Acnur monta casas emergenciais para vítimas das enchentes em Canoas

Por Marina Klein Telles

Foi montada, na quarta-feira (5), a primeira casa emergencial para as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. Com a ajuda do Exército Brasileiro e da Agência das Nações Unidades para Refugiados (Acnur), a unidade foi instalada em Canoas, na Região Metropolitana, no local onde funcionará um dos Centros Humanitários de Acolhimento (CHAs) projetados pelo governo do Estado.

As unidades vão proporcionar melhor acolhida e mais privacidade às famílias que ficaram desabrigadas em razão do desastre de maio, servindo como uma solução transitória entre os abrigos emergenciais e as moradias definitivas. A iniciativa integra o Plano Rio Grande, programa de reconstrução, adaptação e resiliência climática do Estado que visa planejar, coordenar e executar ações para enfrentar as consequências sociais, econômicas e ambientais da enchente histórica.

Coordenador do gabinete de crise e à frente do projeto dos CHAs, o vice-governador Gabriel Souza destaca que a parceria da Acnur se soma aos esforços do Estado para viabilizar os espaços, e que as unidades habitacionais serão fundamentais nesse processo. “Recebemos, nos primeiros dias após o início da calamidade, o contato da Agência da Organização das Nações Unidas para Refugiados e, desde então, temos trabalhado de forma colaborativa para que possamos instalar os Centros com a maior agilidade possível”, ressaltou.

A primeira casa modular foi erguida durante treinamento realizado pela Acnur com um grupo de dez militares para explicar como deve ser feita a montagem. Durante a capacitação, a equipe instalou a moradia do zero, desde a abertura das caixas utilizadas para o transporte de seus componentes até a colocação de bases, teto, paredes, janelas e porta.

O treinamento foi ministrado pela oficial de Planejamento de Abrigos da Acnur, Patrícia Gomes Monteiro, que é engenheira e orientou os militares durante o processo. “Todas as estruturas já vêm conectadas e são projetadas para que a montagem seja rápida. A vantagem é que, em uma situação de resposta de emergência, é possível erguer as casas de forma ágil. Além disso, são melhores do que uma barraca ou uma tenda comum, porque dão a sensação de um lar e de acolhimento”, disse Patrícia.

Nesse primeiro exercício, a montagem levou seis horas, com instruções passo a passo. Contudo, à medida que as equipes ganharem experiência, o trabalho se tornará cada vez mais ágil. Segundo Patrícia, um grupo de seis pessoas conseguirá montar a casa em até quatro horas. A ideia é que um grande número de militares possa instalar várias unidades ao mesmo tempo.

A Acnur doou, no total, 208 casas modulares ao Rio Grande do Sul. Dessas, 108 já se encontram no território gaúcho, e as outras 100 estão em trânsito. Das 208, oito vieram de Boa Vista, capital de Roraima, e as demais são provenientes da Acnur na Colômbia. De lá, os materiais vêm de avião pela rota Bogotá–Santiago–Guarulhos e depois seguem por via terrestre até Porto Alegre.

Fotos: Joel Vargas/Divulgação | Fonte: Assessoria
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