O prefeito em exercício de Montenegro, Cristiano Braatz (MDB), e o presidente da Câmara de Vereadores, Talis Ferreira (Podemos), se reuniram nesta quarta-feira (12) para discutir a paralisação parcial dos médicos do Hospital Montenegro (HM). A suspensão das atividades pode gerar impactos no atendimento à população. Também participaram do encontro a secretária da Saúde, Andrea Coitinho da Costa; o procurador-geral do município, Alexandre Muniz de Moura; o gerente de Contratos e Convênios, Sílvio Kaél; o chefe de gabinete, Renan Boos; e o secretário da Fazenda, Antônio Miguel Filla.
Durante a reunião, os representantes da Prefeitura e da Câmara manifestaram surpresa com a paralisação. Segundo Braatz, o diretor do hospital, Jeferson Alonso dos Santos, havia afirmado publicamente que não haveria interrupção nos atendimentos. “A Administração e a Câmara já vêm tratando do assunto há mais de um mês”, afirmou o prefeito em exercício. Ferreira ressaltou que o Legislativo criou a Frente Parlamentar da Saúde para debater o tema.
Município busca repasses estaduais
O Hospital Montenegro é uma instituição filantrópica que presta serviços ao Governo do Estado, o que limita a intervenção direta do município. Braatz destacou que a Prefeitura pode pressionar o Estado para aumentar os repasses e tentar adquirir serviços para garantir atendimento à população. “Inclusive, já manifestamos esse interesse e estamos aguardando retorno”, ressaltou o vice-prefeito.
Ficou decidido na reunião que a administração municipal e a Câmara vão buscar, ainda nesta quarta, a Secretaria Estadual da Saúde para discutir soluções para o impasse. “É preciso assegurar a saúde financeira do hospital para a normalização dos atendimentos”, afirmou Ferreira.
Medidas emergenciais
Enquanto aguarda uma definição sobre os repasses estaduais, a Secretaria Municipal da Saúde adotará medidas emergenciais. A estrutura de pronto-atendimento será reforçada e haverá ampliação no transporte de pacientes para outras cidades, caso a demanda aumente.
Braatz e Ferreira reafirmaram o compromisso com a saúde pública e a continuidade dos atendimentos, destacando que buscarão todas as alternativas possíveis dentro dos limites legais para solucionar a situação.