Surto de mão-pé-boca gera alerta em escolas do RS

Por Jonathan da Silva

O aumento de casos de mão-pé-boca em escolas e creches do Rio Grande do Sul tem gerado alerta entre famílias e educadores neste mês. A doença, causada por vírus do grupo dos enterovírus, apresenta rápida transmissão entre crianças em contato próximo. O médico infectologista e professor de Medicina da Ulbra, Cezar Riche, explica que os sintomas aparecem entre três e sete dias após o contágio.

Segundo o especialista, os primeiros sinais da infecção incluem febre, mal-estar e falta de apetite, seguidos pelo surgimento de pequenas manchas ou bolhas na boca, mãos e pés — característica que dá nome à doença. “Essas lesões podem causar dor ao engolir e, embora geralmente sejam leves, exigem atenção para evitar desidratação em casos mais graves”, afirma Riche.

A enfermidade atinge principalmente crianças pequenas, que têm o sistema imunológico em desenvolvimento e convivem em ambientes coletivos, o que facilita a propagação. Adultos também podem ser infectados, mas apresentam sintomas mais brandos. O infectologista lembra ainda que a doença pode ocorrer mais de uma vez. “Existem diferentes tipos de vírus que causam a mão-pé-boca, então a criança pode adoecer novamente em outro momento”, destaca.

Prevenção e cuidados

A transmissão acontece por contato direto com secreções da boca, gotículas de tosse ou espirro, fezes e objetos contaminados. Entre as medidas de prevenção recomendadas estão a higienização frequente das mãos, a limpeza de brinquedos e superfícies e o afastamento temporário de crianças com sintomas. O tratamento é de suporte, voltado à hidratação, ao controle da febre e ao alívio do desconforto, com recuperação entre sete e dez dias. Complicações graves, como neurológicas, são raras.

Formação médica

Além das orientações à comunidade, Riche ressalta que surtos como este também contribuem para a formação de novos profissionais. O curso de Medicina da Ulbra, segundo o especialista, mantém os alunos em constante atualização, com acompanhamento de situações reais de saúde pública que reforçam a integração entre teoria e prática.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
Publicidade

Você também pode gostar

Deixe um comentário

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.