A Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) da CRVR, localizada em Minas do Leão, começou a receber resíduos líquidos de empresas e municípios após um período de comissionamento. Com um investimento superior a R$ 20 milhões, a unidade tem capacidade de tratar 60 mil litros por hora e é a maior do tipo no Rio Grande do Sul.
O diretor-presidente da CRVR, Leomyr Girondi, destaca a importância da estação para o estado. “Este é um marco para o estado, que possui um déficit de soluções nesta área, fazendo com que muitas empresas tenham que tratar os seus próprios efluentes com estruturas onerosas ou enviá-los para tratamento fora do estado”, afirma Girondi.
Capacidade e tecnologia da estação
A ETE trata resíduos provenientes de fossas sépticas, caixas separadoras de água e óleo, além de indústrias alimentícias, de bebidas e laticínios. O processo inclui tratamento preliminar, biológico, físico-químico e nanofiltração. Ao final do tratamento, os efluentes ficam livres de odor e cor, podendo ser reutilizados como água de reuso.
O coordenador da Unidade de Valorização Sustentável (UVS) da CRVR em Minas do Leão, Diemeli Tessele, ressalta que a estação representa uma solução inovadora para atender a crescente demanda por esse tipo de serviço no estado. “Com a tecnologia desta planta, iremos tratar com segurança ambiental o que hoje representa um desafio para muitas empresas e indústrias”, pontua Tessele. O coordenador também destaca a possibilidade de gerar subprodutos, como fertilizantes, a partir do lodo resultante do processo.
Supervisão e controle de qualidade
A unidade conta com 30 colaboradores diretos e uma equipe comercial dedicada ao atendimento do mercado. Além disso, possui um laboratório próprio para análise de amostras do processo e dos efluentes recebidos. A supervisora da estação, engenheira Thaís Almeida, explica que o controle de qualidade garante que apenas efluentes com características compatíveis aos do chorume – resíduo gerado em aterros sanitários – sejam aceitos. “Esta é uma conquista para a nossa equipe, para o município de Minas do Leão e toda a região Carbonífera e arredores, que agora contam com uma solução adequada e próxima”, pondera Thaís.