Estudante da Feevale ganha bolsa de estudos na Finlândia

Por Gabrielle Pacheco

Agosto será um mês de mudanças para a jovem Micheli Filippi, de 20 anos. Natural de Marau, no Norte do Rio Grande do Sul, a aluna do quinto semestre do curso de Biomedicina da Universidade Feevale embarca no dia 14 de agosto para Hämeenlinna, no Sul da Finlândia, para iniciar o seu primeiro intercâmbio, por meio do programa Erasmus+.

Bolsista de iniciação científica do projeto Detecção de Vírus da Hepatite E em amostras de água e alimentos de origem suína no Rio Grande do Sul, vinculado ao Grupo de Pesquisa em Virologia e ao Programa de Pós-Graduação em Qualidade Ambiental e coordenado pelo professor Fernando Spilki, Micheli exerce, diariamente (em torno de 16 horas semanais), no laboratório, o exercício da pesquisa e a busca pelo conhecimento, que se dá com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

O intercâmbio de Micheli para a Häme University of Applied Sciences – HAMK está vinculado ao curso Biotechnology and Food Engineering (Biotecnologia e Engenharia de Alimentos (Biotechnology and Food Engineering), e durará até dezembro deste ano.

Para conseguir a bolsa, na qual estão inclusos os custos da viagem, passagem e visto, além do seguro-saúde e acomodação, ela produziu artigos, participou do Inovamundi – que é um programa de difusão do conhecimento científico e extensionista que acontece na Feevale -, e preencheu editais ligados à área da pesquisa.

A bolsa conquistada lhe dá o direito de ir estudar em um país que é referência em educação.

“Para mim é, acima de tudo, uma realização pessoal, pois quando fui escrever a carta de recomendação, muita coisa veio à minha cabeça. Estarei vivenciando uma cultura diferente e poderei ampliar, ainda mais, meus conhecimentos na língua inglesa num país modelo, como é a Finlândia. Então, acredito que será incrível estudar Biotecnologia e Engenharia de Alimentos, ainda mais por ser uma área que sempre me chamou a atenção”, disse a bolsista.

O gosto pela pesquisa já vem desde o segundo semestre do curso quando, por meio da bolsa Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), ingressou no projeto. Micheli explica que, inicialmente, auxiliou uma mestranda na coleta de água e análise de alimentos de origem suína, buscando detectar algum vírus.

“Fazíamos esse processo de análise e verificação diariamente. Porém, como ela saiu do projeto, hoje sou eu quem estou testando uma nova metodologia. O estudo que faço é com o zika africano, em que utilizo a titulação do TCID, que é uma metodologia para titulação viral (quantidade de vírus em cada amostra). Assim, desenvolvo, em placas de 96 poços, onde coloco diferentes diluições das amostras e depois acrescento a elas as células. Assim, consigo ver o efeito citopático da célula (que é a mudança da morfologia dela) e, a partir dessa mudança, conto quantos poços sofreram isso. No final da análise, cada poço terá um valor que é somado, e suas técnicas moleculares são feitas por qPCR, que é um método de amplificação do quantitativo”, explicou a estudante.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
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