Graças a iniciativas que unem o poder público e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a quantidade de documentos necessários para efetivar a abertura ou fechamento de empresas vem diminuindo a cada ano em todo o Brasil.
Desde 2014, o Sebrae no Rio Grande do Sul, em parceria com a Junta Comercial, Industrial e Serviços do Rio Grande do Sul (JucisRS), trabalha na implantação da Redesimples no estado.
Com a ação, 18 milhões de imagens foram digitalizadas, ocasionando o descarte de aproximadamente 8 milhões de folhas que eram armazenadas desnecessariamente.
Durante o desenvolvimento do trabalho, a equipe envolvida na digitalização do acervo da Junta Comercial do Rio Grande do Sul se deparou com os documentos e histórias mais variados.
“Quando iniciamos, tivemos contato com documentos datados de 1879, de empresas que realizavam a integralização do capital social com escravos”, relembra o então gestor do projeto Redesimples no Rio Grande do Sul, Alessandro Machado.
Entre os percalços, o gestor elege a resistência à mudança como principal dificuldade. “É um processo de alterar a cultura, até as pessoas entenderem que o empresário vai poder registrar o negócio sem intermediário e de forma online, na casa dele”.
Rosângela Sinhoreli e Tatiani Abreu enxergaram no processo de digitalização uma oportunidade para empreender. Em 2018, as sócias abriram a Sinhoreli Registro Empresariais, empresa especializada em serviços na área societária e paralegal, com expertise em registro empresariais, incluindo a junta digital.
“Vejo essa mudança como algo positivo. O registro digital é uma proposta excelente, já tivemos casos em que mandamos os documentos pela manhã e à tarde já estávamos com a empresa registrada e com CNPJ. O ganho de tempo é muito grande”, conta Rosângela.