Amrigs se manifesta contra resolução do Conselho Federal de Farmácia

Por Marina Klein Telles

A Associação Médica do Rio Grande do Sul (Amrigs) se posicionou contra a recente resolução do Conselho Federal de Farmácia (CFF), publicada no Diário Oficial da União (DOU) em 17 de março de 2025, que autoriza farmacêuticos a prescrever medicamentos. A medida, prevista para entrar em vigor no 17 de abril, foi rebatida pela AMRIGS, que considera essa resolução um avanço indevido sobre as atribuições da Medicina.

De acordo com a deliberação, farmacêuticos poderão prescrever medicamentos, renovar receitas e até receitar fármacos em situações de risco iminente à vida. A norma também estabelece que, para prescrever medicamentos sujeitos à prescrição, o farmacêutico deverá ter Registro de Qualificação de Especialista (RQE) em Farmácia Clínica. Contudo, a AMRIGS contesta a medida, ressaltando que esta ação deve ser restrita aos médicos – profissionais capacitados e legalmente habilitados para diagnosticar doenças e definir tratamentos.

“A prescrição de medicamentos é uma atividade privativa da Medicina, respaldada pela formação rigorosa dos médicos, que envolve anos de estudo e especialização. A decisão do CFF coloca em risco a saúde da população ao permitir que profissionais sem a qualificação adequada possam definir tratamentos. A Amrigs continuará defendendo a exclusividade da Medicina nesse campo”, afirma o presidente da Associação, Dr. Gerson Junqueira Jr.

O Conselho Federal de Medicina (CFM) entrou com ação judicial contra a norma, alegando que os farmacêuticos não possuem a preparação técnica necessária para identificar doenças e estabelecer terapias apropriadas. Uma medida similar foi suspensa pela Justiça em novembro de 2024, quando o Ministério Público Federal se manifestou favoravelmente à nulidade da resolução, argumentando que a prescrição de medicamentos é competência exclusiva da Medicina.

A Amrigs reitera que a segurança do paciente deve ser sempre a prioridade e que a prescrição medicamentosa deve ser realizada exclusivamente por médicos, em conformidade com os preceitos éticos e científicos da Medicina.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
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7 Comentários

Wagner 27/03/2025 - 11:10

A maioria dos médicos nem olha na cara do paciente e na maioria das vezes também só sabem prescrever dipirona e anador medicina no Brasil e uma palhaçada…….. Vergonha.
Pelo menos os farmacêuticos quando precisei deram 1000x mais atenção do que as porcarias de médicos do sus.

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Alexandre dos Santos 27/03/2025 - 15:30

Na verdade quem tem um conhecimento amplo sobre medicamentos somos nós farmacêuticos que estamos no balcão todos os dias. Praticando nossa profissão. Médico é mais na teoria. Minha opinião. Acredito que isso ficaria bom pra todo mundo. Principalmente a classe baixa que mais necessita desta função. Espero ter ajudado..

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ELIANE SOARES DA CRUZ 27/03/2025 - 22:41

As prescrições tudo erradas que os medico do Rio Grande do Sul fazem não relatam ne. Uma vergonha a medicina desse estado parece mafia eu recebo receitas que parecem listas de supermercados tudo errados nomes dos medicamentos e ainda uns 15 medicamentos em uma unica receita . Isso é legal perante as diretrizes???
Sem falar que pessoas com infecções vai ao medico e passam so analgésico. Nao avaliam nada so despacham.
Sem falar que prescrevem ciclobenzaprina como hipnótico, jamais vi algo tao absurdo. Vergonha dizer que isso trabalha pela saude.

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José Roberto 28/03/2025 - 00:25

E por esse motivos e outros que somos considerado pais de terceiro mundo onde já se viu uma resolução que só vai trazer benefícios pra população que está carente de saúde e o farmacêutico e um profissional qualificado pra assumir com responsabilidade está pequena missão.

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Luciana 29/03/2025 - 17:15

Apoio o CFM , Amrigs e entidades que lutam pelo ato médico e principalmente pela nossa saúde. Farmacêutico não é médico. Engenheiro é engenheiro e cozinheiro é cozinheiro. Já tentaram . Perderam. Voltaram. Não vão levar

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Anchela chame 30/03/2025 - 22:29

Qual o motivo,manipulados o medicamento,estudamos durante cinco ano,fazemos os exames laboratoriais e atuamos em 211 áreas. Qual o motivo dos médicos interferir na área de medicamentos. A nós farmacêuticos que detemos este poder. Essa tutela é nossa! Fora as dezenas de Pós que fazemos,a sua função médicos é de diagnóstico a nós cabe o medicamento.Quantos anos passaram estudando o medicamento? Interfira de forma coerente na área de vocês. Se for adicionar as dezenas de erros de prescrição médica vcs nem prescrever,como em outros países.

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Anchela chame 30/03/2025 - 22:32

É inadmissível essa postura permanecer! Em outros países a sala do farmacêutica (o), é ao lado do médico e ele que prescreve !O farmaceutico no Brasil,ainda existe essa vacância do Conselho de Medicina interferir na área […]

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