Super Feirão Zero Dívida foi prorrogado e mais consumidores poderão reduzir seus débitos

Por Gabrielle Pacheco

Com juros extremamente baixos, o Super Feirão Zero Dívida é uma oportunidade para que os consumidores possam fechar 2020 sem pendências financeiras e aproveitar as compras de final de ano. Pelo terceiro ano consecutivo, a CDL Porto Alegre realiza o Super Feirão Zero Dívida, que, nesta edição, obteve recorde de adesões e atendimentos. A ação, promovida em mais 100 municípios do Estado, acontece desde o dia 9 de novembro, de forma totalmente virtual, e foi prorrogada até a próxima terça-feira (17). Mais de 2,7 mil empresas do comércio, bancos, instituições de ensino e financeiras estão reunidas em uma grande mobilização para oportunizar aos consumidores quitarem suas dívidas e começarem o novo ano com tudo em dia. O número de empresas participantes neste ano dobrou em relação a 2019. Para se ter uma ideia, de todas as dívidas contidas no banco de dados do SCPC, no RS, mais de 60% delas podem ser resolvidas no Super Feirão Zero Dívida.

A partir de janeiro de 2021, incertezas deverão pairar sobre a economia, pois o governo poderá não renovar os programas de auxílios à população e de preservação das empresas e empregos, levando a economia a uma nova realidade, como aponta o economista-chefe da CDL Porto Alegre, Oscar Frank. “A partir de descontos vantajosos, a quitação de dívidas é extremamente relevante para ambos os lados. O consumidor irá reduzir seu fardo financeiro, tornar a dívida mais barata e voltar a tomar crédito. Do lado da empresa, haverá o fortalecimento da receita em um período e crise e do relacionamento com o seu cliente”, aponta Frank.

Para participar, o consumidor deve acessar o site do Super Feirão Zero Dívida e iniciar uma conversa com o assistente virtual ‘Renê’, criado neste ano para possibilitar um atendimento mais próximo aos consumidores através de um chat e auxiliar na negociação com as empresas credoras, proporcionando ainda mais agilidade do processo.

Para o presidente da CDL POA, Irio Piva, a ação propõe facilitar acordos entre credores e devedores, em ações nas quais todos são beneficiados: “inadimplentes terão novamente poder de compra, e empresas poderão atualizar dados de seus clientes e ter uma melhora significativa no crédito”. A data do evento propicia que o consumidor aproveite a primeira parcela do 13º salário para colocar em dia suas dívidas.

O economista-chefe da CDL Porto Alegre preparou algumas dicas para que o consumidor possa aperfeiçoar a gestão de seus recursos e manter em dia as finanças pessoais:

Antes de pensar em investir, pague suas dívidas

Tanto as dívidas caras (cartão de crédito, empréstimos pessoais) quanto as mais baratas (consignados) apresentam juros substancialmente mais elevados do que quaisquer retornos propiciados pelos investimentos. É possível que, no curto prazo, alguma aplicação de renda variável possibilite ganhos expressivos, mas é impossível que isso se sustente no médio e no longo prazos. Portanto, é necessário quitar todos os débitos antes de começar a poupar. O mesmo raciocínio se aplica à amortização / quitação do financiamento imobiliário, caso esses juros sejam maiores do que a remuneração das aplicações financeiras.

Como criar a disciplina para poupar? A grande mágica está nos aportes mensais constantes

Muitos pensam que:

R – G = P

ou seja, Receitas menos os Gastos são iguais à Poupança, quando, na verdade,

R – P = G

ou seja, Receitas menos a Poupança são iguais aos Gastos mensais.

A dica é reservar automaticamente a parcela destinada aos investimentos, mediante alguma conta-salário que transfira os valores sem qualquer tipo de interferência. É o conceito “pay yourself first”.

Vale a pena poupar pouco?

O retorno obtido a partir de aportes de R﹩ 100 ou R﹩ 200 é muito pequeno. Aqui, é interessante avaliar de que maneira esses rendimentos podem ser potencializados a partir de outras alternativas. Por exemplo, a poupança mensal pode ser alocada em cursos e qualificações, com o intuito de majorar a capacidade do profissional em agregar valor e resolver problemas cotidianos. Como resultado, o trabalhador pode receber uma promoção que lhe garante um acréscimo substancial de renda: ganho salarial mensal extra de R﹩ 1.000,00, por exemplo. Ou seja, abriu-se mão de uma pequena remuneração sobre o capital financeiro investido no curto prazo, focando no desenvolvimento de habilidades, para elevar – e muito! – seus vencimentos.

Cuidado com o padrão de vida:

Se, por exemplo, sua renda aumenta em R﹩ 500,00, seu padrão de vida não pode se elevar em R﹩ 500,00. Dessa forma, você poderá realizar maiores aportes mensais, encurtando assim o prazo para o atingimento de suas metas.

Os três tipos de reserva:

– Qual o melhor investimento?

Pergunta 1: Estou disposto a correr riscos?

Maiores riscos estão associados a maiores retornos.

Pergunta 2: Qual meu objetivo com o dinheiro?

Curto prazo está associado a rendimentos mais baixos, e longo prazo, com rendimentos mais altos.

Pergunta 3: E se eu precisar do dinheiro a qualquer momento?

Aqui, é fundamental avaliar a liquidez do investimento, ou seja, se existe alguma carência ou não para o resgate do capital. Logo, o melhor investimento depende da análise de cada um desses componentes.

A importância da diversificação: “não se deve colocar todos os ovos no mesmo cesto”. Segundo a teoria do portfólio, a diversificação reduz o risco associado à carteira. Quanto menos correlacionados os ativos, maior a segurança: se um cai, o outro deve subir, e vice-versa.

Mitos sobre a poupança:

É a única alternativa a apresentar liquidez? Não!

Poupança é o único investimento simples, com pouca burocracia? Não!

Poupança é o único investimento para os quais os aportes podem ser pequenos? Não!

Poupança é garantida pelo governo? Não! E sim pelo Fundo Garantidor de Créditos, formado pelo capital dos bancos. Quando há alguma quebra, é permitido reaver o valor até o seu limite: R﹩ 250.000,00 por CPF por instituição financeira.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
Publicidade

Você também pode gostar