Tangos e Tragédias está de volta! No ano em que a Sbornia comemora 40 anos, a ilha flutuante atraca em Porto Alegre trazendo os personagens Kraunus (Hique Gomez) e o saudoso Maestro Pletskaya (Nico Nicolaiewsky) que terão a missão de ajudar os profissionais do audiovisual gaúcho atingidos pelas enchentes de maio. O documentário Tangos e Tragédias para Sempre, de Aloisio Rocha, terá única apresentação no dia 13 de setembro, às 20h, no Theatro São Pedro (Praça Marechal Deodoro, s/n°), palco principal do povo sborniano. Os ingressos solidários custam R$ 50,00 (inteiro) para plateia e R$ 40,00 (inteiro) para os camarotes e podem ser adquiridos pelo site theatrosaopedro.rs.gov.br.
Tangos e Tragédias para Sempre é um resgate do fenômeno em que se transformou este show, nascido no pequeno palco do Bar IAB, em Porto Alegre, apresentado para pouco mais de cem pessoas em 1984. O filme foi produzido a partir de duas câmeras e cinco gravações realizadas do espetáculo Tangos e Tragédias no Theatro São Pedro, em 1997, durante a sua 12ª temporada. “Em 2024, a Sbornia completou 40 anos e, também, marcou 10 anos sem o Maestro Pletskaya, Nico Nicolaiewsky, que faleceu em 2014. Quis o destino que este ano reservasse, também, a maior tragédia real que Porto Alegre e o Rio Grande do Sul já enfrentaram em sua história. Hique Gomez e Nico Nicolaiewsky se fazem presentes através do filme para proporcionar um pouco de alegria neste momento triste. E também ajudar com os recursos da bilheteria aqueles que foram atingidos pela enchente. Kraunus e Pletskaya foram acolhidos pelos gaúchos e agora devolvem um pouco deste carinho”, afirma Aloisio Rocha.
As pessoas iam repetidas vezes ao Tangos e Tragédias querendo eternizar aquela emoção. A principal meta do diretor com esta obra foi, desde o início, mostrar com a maior clareza possível o que eles faziam, só os dois, no palco, para conquistar milhares de pessoas ao longo de suas carreiras. A relevância do filme está em trazer de volta aquele momento e mostrar a delicadeza deste espetáculo único da arte teatral gaúcha para as novas gerações. Depoimentos de personalidades locais, nacionais e internacionais costuram o filme. Entre os nomes presentes, Herbet Vianna, João Barone, Fernanda Takai, Werner Schunemann, André Damasceno, Zé Victor Castiel, Simone Rasslan e Claudio Levitan, além de Hique Gomez. “É maravilhoso que alguém tenha guardado com tanta paixão uma fase do nosso trabalho em que estávamos em plena ousadia da construção artística. Mas a maior virtude do documentário é mesmo a paixão do diretor pelo material”, afirma Hique.
O diretor e roteirista assistiu ao espetáculo pela primeira vez em 1988 e foi capturado por aquele universo. Conheceu os artistas do Tangos em 1994 e em parceria com Beto Turkenish, da TGD Filmes, registrou o show por inteiro, o que não havia sido feito até aquele momento. O show foi gravado em 4 dias diferentes com pouquíssimos recursos. Este é o único registro completo nos 29 anos de carreira do Tangos e Tragédias. “O filme foi um trabalho muito artesanal, um verdadeiro desafio de montagem, com o mesmo show gravado em dias diferentes”, relembra Aloisio.
Futuro Audiovisual RS
Muitos profissionais do audiovisual gaúcho se viram desabrigados e perderam suas casa, assim como um número estarrecedor de toda a nossa população. Para além das perdas materiais e dos danos emocionais, a cadeia audiovisual enfrenta outras consequências da tragédia: cancelamento e prorrogações de filmagens, danos em equipamentos, escassez de postos de trabalho e falta de perspectiva concreta de retorno às atividades profissionais. Movida por um senso de urgência por dias melhores, surge a iniciativa FUTURO AUDIOVISUAL RS, que reúne os principais agentes do Estado em uma união histórica para reconstruir o setor audiovisual gaúcho. Informações: https://www.futuroaudiovisualrs.com
