Tabaco mantém liderança na renda das famílias produtoras do sul

Por Jonathan da Silva

Mesmo com o avanço da diversificação agrícola, o tabaco segue como principal fonte de renda das famílias produtoras do sul do Brasil. Um levantamento divulgado em setembro de 2025 pela Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) aponta que, entre as safras 2023/2024 e 2024/2025, a receita com o cultivo cresceu mais de R$ 2,3 bilhões, chegando a R$ 14,17 bilhões. O valor representa 58,3% da renda total das propriedades rurais da região.

A safra 2024/2025 gerou uma receita de R$ 24,3 bilhões, alta de 16,15% em relação ao ciclo anterior. Na safra passada, o tabaco já respondia por 56,3% da renda, com R$ 11,78 bilhões. “Com uma cadeia produtiva consolidada e demanda estável no mercado externo, a cultura segue sendo um pilar econômico para milhares de pequenos produtores”, afirmou o presidente do SindiTabaco, Valmor Thesing.

Diversificação das culturas

O estudo também mostra avanço das demais culturas agrícolas, que saltaram de R$ 3,83 bilhões na safra 2023/2024 para R$ 5,5 bilhões em 2024/2025, crescimento de 43,85%. Com isso, a participação dessas culturas na renda das propriedades subiu de 18,3% para 22,7%.

Queda na produção animal

Na contramão, a produção animal e os produtos granjeiros tiveram recuo. A receita caiu de R$ 5,32 bilhões para R$ 4,63 bilhões, reduzindo a participação de 25,4% para 19,1%. “O movimento pode indicar um reposicionamento dos produtores frente aos custos e à rentabilidade do setor pecuário”, avaliou Thesing.

Mais famílias produtoras

Outro dado destacado pela Afubra é o aumento no número de famílias envolvidas no setor, que passou de 133 mil para 138 mil, uma alta de 3,76%. O crescimento pode estar ligado à atratividade econômica do cultivo de tabaco conforme a entidade.

Foto: Banco de imagens/SindiTabaco/Divulgação | Fonte: Assessoria
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