O que significa o decreto de situação de emergência em Novo Hamburgo

Por Gabrielle Pacheco

“O momento mais importante para salvar vidas é este em que se entende o isolamento social como a única arma contra a disseminação do coronavírus”. A afirmação é do coordenador de Pesquisa e Desenvolvimento da Fundação de Saúde de Novo Hamburgo (FSNH), o neurocirurgião Felipe Cechinni. Foi essa afirmação que motivou a proposta da administração municipal em assinar, no final desta quarta-feira, 18, o decreto de situação de emergência em Novo Hamburgo.

A prefeita Fátima Daudt reuniu parte do grande grupo técnico que trabalha neste combate para anunciar a assinatura do novo decreto e reforçou o apelo para que a população entenda que o isolamento é o único caminho. Dentre as principais determinações do decreto de situação de emergência estão: fechamento de academias, centros de treinamento, cinemas, restaurantes deverão operar com 50% da capacidade. Também estão suspensas atividades como feiras livres, visitações a parques, casas de cultura e atividades em organizações não governamentais (ONGs) e associações comunitárias cultos religiosos, festas e bailes e as atividades nos estabelecimentos de teatros, museus, centro culturais e bibliotecas.

“Ainda não registramos nenhuma ocorrência em nossa cidade, mas sabemos o quanto o Laboratório Central do Estado está sobrecarregado. Estamos antecipando uma atitude que vai possibilitar que tenhamos agilidade nas ações”, disse a prefeita. Será criado o chamado Centro de Referência junto ao Hospital Municipal onde será feita triagem para todos os casos referenciados da doença, como explicou o diretor da FSNH.

O hospital tem plano de ação focado para atendimento à população e aos funcionários da casa de saúde. Esse plano se desenvolve em níveis de complexidade e a casa de saúde está sendo preparada para ser dividida em áreas de isolamento para atendimento ao coronavírus, sem que haja comprometimento da rotina de atendimento às emergências nem contaminação pelo novo vírus. “É importante entender que há um grande número de pessoas agindo num trabalho técnico, muita gente envolvida no atendimento médico, que nada mais é que o atendimento humano”, disse Cechinni.

A prefeita Fátima Daudt voltou a frisar que o atendimento prioritário na cidade será para o cidadão hamburguense, por entender que haverá consequente falta de leitos. “É um momento de alertarmos para a importância dos cuidados, sem alarmismo, mas despertando a consciência, e, muito importante: buscando informações em fontes confiáveis. Neste momento, o melhor remédio é o bom senso”, completou a prefeita.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
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