O doutor em educação e especialista em agronegócio, professor Luiz Tejon, será um dos painelistas do Connection Terroirs do Brasil, que acontece em Gramado/RS, de 28 a 31 de maio. Em recente conversa com a equipe da Rossi e Zorzanello, organizadora do evento, e do Sebrae, correalizador, o professor exaltou a iniciativa, a escolha do nome e o destaque que está sendo dado ao tema.
“Muito legal. Eu achei genial estarem adotando o nome Terroir. Porque esse é um grande nome no mundo, especialmente na Europa. Tudo é terroir. O Brasil tem que falar de terroir. Esse movimento é um movimento muito importante para o país, porque você pode produzir commodity, mas as pessoas comem sabor, comem saúde”, afirma.
O especialista fará palestra na manhã do dia 29 de maio, no Palácio dos Festivais de Gramado, às 11h. “Esse assunto é um assunto mundial. Eu dou aula na França e a juventude do mundo fala em terroir, fala em local, fala em familiar, fala em originação. Isto é uma grande tendência. O Brasil precisa falar disso. O Brasil, para criar uma imagem efetiva, precisa falar de terroir”, acrescenta.
De acordo com Tejon, o consumo de produtos originais, com territorialidade e certificação de Indicação Geográfica é uma tendência mundial, e elogiou a realização do evento para repercutir os terroirs brasileiros. “Então, eu aplaudo a iniciativa, e ela tem que ter uma dimensão muito maior, e turismo é agribusiness total, certo? E vou dizer, turismo é ir comer em algum canto. Onde quer que você esteja, qual é a especialidade daquele local? A gente vive numa gastronomia incrível com relação ao turismo mundial”, defendeu.
“A juventude do mundo está muito ligada no local, exatamente no conceito de terroir. O Salão de Agricultura de Paris, por exemplo, é um salão de terroir. Aliás, a única representação brasileira no Salão da Agricultura desse ano era um brasileiro que montou um restaurante com churrasco. E estava cheio de gente lá nesse lugar. Ele fez um churrasco, picanha, enfim, caipirinha, etc. Era a única coisa do Brasil que tinha naquele gigantesco salão em Paris. Então, o Brasil precisa ir para o mundo levando o terroir”, ponderou.
“E o Brasil tem um apelo impressionante. O Brasil tem um carisma de alegria incrível. Esse lugar lá no Salão da Agricultura, eu fiquei espantado. Eu falei: cara, o que você fez? Ele é um cara que veio do Macapá, lá do Amapá, foi lá pra França e tal, começou a se virar, conseguiu um espaço e fez um restaurante no meio do Salão da Agricultura de Paris, competindo com outros países, e foi um sucesso. Ou seja, um cara sozinho consegue fazer isso. Então, tem aí no Connection uma oportunidade muito grande”, finalizou.