O tradicional restaurante familiar Bifão protocolou, esta segunda-feira, 20, pedido de recuperação judicial na vara especializada de Novo Hamburgo. Fundado em 1953, o local ficou conhecido por servir carne de alta qualidade em proporções incomuns, o que lhe rendeu o famoso nome.
Desde 2019, a administração do negócio retornou às herdeiras do fundador que, identificando um alto endividamento, deram início a um processo de reestruturação para garantir a continuidade da atividade. Mas, com o surgimento da pandemia e o fechamento do comércio em virtude do sistema de bandeiras do governo estadual, o restaurante precisou recorrer à recuperação judicial para ganhar fôlego. Ao todo, o passivo chega a R$ 6 milhões — sendo R$ 4,5 milhões em tributos.
“Esta situação não foi criada por nós, mas estamos confiantes e comprometidos em buscar soluções para manter vivo este que tem sido, por gerações, um símbolo de prazerosas refeições em família” disse Janice Correa da Silva, filha do fundador. “Em condições normais, o restaurante chegou a atender 7 mil pessoas mensalmente, mas hoje está restrito à telentrega, o que infelizmente forçou a empresa a demitir oito de seus 19 colaboradores”, informa Robson Lima, consultor que faz parte da equipe de reestruturação.
O restaurante está atendendo normalmente com telentrega para almoço e jantar. Também são planejadas ações comerciais para compensar a impossibilidade momentânea de abrir o salão para o público.


