O Conselho Regional de Desenvolvimento (Corede) do Vale do Rio Pardo realizou uma reunião virtual nesta segunda-feira (3) para definir o rateio dos valores e as instâncias executoras da Consulta Popular 2024/2025. Durante o encontro, foi destacado o crescimento na participação popular, que registrou 16.268 votos, superando o número do ano anterior.
O presidente do Corede, Heitor Petry, apresentou a proposta de divisão dos recursos baseada na votação dos municípios. O montante destinado à região, incluindo uma bonificação pela oitava posição no estado, totaliza R$ 2.542.857,13. Esse valor será distribuído igualmente entre os três projetos mais votados: captação e reservação de água através de cisternas; programa de recuperação e conservação de água e solo; e segurança e resiliência climática com a instalação de estações meteorológicas ao longo da bacia.
O projeto das cisternas contemplou nove municípios: Tunas, Candelária, Passo do Sobrado, Estrela Velha, Passa Sete, Mato Leitão, Boqueirão do Leão, Arroio do Tigre e Vale do Sol. Cada um receberá R$ 94.170,47, podendo executar o projeto via convênio ou pelo Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Estabelecimentos Rurais (Feaper).
No programa de conservação de solo e água, os municípios beneficiados são Ibarama, Lagoa Bonita do Sul, Segredo, General Câmara, Venâncio Aires, Santa Cruz do Sul, Herveiras, Sobradinho e Rio Pardo, que também receberão R$ 94.170,47 cada.
Já o projeto das estações meteorológicas abrange os municípios de Sinimbu, Vale Verde, Pantano Grande, Vera Cruz e Encruzilhada do Sul. A proposta prevê a instalação de estações com base e cercamento, medidores de nível de rio e uma plataforma de monitoramento.
Investimentos em resiliência climática
O presidente do Corede ressaltou que, por orientação do Departamento de Articulação e Participação Popular (Darp), a execução do projeto das estações meteorológicas ficará a cargo do Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale), em parceria com a Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). A universidade já realiza o monitoramento das estações existentes e, com os novos recursos, pretende integrar os dados e ampliar as informações disponíveis ao público.
O coordenador da Unisc Serviços, Paulo Roberto Theisen, explicou que a plataforma de monitoramento terá duas funções principais: acompanhar dados climáticos voltados à agricultura e ao meio ambiente e disponibilizar essas informações para diferentes setores, pois segundo ele “não adianta ter um sistema se isso não chegar às pessoas”.
O professor Leonel Tedesco, da Unisc, lidera o desenvolvimento da plataforma, que busca consolidar os dados das estações meteorológicas e ampliar a integração com a Defesa Civil, secretarias municipais de Agricultura e o Cisvale. O Corede aguarda a definição do estado sobre o período de encaminhamento dos projetos votados, que deve começar a partir de 17 de fevereiro de 2025.