FCDL questiona medidas do Estado para contenção do coronavírus

Por Gabrielle Pacheco

A FCDL-RS se manifestou em oposição às sistemáticas adotadas pelo governo do Estado do Rio Grande do Sul, com relação à tentativa de contenção da disseminação da Covid-19.

A entidade afirmou que a adoção da bandeira vermelha em quatro das regiões de controle sanitário a partir desta segunda feira, 15, “é mais um duro golpe no já combalido comércio varejista estadual, que tem sido o principal prejudicado pelas medidas restritivas que vêm sendo aplicadas desde março de 2020”.

A FCDL acrescentou ainda que acredita em uma sistemática de contenção da disseminação da pandemia em curso, porém, de uma maneira que não inclui o fechamento sumário do comércio.

A justificativa da bandeira vermelha, que proíbe o funcionamento da maior parte do comércio, é a insuficiente disponibilidade de vagas em UTIs nos hospitais das regiões atingidas e a falta de equipamentos com respiração mecânica. A FCDL observa que desde o início da pandemia os hospitais tiveram um aumento de 270 leitos de UTIs, através do repasse do governo federal de R$ 38,4 milhões, um investimento de R$ 142 mil por leito de Unidade de Terapia Intensiva.

Mesmo sendo um gasto expressivo, este investimento não chega perto do prejuízo que a economia estadual está tendo por não poder operar adequadamente, comprometendo, inclusive a geração diária de impostos estaduais em proporções bem maiores de que os R$ 38,4 milhões citados.

“Fechar o comércio por este motivo não resolverá, ou amenizará, os problemas de atendimento a pacientes, resultando em prejuízos muito maiores para os lojistas, seus colaboradores e toda a sociedade gaúcha”, observa a FCDL. “De forma muito objetiva, só consegue ficar em casa quem tem renda para manter a despensa cheia e pagar suas contas durante o isolamento. Isto não faz parte da realidade da maioria de nossa população”, acrescenta.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
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