O pré-candidato à Presidência da República pelo Partido Novo, Felipe d’Ávila, foi o primeiro participante da série Encontros Políticos 2022 da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Novo Hamburgo, Campo Bom e Estância Velha – ACI -NH/CB/EV, iniciada nesta sexta-feira, 04 de março. No evento, que teve transmissão pelo Youtube e está disponível para acesso de todos os interessados, a diretoria da entidade entregou-lhe um documento com demandas do setor empresarial em seis áreas consideradas essenciais para o futuro da região e do país. Os pleitos dizem respeito à defesa da educação e formação profissional, ao fim da impunidade em todos os níveis e tratamento isonômico aos transgressores da lei, à área política, à infraestrutura e à segurança pública.
“As urnas representam o desfecho do processo eleitoral, que inicia com a apresentação dos candidatos, suas propostas, qualidades, convicções, plataformas de governo e, em especial sua ideologia. É necessário que nós, cidadãos conheçamos o projeto de país de cada um dos candidatos, para sermos bons eleitores”, afirmou Leuck.
“O populismo debilita as instituições democráticas e atrapalha o ambiente de negócios no país, além de favorecer a corrupção, a estagnação e a pobreza”, disse.
Durante uma hora, Felipe d’Ávila respondeu a perguntas formuladas por vice-presidentes e integrantes dos comitês internos da entidade e propôs uma agenda modernizadora do estado brasileiro.
Conforme o pré-candidato, o Brasil tem novamente a oportunidade de desenvolver-se, mas para isso precisa tirar o que ele chama de populistas do poder. “O populismo debilita as instituições democráticas e atrapalha o ambiente de negócios no país, além de favorecer a corrupção, a estagnação e a pobreza”, disse.
Na avaliação de d’Ávila, o país tem mais uma oportunidade de ganhar na loteria e, desta vez, o meio ambiente e os temas ligados ao ESG são grandes trunfos que tem na mão para ser vencedor. “Até 2019, meio ambiente era assunto da esquerda par criticar o capitalismo, mas hoje, é o passaporte para atrair investimentos. O mundo dispõe de US$ 50 bilhões para investir e o país precisa atrair parte deste montante para investir em infraestrutura”, explicou.
Para que isso ocorra, três contrapartidas são necessárias: segurança jurídica e respeito a contrato, desburocratização e abertura econômica. Estes temas, conforme o pré-candidato, integram as propostas do Partido Novo, que defende o ingresso do país na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a adoção de padrões tributários em sintonia com os demais países que a integram.
Reforma trabalhista
Felipe d´Avila disse que o país precisa de um sistema de contratação alternativo à CLT, que é antiquada e não tem aplicação no mundo atual. Também enfatizou a necessidade de uma reforma administrativa que permita ao bom servidor público diferenciar-se do mau através da meritocracia. Conforme ele, a digitalização do governo também é necessária para simplificar processos e fazer com a população possa ter acesso aos serviços públicos mais rapidamente.
Sem recursos do Fundo Eleitoral
O Partido Novo, de acordo com o pré-candidato, é o único que não utilizou e não utilizará recursos do Fundo Eleitoral em sua campanha, que é considerado uma imoralidade. “A eleição deve ser paga pelo cidadão para que ele possa cobrar dos candidatos em que votou e fortalecer a democracia participativa”, disse.
Privatizações
As privatizações de empresas públicas também estão no plano estratégico do Novo. Entre outras áreas, o saneamento recebe especial atenção do partido. Cerca de 100 milhões de brasileiros ainda não têm acesso coleta e tratamento de esgoto e, até 2033, o saneamento básico terá que ser universalizado. “Se o país se desviar dessa agenda, perderá novamente o trem da história e mais uma geração de brasileiros ficará comprometida, como ocorreu em 1908, quando, ao invés de abrir-se para o mundo, o Brasil fechou sua economia e deu início a um ciclo de baixo ou nenhum crescimento”, finalizou.


