Experimentando recuperação gradual, que ganhou mais força a partir do segundo semestre deste ano, o setor calçadista brasileiro comemora a criação de mais de 37 mil postos de trabalho entre janeiro e outubro. Foram 31 mil vagas geradas somente de junho e o mês dez. Os dados, elaborados pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), apontam que em outubro a atividade somou 282,8 mil postos de trabalho diretos em todo o Brasil, 13% mais do que em outubro passado e 0,6% menos do que em outubro de 2019.
Os números, evidentemente, se traduzem na geração de empregos. O setor calçadista, por ser intensivo em mão de obra, responde muito rápido às melhorias do mercado”.
Para o presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, os dados apontam para a importância do arrefecimento da Covid-19 e a liberação do comércio físico. Além disso, as exportações de calçados vêm ajudando na recuperação. Entre janeiro e outubro, as exportações somaram 99 milhões de pares, gerando US$ 712,4 milhões, incrementos de 32,2% em volume e de 30,7% em receita na relação com o mesmo ínterim do ano passado. No comparativo com o acumulado de 2019, as exportações de calçados estão 2,7% superiores em volume e 13,2% inferiores em dólares. No mercado interno também existe uma recuperação, mas menos intensa, de incremento de 24% nas vendas do varejo. “Os números, evidentemente, se traduzem na geração de empregos. O setor calçadista, por ser intensivo em mão de obra, responde muito rápido às melhorias do mercado”, avalia Ferreira.
Estados
Entre os estados brasileiros, o que mais gerou vagas entre janeiro e outubro foi o Rio Grande do Sul. Principal empregador na atividade, com ⅓ das vagas totais, o Estado gerou mais de 10 mil postos no período. Com o resultado, o setor calçadista gaúcho atinge 85 mil pessoas empregadas na atividade, 11,4% mais do que em outubro passado e 6,3% menos do que em outubro de 2019.
O segundo estado que mais emprega no setor calçadista brasileiro é o Ceará. Entre janeiro e outubro, as empresas locais geraram 3,5 mil postos, fechando o mês dez com 62,3 mil pessoas empregadas na atividade, registro 7,1% superior ao de outubro passado e 9,8% superior ao de outubro de 2019.
A Bahia é o terceiro maior empregador do setor calçadista nacional. Entre janeiro e outubro, as fábricas baianas geraram 8,6 mil vagas, fechando o décimo mês do ano com 35,7 mil pessoas empregadas na atividade. O número é 32,8% superior ao de outubro passado e 22% superior ao de outubro de 2019.
Na quarta posição no ranking de empregos gerados na atividade calçadista, São Paulo gerou 7,5 mil postos entre janeiro e outubro. Com o resultado, o Estado soma 32,5 mil pessoas empregadas na atividade, 23% mais do que no mesmo período de 2020 e 12,8% menos do que no mês correspondente de 2019.
O quinto maior empregador do setor é Minas Gerais. No Estado, foram criadas 4,37 mil vagas entre janeiro e outubro, fechando o mês dez com 30,5 mil postos na atividade, 10% mais do que no mesmo período de 2020 e 11% menos do que no intervalo correspondente de 2019.
Estados que mais empregam no setor
1º Rio Grande do Sul
85 mil postos
2º Ceará
62,3 mil postos
3º Bahia
35,7 mil postos
4º São Paulo
32,5 mil postos
5º Minas Gerais
30,5 mil postos