Vale dos Vinhedos

A partir de uma parceria entre o Instituto Cultural Laje de Pedra e o Canela Instituto de Fotografia e Artes visuais – que, em 2021 reuniu importantes nomes da fotografia contemporânea em residências e expedições fotográficas –, os fotógrafos Fernando Bueno, João Farkas e Claudio Edinger lançaram-se em uma experiência de imersão nos Campos de Cima da Serra e Vale dos Vinhedos, no Rio Grande do Sul.

Com a curadoria do artista e produtor cultural, André Severo, o Kempinski Laje de Pedra recebe a mostra “O Território do Sensível”. A exposição traz para a galeria principal do Instituto Cultural Laje de Pedra, o resultado do encontro dos fotógrafos com esta paisagem e serve como um convite para que o espectador viva uma experiência poética especial com os Campos de Cima da Serra através das lentes e das visões únicas dos artistas.

“A escolha dos fotógrafos se deu pela relevância destes nomes para o circuito artístico e cultural – sobretudo dentro do segmento da fotografia. Cada presente, com seu passado e seu futuro, guarda a imagem de um instante em que o homem e o mundo coexistem. Como nos demonstram as imagens, um único suspiro é sempre capaz de reunir aqui, diante de nós, o tempo e o espaço como um todo”, comenta André.

Foto: João Farkas

Entre as cidades contempladas nos ensaios estão São José dos Ausentes, Silveira e São Francisco de Paula. São imagens que buscam transmitir as sinuosidades, texturas, dobras e movimentos dos campos com araucárias, entrecortados por rios e cachoeiras em dezenas de cânions.

“Viajo pelos Campos de Cima da Serra nos últimos 40 anos. É um lugar único, especial e um dos mais bonitos do mundo. Merece ser bem cuidado, protegido e valorizado”, afirma Fernando Bueno, fotógrafo participante da mostra.

Severo explica que a ocorrência do sensível guarda a potência de estar e de nos projetar para além do lugar e do tempo da experiência. “Na imagem, vivenciamos uma realidade diferente da realidade da linguagem – arquitetada integralmente pelo sensível, esta realidade abre nossa consciência para o parafactual”, acrescenta.

O Instituto Cultural Laje de Pedra

Dedicado à promoção da arte e cultura  a partir  de iniciativas de valorização dos artistas locais e de formação, como residências artísticas, mostras e exposições fotográficas. Para preservar a memória e edificar o futuro da serra através da cultura, tem como principal objetivo fomentar e enaltecer a cultura local através das diferentes manifestações artísticas e proporcionar o acesso à comunidade. Já contou com exposição de trabalhos dos artistas Clóvis Dariano, Leopoldo Plentz, Betina Samaia e junto com  Inês Schertel, também reuniu outros artistas gaúchos proeminentes como os designers Heloísa Crocco e Aristeu Pires.

Sobre os artistas

Claudio Edinger

Nascido no Rio de Janeiro, estudou Economia na Universidade Mackenzie. Em 1975 expõe suas fotos pela primeira vez, no Museu de Arte de São Paulo. No ano seguinte muda-se para Nova York, onde desenvolve vários projetos pessoais e trabalha como fotógrafo para as revistas Time, Newsweek, Life, Rolling Stone e Vanity Fair. Foi professor de fotografia na Parsons The New School for Social Research e, também, no International Center of Photography. Recebeu o Prêmio Ernst Haas e publicou mais de uma dezena de livros. Em 2000 começa a fotografar com uma câmera de grande formato, iniciando sua pesquisa com o foco seletivo.

Fernando Bueno

Nasceu em Porto Alegre/RS, formou-se em publicidade pela PUCRS e cursou Economia na UFRGS. Iniciou sua trajetória no Jornal Zero Hora, atuando também no Jornal do Brasil, Estado de São Paulo e O Globo. Sua carreira registra a conquista de importantes prêmios, como: Nikon International Contest em 75 e 76. E Fotógrafo do Ano – Destaque em Fotografia no Salão da Propaganda do RS em 1980/81, entre muitos outros, e a publicação de portfólios em revistas nacionais e estrangeiras. Iniciou, em 2002, o projeto Canela Workshops e participou de inúmeras exposições coletivas e individuais.

João Farkas

Nascido em São Paulo, graduou-se em filosofia pela Universidade de São Paulo. Posteriormente, mudou-se para Nova York, onde estudou no International Center of Photography (ICP) e na School Of Visual Arts (SVA). Em sua longa trajetória, já foi fotógrafo correspondente da Veja e Istoé, onde foi também editor de fotografia. Ganhou o Prêmio ABERTE e Bolsa Vitae de Artes/Fotografia. Seus trabalhos fazem parte de diversos acervos e museus no Brasil e no exterior como o acervo do ICP e da Maison Européennede la Photographie, em Paris.

Sobre o curador

André Severo nasceu em Porto Alegre, RS. É artista, curador, produtor e gestor cultural. Realizou mais de uma dezena de filmes e instalações audiovisuais e publicou, entre outros, os livros Consciência errante e Deriva de sentidos. Foi curador associado da 30ª Bienal de São Paulo e co-curador da representação brasileira na 55ª Bienal de Veneza. Entre suas principais premiações destacam-se o Prêmio Funarte Conexões Artes Visuais, 2007; o Projeto Arte e Patrimônio; o Programa Rede Nacional Funarte Artes Visuais; o V Prêmio Açorianos de Artes Plásticas; o Prêmio de Artes Plásticas Marcantonio Vilaça; o XV Prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia e o Prêmio Sérgio Milliet da ABCA.

Sobre o Kempinski Laje de Pedra

Localizado em Canela (RS), será o primeiro hotel da rede de luxo alemã no Brasil, em parceria com a LDP Canela S/A. Em uma área total de 61 mil m², o hotel terá 337 apartamentos, 4 restaurantes e 5 bares internacionais com amplos terraços e vistas únicas, enoteca, rooftop bar com lareira aberta, teatro e área para eventos. A previsão de abertura aos hóspedes é em 2026.

Serviço

Exposição fotográfica “O Território do Sensível”

Quando: a partir de outubro de 2022

Horário: Diariamente das 12h às 22h

Local: Kempinski Laje de Pedra (Rua das Flores, 222 – Canela/RS) – galeria principal do  Instituto Cultural Laje de Pedra

Visitação gratuita

Foto: Lisi Viezzer / Kempinski Laje de Pedra | Fonte: Assessoria