Trensurb participa de 2º Fórum de Mobilidade da ANPTrilhos

Por Marina Klein Telles

Na tarde da quarta-feira (24), o diretor-presidente da Trensurb, Pedro Bisch Neto, participou do 2º Fórum de Mobilidade da Associação Nacional de Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos). Bisch foi um dos participantes do painel setorial sobre avanço dos projetos e atração de investimento. O painel foi mediado pelo conselheiro da ANPTrilhos e diretor Diretor de Operação e Manutenção da CPTM, Luiz Eduardo Argenton.

“A Trensurb não poderia deixar de participar desse evento, que é o mais expressivo do setor ao longo deste ano e que reúne os principais operadores, tanto públicos quanto privados, além de fornecedores e investidores do setor”, afirma Pedro Bisch sobre a participação no Fórum. “Na ocasião, apresentamos as nossas expectativas em relação a potenciais investimentos e, principalmente, em relação a melhorias que pensamos ser indispensáveis na prestação do serviço metroviário”, completa.

Em sua fala no evento, o diretor-presidente citou rapidamente o que considera serem investimentos necessários na estrutura da empresa, incluindo a renovação da frota de trens, além de iniciativas da Trensurb para fomentar o desenvolvimento dos entornos das estações e oportunidades de investimentos. Nesse sentido, falou da área junto à Estação Novo Hamburgo do metrô que deve receber um terminal de integração intermodal com áreas comerciais e também do aproveitamento urbanístico de áreas lindeiras à Estação Aeroporto e à sede da empresa. Citou também a possibilidade de uso de áreas da linha metroviária para instalação de infraestrutura de rede de telefonia móvel.

No entanto, sua manifestação teve como foco a possibilidade de transformação das estações metroferroviárias em espécies de hubs, centrais de serviços, facilidades e soluções para o dia a dia dos passageiros, contribuindo assim na atração de usuários e investimentos. “As nossas estações têm um trunfo, que são pessoas, um volume de gente que não tem em lugar nenhum”, afirmou. “Como não aproveitar isso? Por que não pensamos, por exemplo, na estação como um centro de conexão com todo o entorno?”, questionou o dirigente.

Entre os possíveis novos serviços, atividades e soluções, Bisch sugeriu que as estações poderiam ter terminais que permitam acesso a serviços públicos diversos e também espécies de vitrines do comércio próximo. “Nós podemos ser criativos”, declarou. “Nós temos uma infraestrutura boa, se investirmos um pouquinho nisso, muito menos que nos trens, conseguimos gerar novos serviços e ter taxas de retornos que são complementares e realimentadoras do interesse do passageiro”.

Bisch considera que, pensando “criativamente”, é possível promover novas atividades que se somem a outras ações como as já praticadas pela Trensurb e parceiros, como a disponibilização de exposições e obras de arte e até mesmo de escuta qualificada para pessoas em sofrimento. “São novos mercados, novas demandas humanas que podemos atender tendo a infraestrutura que temos”, afirmou.

Após a fala de Bisch, o moderador do painel, Luiz Eduardo Argenton, destacou a importância da discussão das receitas acessórias – para além da receita operacional de transporte. “A jornada do passageiro, que é o que o Pedro Bisch falou, é fundamental para os próprios projetos de investimento. É avaliar o que o nosso passageiro precisa em toda a sua jornada dentro dos sistemas metroferroviários. Isso é fundamental e tem que ser levado em consideração porque é o bem estar do passageiro”. Para ele, as receitas acessórias e as iniciativas em prol do bem estar dos usuários dos sistemas também devem ser considerados quando se está discutindo possibilidade de investimentos: “Isso alavanca, com certeza, investimentos. Isso traz um outro panorama para que possamos ter mais trilhos, mais sistemas funcionando”.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
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