Desde que o Rio Grande do Sul começou a sentir os efeitos da maior catástrofe meteorológica da história, o país se mobilizou para fazer chegar ao Estado uma enorme quantidade de donativos. Buscando acelerar esse fluxo e a chegada de ajuda às pessoas afetadas, a Receita Estadual (RE) determinou, ainda no início de maio, o trânsito livre nos seus seis postos fiscais, todos localizados na divisa com Santa Catarina, nos municípios de Barracão, Marcelino Ramos, Nonoai, Iraí, Vacaria e Torres. Diferentemente do que ocorre rotineiramente, os caminhões não estão sendo parados e não precisam nem sequer ingressar no posto fiscal, tanto na entrada quanto na saída do Estado. Isso faz com que haja mais agilidade na passagem dos veículos.
No Posto Fiscal de Torres, o de maior movimentação no RS, cartazes colocados no sentido de quem ingressa no Estado avisam que o trânsito é livre. Cones impedem o ingresso na área de fiscalização e os veículos seguem viagem sem parar. Segundo a equipe que trabalha no local, a maioria dos caminhoneiros já está informada sobre a medida e, por isso, não chega a parar para perguntar.
Os servidores do posto contam que o movimento até diminuiu nos últimos dias, já que muitas empresas foram afetadas pelas enchentes e o deslocamento está limitado em rodovias gaúchas. Mas os veículos com doações começaram a ser mais vistos. Na manhã da segunda-feira (13), vários caminhões passavam com inscrições como SOS Rio Grande do Sul, Força RS e Servindo ao povo do RS. “A determinação da Receita Estadual é de trânsito livre nos postos fiscais. Nenhum veículo é impedido de seguir viagem. Com isso, a chegada da ajuda fica mais ágil”, frisa o subsecretário da RE, Ricardo Pereira.
A Federação das Empresas de Logística e Transporte de Cargas no Rio Grande do Sul (Fetransul), que congrega 13 sindicatos, também não registrou filas nos postos fiscais do Estado ou empecilhos para a entrada dos transportadores. “Temos uma boa sinergia com os órgãos estaduais e estamos conversando desde o início, inclusive no sentido de apoiar e orientar as empresas que estão transportando donativos para o Rio Grande do Sul neste momento crítico”, explica o assessor Tributário da Fetransul, Fernando Massignan.


