Primeiro foco de gripe aviária do Brasil é confirmado em granja comercial de Montenegro

Por Jonathan da Silva

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou nesta quinta-feira (15) o primeiro foco de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em uma granja de produção comercial no Brasil. O caso foi registrado em Montenegro, no Vale do Caí. Esta é a primeira vez que o vírus da gripe aviária é detectado em um sistema de avicultura comercial no país. Desde 2006, a circulação do vírus ocorre em países da Ásia, África e norte da Europa, mas até agora não havia sido identificado em granjas comerciais brasileiras.

De acordo com o Ministério, a doença não é transmitida pelo consumo de carne de aves nem de ovos. “A população brasileira e mundial pode se manter tranquila em relação à segurança dos produtos inspecionados, não havendo qualquer restrição ao seu consumo”, informou o ministério em comuniocado. O risco de infecção em humanos é considerado baixo e se concentra em pessoas com contato direto e intenso com aves infectadas, vivas ou mortas.

Ações de contenção em andamento

As medidas de contenção e erradicação previstas no Plano Nacional de Contingência já foram iniciadas. Segundo o Mapa, elas têm como objetivo controlar o foco da doença, manter a capacidade produtiva do setor e garantir o abastecimento e a segurança alimentar da população.

Além disso, o ministério comunicou oficialmente o caso à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), aos Ministérios da Saúde e do Meio Ambiente, aos parceiros comerciais do Brasil e aos representantes das cadeias produtivas envolvidas.

Treinamento e vigilância desde os anos 2000

Desde a primeira década dos anos 2000, o Serviço Veterinário brasileiro tem sido preparado para o enfrentamento da gripe aviária, com ações como monitoramento de aves silvestres, vigilância epidemiológica nas aviculturas comercial e de subsistência, treinamentos de técnicos, campanhas de educação sanitária e controle nos pontos de entrada de animais e produtos de origem animal.

Segundo o Mapa, essas medidas foram fundamentais para retardar a entrada da doença na avicultura comercial brasileira por quase duas décadas.

Foto: BearFotos/Freepik/Reprodução | Fonte: Assessoria
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