O analista de telemetria Rodrigo Riffatti procurou atendimento médico na manhã da segunda-feira (14) em Cachoeirinha devido a complicações gripais. Ao chegar à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Francisco Medeiros, foi encaminhado à tenda instalada ao lado do prédio pelo Sistema FIERGS, por meio do Sesi-RS, e rapidamente atendido. “Passei pela triagem e logo após fui chamado para a tenda. Antes, o tempo de espera era maior. Já costumava vir à UPA porque o atendimento é rápido, agora ficou ainda melhor”, descreve Riffatti.
Essa maior celeridade é um dos objetivos do convênio firmado pelo Sistema FIERGS com a Secretaria Estadual da Saúde (SES) para reforçar o atendimento de saúde pública em municípios que enfrentam, principalmente, aumento dos casos de síndromes respiratórias agudas graves (SRAG) ou foram atingidos pelas enchentes recentes. “A tenda do Sesi facilita o atendimento, especialmente nos casos que não são urgentes, justamente os que mais aguardam por atendimento, em média, quatro horas. Com a tenda, esse gargalo foi resolvido. Isso agiliza o atendimento e melhora a qualidade do serviço prestado”, diz o diretor da UPA de Cachoeirinha, Luiz Boric.
Assim como em Cachoeirinha, Alvorada, Eldorado do Sul, Sapucaia do Sul e Carazinho já contam com a barraca equipada e equipes de enfermagem. Outras 18 localidades estão previstas para receber a estrutura nos próximos dias. O ritmo de início dos serviços depende da manifestação das prefeituras, da definição de local e da contratação de profissionais pelo Sesi-RS. “Essa colaboração com o Sesi é fundamental para que possamos otimizar o atendimento aos pacientes que buscam auxílio”, afirma a secretária de Saúde de Cachoeirinha, Bianca Breier.
A tenda, com um enfermeiro, dois técnicos em enfermagem e profissionais cedidos pela prefeitura, foi instalada ao lado da UPA que fica na Rua Capitão Garibaldi, nº 1301, no bairro Jardim do Bosque. O atendimento ocorre de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Além dos atendimentos aos pacientes, a equipe da tenda integra a mobilização para ampliar a cobertura vacinal contra a gripe, especialmente entre os públicos prioritários. “Temos uma baixa adesão entre gestantes, idosos e, principalmente, crianças de até cinco anos”, descreve Bianca.
As tendas têm 30 metros quadrados e no local são realizados serviços de atenção primária, como aferição de sinais vitais, aplicação de vacinas, pequenos curativos e orientações gerais. A proposta é garantir o cuidado básico à população e encaminhar, quando necessário, os casos que exigem atendimento de média e alta complexidade. A previsão é que as estruturas permaneçam nos municípios por cerca de quatro meses, podendo ser prorrogadas conforme a demanda.
Os municípios previstos são para receber as tendas são Alegrete; Bento Gonçalves; Cachoeira do Sul; Canoas; Caxias do Sul; Cruzeiro do Sul; Gravataí; Guaíba; Lajeado; Mata; Mostardas; Novo Hamburgo; Passo Fundo; Porto Alegre; Quaraí; São Borja; Uruguaiana; e Viamão.