O documentário que marca os 20 anos do Festival Sul em Dança estreou neste sábado (26) no Teatro Municipal de São Leopoldo, cidade onde o projeto surgiu em 2003. O evento contou com a presença de alunos, professores, profissionais do setor cultural e autoridades locais, como o prefeito Heliomar Franco (PL). A produção retrata a trajetória de duas décadas do evento considerado o maior festival de dança do Rio Grande do Sul e um dos principais do Brasil.
A idealizadora e diretora do festival, Margit Kolling, conduziu a cerimônia de lançamento. “Mostrar como surgiu o projeto e o impacto transformador nas vidas de centenas de pessoas nos incentiva a continuar a sonhar, planejar e executar”, destacou Margit. O documentário apresenta depoimentos de pessoas que participam do festival desde sua criação, como o caso de Natália Peggaz, ex-aluna, atual diretora da escola fundada por Margit e colaboradora da organização. “São momentos maravilhosos, onde o mundo da dança se reúne e nos tornamos uma grande família”, afirmou Natália.
Importância do evento para a cidade
Estiveram presentes na estreia, além do prefeito de São Leopoldo, Heliomar Franco, a primeira-dama e secretária de Assistência Social, Simone Dutra, e a secretária de Cultura e Relações Internacionais, Lionella Goulart. “É um orgulho e uma honra a cidade ter uma embaixadora como a Margit, que leva o nome de São Leopoldo para todos os lugares. Estou aqui, nesta noite tão especial, representando 230 mil pessoas que têm muita honra em ter esta entrega”, ressaltou o prefeito.
A secretária Lionella Goulart também destacou a relevância cultural do projeto. “O filme é lindo e emocionante e conta os mais de 20 anos de história do Sul em Dança originado aqui em São Leopoldo e que, por meio de um edital de financiamento à cultura, foi possível ser viabilizado”, pontuou a titular da pasta cultural.
Produção cultural com apoio público
O documentário foi realizado com recursos da Lei Complementar 195/2022 – Lei Paulo Gustavo. A obra é uma realização do Ministério da Cultura, da Prefeitura de São Leopoldo e da Secretaria Municipal de Cultura e Relações Internacionais. A direção é de Margit Kolling, com produção de Luka Ibarra, da Lucida Desenvolvimento Cultural. A captação audiovisual ficou a cargo da produtora MOOV.art, com direção de Fernando Muniz.
Após a estreia, o filme será disponibilizado no canal do festival no YouTube e exibido em todas as edições futuras do evento. “Fiz questão de fazer a estreia em São Leopoldo porque o festival começou aqui, queria de alguma forma honrar a nossa cidade, mostrando onde o Sul em Dança nasceu e valorizando a dança daqui. Um trabalho que é de São Leopoldo para todo o Rio Grande do Sul e todo o Brasil. É um orgulho imenso poder ter este documentário, esta história contada a partir de São Leopoldo”, afirmou Margit.
O que é o Festival Sul em Dança
Com cerca de 227 mil pessoas impactadas ao longo de sua trajetória, o Festival Sul em Dança já promoveu mais de 10 mil apresentações em aproximadamente 3 mil horas de programação. Desde sua origem como “São Leopoldo em Dança”, o evento passou por diferentes espaços, como a Sociedade Ginástica, o Ginásio Celso Morbach e o Centro de Eventos de São Leopoldo. Em 2016, foi realizado no Teatro Feevale, em Novo Hamburgo, e desde 2017 ocorre no Teatro FIERGS, em Porto Alegre, onde acontecerá a 21ª edição entre os dias 13 e 18 de maio.
Em 2024, devido à enchente de maio, o festival regular foi cancelado, sendo realizada uma edição especial para os públicos Kids e Teen no Teatro Feevale.
Capacitação e cadeia produtiva da cultura
Antes da exibição do documentário, Margit Kolling ministrou uma palestra sobre a importância da gestão de processos na realização de projetos culturais. “Os sonhos somente são concretizados e continuados com muita persistência e com muito conhecimento sobre gestão de processos e de pessoas”, explicou, destacando sua formação em áreas como Publicidade e Propaganda, economia cultural e gerenciamento de riscos.
A diretora também destacou o papel dos apoiadores e patrocinadores do festival. “Não se trata apenas do recurso financeiro e sim do seu significado: cada apoio representa um investimento direto na realização de sonhos. A partir dele, toda uma cadeia produtiva é movimentada — artistas, técnicos, prestadores de serviço, educadores e diversos profissionais que vivem da cultura têm a oportunidade de atuar e seguir fazendo arte acontecer”, concluiu Margit.