Ao perceber que no pátio de casa havia um soldado do quartel e uma agente de saúde conversando com seu pai, Tauani Alves, de 10 anos, apressou-se para acompanhar o diálogo. O assunto não era novidade para ela. “A gente teve palestra na escola sobre o mosquito da dengue, e falaram que não pode deixar água parada”, contou.
O loteamento Beckenkamp (Santa Cruz do Sul), em que Tauani mora, é um dos locais onde aconteceu o mutirão de combate ao Aedes aegypti no sábado, 11 de dezembro. O trabalho de orientação aos moradores também ocorreu no Residencial Viver Bem, no loteamento Santa Maria e no bairro Dona Carlota.
Moradora do loteamento Santa Maria desde agosto deste ano, a safrista Nilva da Silveira recebeu orientações para colocar alvejante em uma fossa no pátio de casa. “É muito bom que eles expliquem pra gente”, disse.
Na operação, caminhões e retroescavadeira da prefeitura também realizaram o recolhimento de entulhos em residências e fizeram a limpeza de terrenos baldios.

Cerca de 130 pessoas foram envolvidas na força-tarefa. A secretária de Saúde, Daniela Dumke, e a coordenadora da Vigilância e Ações em Saúde, Francine Braga, coordenaram o início da operação. Mais de 1.500 imóveis foram visitados.
Participaram do mutirão agentes de Saúde e de endemias, 30 militares do 7º BIB, Guarda Municipal, Departamento de Fiscalização de Trânsito, Brigada Militar, Corpo de Bombeiros, e diversas secretarias do município.

Sobre o contágio
Segundo dados da Vigilância Sanitária, em 2021 foram notificados 6.914 casos, e 5.081 confirmados. A maior parte deles, nos meses de abril e maio. Outros 1.796 foram descartados. Atualmente, de 79 casos suspeitos, 37 aguardam resultado e 42 deram negativo, e não há nenhum caso ativo. Só neste ano, são 5 óbitos, e 4 casos de zika confirmados.



