Indicadores apresentados nesta quinta-feira (15) pelo Boletim de Trabalho do Departamento de Economia e Estatística (DEE), da Secretaria Estadual de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG) do Governo do Estado, reforçam a preocupação da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL-RS) com a situação da economia gaúcha.
Conforme a entidade representativa do varejo gaúcho alertou ao longo dos últimos meses, uma das consequências das duras restrições à atividade econômica estadual, como política de combate a pandemia da Covid-19, seria a redução de um número significativo de postos de trabalho. Assim, efetivamente, isso aconteceu, pois os dados do Boletim demonstram que o Rio Grande do Sul registrou redução de 88,6 mil empregos formais no período de janeiro a agosto deste ano.
“Já tínhamos conhecimento de que o RS, no período entre março e agosto de 2020, tinha perdido 10,13 empregos para cada 1.000 habitantes, o que se constituiu no pior resultado entre todas as unidades federativas, sendo um dado muito superior à média nacional que foi de 4,87 empregos perdidos por 1.000 habitantes” enfatiza o presidente da FCDL-RS, Vitor Augusto Koch.
Ainda segundo o boletim, o comércio registrou as perdas mais significativas no emprego formal. Apenas no comércio varejista, houve a extinção de 27 mil postos de trabalho. Desde março, quando se impuseram as restrições, a Federação buscou a liberação da atividade comercial, observando os protocolos estabelecidos pelas autoridades para o seu funcionamento, buscando evitar esse impacto considerável na vida de milhares de gaúchos. “Ficar desempregado no atual cenário que vivemos é desolador”, Koch.
Expectativa para o futuro
A expectativa do presidente da FCDL-RS para os próximos meses é que uma reação dos indicadores de emprego seja sentida de forma mais intensa a partir de outubro, isso se a flexibilização das atividades econômicas tiver continuidade e for ampliada. “O grande período em que a maioria das empresas gaúchas esteve com as portas fechadas ainda deve apresentar reflexos por algum tempo. Esses trabalhadores que foram demitidos talvez demorem para conseguir uma recolocação, especialmente no que se refere ao comércio.” destaca Vitor Augusto Koch.
Além disso, ele acredita que apenas a demanda pode levar os lojistas a buscar os profissionais outra vez. “Queremos, muito, ter essas condições concretizadas para que o crescimento dos indicadores de emprego volte a ser uma boa realidade” – Koch.