Decidir o futuro em meio a tantas opções de cursos é um desafio conhecido dos jovens que sonham ingressar em uma universidade. Com a retomada dos concursos vestibulares depois de praticamente dois anos letivos prejudicados, o recomeço é bem-vindo. Para quem está terminando o ensino médio ou já está no cursinho preparatório, a dica é visualizar alternativas de carreiras inovadoras e novos mercados de atuação, dentro de profissões já consolidadas. Uma das opções é a arquitetura de resultados, profissão escolhida pela arquiteta Luiza Hafner.
A profissão escolhida pode ser muito mais ampla do que parece e vale a pena analisar as possibilidades para além das disciplinas oferecidas durante o curso”.
De acordo com levantamento da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia do Governo do Estado, existem 141 Instituições de Ensino Superior (IES) cadastradas no Rio Grande do Sul, cada uma delas oferecendo dezenas de cursos. Muitas vezes sobram alternativas de graduação e faltam informações sobre as possibilidades do mercado de trabalho depois do diploma. É como desvendar um mapa, pesquisar os trajetos e, finalmente, trilhar a própria jornada dentro da área de conhecimento. “A profissão escolhida pode ser muito mais ampla do que parece e vale a pena analisar as possibilidades para além das disciplinas oferecidas durante o curso”, garante Luiza Hafner, arquiteta formada em 2018 pela UniRitter e cursando atualmente MBA em Administração, Negócios e Marketing pela PUCRS.
Aos 26 anos, a diretora da 4Inside, empresa especializada em arquitetura de resultados, lembra o quão tenso foi o período do vestibular e de enfrentar o dilema de definir um objetivo profissional. A escolha pelo curso de arquitetura gerou dúvidas no início, mas tudo começou a fazer sentido quando, ainda estudante, descobriu que era possível trabalhar em projetos arquitetônicos dentro do mercado imobiliário. “Foi primeiro um processo de autoconhecimento, de acreditar no meu próprio potencial. No primeiro semestre da faculdade já comecei a trabalhar na imobiliária que minha mãe era sócia. Acompanhei a prática de projetos, obras e negociação muito de perto, e isso despertou a vontade de atuar em um nicho onde arquitetos não costumam se envolver”, conta a jovem empreendedora.
Hoje, a profissional vê o quanto a carreira de arquitetura pode ser promissora e encoraja novos talentos capazes de se arriscar no mercado imobiliário, que está em expansão. Luiza se tornou referência no setor ao compreender as necessidades e soluções para imóveis antigos, que se desvalorizam com o tempo e com a falta de manutenção, além de novos imóveis, explorando as inúmeras possibilidades do local. Com o olhar clínico de arquiteta, busca aliar criatividade e tecnologia para acelerar investimentos na área, com foco em investidores no mercado imobiliário brasileiro.