Painel da ChocolaTCHÊ aborda como empreender no segmento de confeitaria

Por Marina Klein Telles

Na tarde de terça-feira, a ChocolaTCHÊ, primeira feira de confeitaria artesanal do Rio Grande do Sul que ocorre no Centro de Eventos do Barra Shopping Sul, em Porto Alegre, apresentou o painel “Empreender na Confeitaria: conquistando mercado com sabor e estratégia”. Participaram deste momento Nêmora Meincke, fundadora da Vovis Biscoiteria; Daniella Thomaz, fundadora da Bella Gula; e Roberta Pereira, fundadora da Adote um Doce.

Antes de retornar para o Rio Grande do Sul, Nêmora teve experiências profissionais em Recife, Brasília e Natal. Formada em Turismo, a empreendedora decidiu, após trabalhar no sistema público, que a felicidade profissional estava na cozinha. “Eu tinha experiência com gastronomia alemã, mediante um curso que realizei, e optei por iniciar a produção de biscoitos, resgatando a tradição germânica da família e fazendo menção a minha cidade natal, que é São Leopoldo, berço da imigração no Estado”, afirmou.

Com família na Alemanha, decidiu especializar-se no Velho Continente e o nome da empresa, Vovis Biscoiteria, originou-se em referência à sua maior inspiração. “Todos os netos da minha mãe a chamam de Vovis, é uma forma carinhosa de lembrar do meu maior exemplo e também ter claro o meu propósito”, pontuou. Segundo Nêmora, é fundamental o planejamento, a capacitação e a estratégia para ter sucesso na cozinha. “Caso consigamos enxergar o desafio na confeitaria como um negócio desde o início, ao invés de ser um quebra-galho, o processo nascerá bem mais encorpado”, contou.

Daniella Thomaz deu início à Bella Gula com 5 kg de chocolate. Hoje, são 30 lojas na Região Sul do Brasil e a empresa é premiada pela Associação Brasileira de Franchising (ABF). “Quem desenvolveu o plano de negócio foi o meu marido e, mesmo ainda sendo pequena, eu iniciei na prática querendo ser grande”, falou. De acordo com a empreendedora, o segredo está na estruturação de um quadro de colaboradores que tenham visão e a mesma energia, seja nos momentos bons, mas, principalmente, nos momentos complexos. “Ninguém vai a lugar nenhum sozinho”, frisou.

Mensalmente, são produzidas de 12 a 13 toneladas de doces pela empresa. “A Bella Gula é uma indústria artesanal. No sistema de franquias que estruturamos, vendemos o know how da empresa, como servir, como atender”, relatou.

Oriunda de Rio Grande, Sul do Estado, Roberta, fundadora da Adote um Doce, relatou a dificuldade da trajetória empreendedora mediante os desafios complexos enfrentados. “É importante não deixar a frustração abalar, mas há momentos que marcam, todo o confeiteiro lembra do bolo que desmoronou. Mas a coragem leva longe”, destacou.

Por tratar-se de uma atividade que muitas vezes inicia de forma caseira, Roberta enfatiza que é fundamental ter o momento para a profissionalização da empresa e dos processos, pois muda o patamar e impulsiona o crescimento. “Hoje, as redes sociais são fundamentais para a auto divulgação, pois, fora delas, é extremamente difícil”, finalizou.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
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