al Dente Massas, de Caxias do Sul, tem no inverno seu principal período de faturamento. Segundo o sócio-proprietário, Felipe de Barros, o capeletti é o produto mais procurado da empresa entre maio e julho, quando as vendas do item aumentam cinco vezes em relação ao restante do ano. “Nosso faturamento praticamente triplica nesse período”, conta o empresário.

Para atender à demanda, a produção é organizada com antecedência pela marca. “Trabalhamos a partir de fevereiro e março para garantir os estoques. Hoje conseguimos manter a produção com equipe fixa e uso de automação, mas já recorremos a contratações temporárias para dar conta da ‘safra’, como chamamos internamente esse período”, explica a também sócia-proprietária Cecília Caregnatto de Barros.

Durante o auge da temporada, então, a produção se intensifica ainda mais. “Nossa máquina de capeletti começa a funcionar às 4h30min da manhã e vai até meia-noite. É o momento em que o negócio gira mais forte”, explica Felipe de Barros.

Vestuário: ticket médio triplica

O setor de vestuário também é impactado positivamente pelos efeitos do frio gaúcho. A empresa Vezzareto Uniformes, especializada em roupas personalizadas, tem no inverno seu período mais estratégico no ano. “Produzimos jaquetas e casacos, e com a queda das temperaturas, cresce naturalmente a procura por esse tipo de peça. Nosso ticket médio praticamente triplica nesse período”, revela o proprietário, Rodrigo Vezzaro.

Para atender à demanda, a empresa aposta no reforço de estoques, logística, atendimento e produção. “O inverno, para nós, não é apenas uma estação, mas uma oportunidade de crescimento e visibilidade”, enfatiza Vezzaro.

Chance de fidelização

Para o Sebrae RS, o inverno é também uma oportunidade para que as empresas fortaleçam laços com seus públicos. “Empresas que fortalecem o relacionamento com o cliente e oferecem experiências personalizadas durante o frio colhem bons resultados o ano inteiro. Investir em fidelização e inovação ajuda a transformar o consumidor ocasional em cliente fiel”, conclui Gustavo Rech.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
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