A Associação Médica do Rio Grande do Sul (Amrigs) passou a integrar recentemente o Observatório da Violência na Saúde, lançado em parceria com o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), o Conselho Regional de Medicina do Estado (Cremers) e com representação do Conselho Federal de Medicina (CFM) no estado. A iniciativa tem como objetivo monitorar registros de agressão a profissionais da medicina e propor medidas para enfrentar o problema no Rio Grande do Sul.
O observatório será responsável por acompanhar a evolução dos casos de violência, organizar os dados registrados e colaborar na formulação de políticas públicas que protejam os profissionais da saúde. A proposta visa criar um ambiente de trabalho mais seguro para médicos, o que também reflete na qualidade do atendimento à população.
De acordo com levantamento do Conselho Federal de Medicina, aproximadamente 38 mil casos de agressão contra médicos foram registrados no Brasil entre 2013 e 2024, com base em boletins de ocorrência da Polícia Civil dos 26 estados e do Distrito Federal.
Importância da iniciativa
O presidente da Amrigs, Dr. Gerson Junqueira Jr., afirmou que a criação do Observatório é uma resposta à escalada da violência. “A intensificação das agressões contra profissionais da Medicina nos preocupa muito. É uma situação que afeta diretamente o exercício da profissão e a relação médico-paciente. O Observatório surge como um instrumento técnico e estratégico para compreender o fenômeno e agir de forma coordenada”, destacou Junqueira.
Reunião com a Secretaria de Segurança Pública
O projeto já foi apresentado à Secretaria Estadual de Segurança Pública. O titular da pasta, secretário Sandro Caron, manifestou apoio à iniciativa e se comprometeu a realizar, ainda nesta semana, uma reunião com as entidades médicas para discutir diretrizes e definir ações conjuntas de enfrentamento à violência.