Pesquisa revela as consequências do aumento do aluguel nos shoppings da Capital

Por Stephany Foscarini

O impasse entre lojistas e administradoras de shoppings centers da Capital quanto à aplicação do IGP-M, hoje acima de 35%, para o reajuste do aluguel, deve fazer com que haja algumas mudanças no comércio nos próximos meses. Foi o que revelou a recente sondagem realizada pelo Núcleo de Pesquisa do Sindilojas Porto Alegre com uma amostra representativa dos empresários que possuem lojas nesses locais. Os dados indicam que 72% deles seguem tentando negociar o reajuste, mas que parte já traçou o que poderá acontecer. Confira abaixo:

  • 23% acreditam que terá de procurar um ponto mais barato;
  • 13% precisarão deixar o ponto;
  • 8% demitirão funcionários;
  • 5% atrasarão o pagamento de fornecedores;
  • 4% atrasarão alguma conta;
  • 3% atrasarão o pagamento de funcionários;
  • 2% adotarão ações para reduzir custos;
  • 1% venderá apenas online;
  • 20% não sabe;
  • 34% não pretendem fazer nada.

Questionados se possuem um plano B caso a única saída seja fechar o estabelecimento no local atual, 23% afirmaram que sim. Nesse planejamento está:

  • Mudar a loja para outro shopping que permita uma negociação razoável (61%);
  • Abrir uma loja de rua (22%);
  • Fechar a loja e realizar projetos pessoais (4,3%);
  • Trocar o ponto no mesmo shopping por outro de aluguel mais em conta (4,3%);
  • Tentar outro negócio que não seja no varejo (4,3%);
  • Fechar uma das lojas de sua propriedade (4,3%).

O Sindilojas Porto Alegre, como representante legal dos lojistas do comércio da Capital, informa que está questionando em juízo a atualização dos índices de aluguel nesses estabelecimentos. A alternativa para o atual momento, de grandes perdas no setor devido ao impacto econômico ocasionado pela pandemia, seria trocar os índices IGP-M e IGP-DI, geralmente utilizados nos contratos, pelo IPCA.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
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