O e-commerce brasileiro fechou o ano de 2021 com resultados positivos, mesmo com a retomada do comércio físico e o cenário econômico mais desafiador, repetindo o movimento iniciado no ano passado. Em 2021, as pequenas e médias empresas do Rio Grande do Sul faturaram mais de R$90,8 milhões com as vendas online, valor 88% maior que o registrado no mesmo período do ano passado (R$ 48,2 milhões).
O crescimento do faturamento do estado é superior ao crescimento nacional, que foi de 77%. Em todo o Brasil, as PMEs faturaram R$2,3 bilhões com o e-commerce. Os dados são do estudo NuvemCommerce, análise especializada anual do e-commerce brasileiro realizada pela Nuvemshop.
O estudo está em sua 7ª edição e, desta vez, traz o desempenho das PMEs no e-commerce durante 2021, segundo ano do isolamento social e ano marcado pelos novos hábitos de consumo transformados desde 2020. No último ano, ainda mais brasileiros compraram no digital: 5 milhões de consumidores compraram produtos pela internet pela primeira vez. Além do balanço de 2021, o levantamento também indica as principais tendências de vendas e consumo para este ano.
“O ano passado apresentou desafios para toda a economia, especialmente para os pequenos e médios negócios. O comércio enfrentou um período de incertezas sobre a maneira de operação e, por isso, a combinação dos meios físico e virtual esteve relevante como nunca. Se, de um lado, houve desafios no cenário econômico, com alta da inflação e dificuldade de crescimento do país; de outro, pequenas e médias empresas conseguiram expandir seus negócios no digital. Em 2021, ter uma loja online deixou de ser uma alternativa e passou a ser uma condição fundamental para as PMEs. Saímos de 2020, um ano marcado pela intensa transformação digital, e chegamos em 2021, época de consolidar a presença no mundo online”, explica Alejandro Vázquez, CCO e cofundador da Nuvemshop.
Balanço das PMEs do RS
Apenas no estado, as PMEs venderam 1,5 milhão de produtos em 2021, quantidade 58% superior ao volume do mesmo período do ano passado (977 mil). Isso significa que foram vendidos quase 3 produtos por minuto. O volume de pedidos (que pode envolver um ou mais itens em uma única venda) também esteve em alta, atingindo 355 mil no mesmo período (em 2020, foram 202 mil). O ticket médio foi de R$255,27, um aumento de 7% em relação ao valor em 2020 (R$239,19).
Segmentos que mais faturaram no RS
• Moda (R$27 milhões – +72%)
• Itens para cozinha (R$11,9 milhões – +59%)
• Calçados (R$4,4 milhões – +424%)
• Saúde & Beleza (R$3,9 milhões – +66%)
• Esportes (R$3,6 milhões – +221%)
• Casa & Jardim (R$3,5 milhões – +100%)
• Produtos eróticos (R$2,9 milhões – +39%)
• Acessórios (R$2,6 milhões – +105%)
• Presentes (R$2 milhões – +109%)
• Eletrônicos (R$1,7 milhão – +124%)
Curiosidades no RS
Os dados de segmentos que apresentaram as maiores taxas de crescimento em faturamento em 2021 também expressam o cenário do país e os hábitos de consumo e tendências de cada região. No Rio Grande do Sul, a retomada da economia e a ampla vacinação possibilitaram a volta da prática de esportes, o que se refletiu no aumento das vendas de artigos para esportes: esses e-commerces tiveram um faturamento 221% maior que em 2020 (saltando de R$1,1 milhão para R$3,6 milhões).
A volta das atividades fora de casa também impactaram nos cuidados com a aparência e a beleza dos brasileiros no último ano. Em relação a 2020, o segmento de Calçados aumentou o faturamento em 424% (R$4,4 milhões em 2021), enquanto o segmento de Acessórios cresceu em 105% (R$2,6 milhões).
O avanço do calendário de vacinação também permitiu que as pessoas voltassem a fazer pequenas reuniões e aproveitassem o tempo livre. O segmento de bebidas alcoólicas teve um aumento de 383% (R$1,6 milhões). Além disso, no Rio Grande do Sul, o cuidado com a casa também esteve em alta: as lojas virtuais de Casa & Jardim tiveram faturamento de R$3,5 milhões, o que representa o dobro do faturamento de 2020.
Pagamentos e logística em destaque
Para driblar a inflação mais alta e realizar compras, o cartão de crédito foi a principal opção dos consumidores, pelo benefício do parcelamento, representando mais de 54% dos pedidos pagos no ano. Mas o principal destaque ficou para os pedidos pagos com Pix (6%), que ultrapassaram os que foram pagos com boleto (5%), garantindo praticidade para o cliente e o lojista. “Com o Pix, o empreendedor recebe imediatamente o valor da compra e consegue realizar uma gestão mais eficiente do estoque, o que é fundamental para não perder vendas em momentos de grandes picos, como a Black Friday”, afirma Guilherme Pedroso, Country Manager da Nuvemshop no Brasil.
Em relação à logística, a grande aposta das PMEs foi a digitalização das opções de envio. Os meios tradicionais de logística, como os Correios, foram responsáveis por menos envios: entregaram cerca de 27% dos pedidos em 2021, enquanto em 2020 eram responsáveis por 35% das entregas.
Resumo da Pesquisa
• Crescimento das PMEs do estado foi superior ao crescimento nacional, que ficou em 77% no ano;
• O faturamento das PMEs do Rio Grande do Sul foi de R$90,8 milhões com o e-commerce;
• Número de pedidos do estado cresceu em 76%, saltando de 202 mil para 355 mil;
• Em todo o país, 5 milhões de consumidores compraram pela internet pela primeira vez;
• Os cinco segmentos que mais faturaram no estado foram Moda, Itens para cozinha, Calçados, Saúde & Beleza e Esportes;