Com a chegada das estações mais frias do ano, o otorrinolaringologista Dr. Bruno Netto, integrante da equipe médica da VS Clinic, clínica multidisciplinar do Dr. Victor Sorrentino, tem alertado para o crescimento no número de casos de infecções respiratórias e de garganta na população. As principais causas apontadas pelo especialista são o tempo seco, as mudanças bruscas de temperatura e o aumento da permanência em ambientes fechados e pouco ventilados.
De acordo com o Dr. Bruno Netto, doenças como gripe, resfriado, sinusite, amigdalite e bronquite são frequentes nesta época do ano e podem afetar pessoas de todas as idades. O especialista explica que a maior permanência em locais fechados facilita a propagação de vírus e bactérias. “Além disso, o ar seco resseca as mucosas das vias respiratórias, reduzindo a proteção natural do organismo contra infecções”, afirma o otorrinolaringologista.
O especialista também esclarece a diferença entre infecções virais e bacterianas. “Os vírus são responsáveis por doenças como gripes e resfriados, cujos sintomas costumam ser mais leves, com febre moderada e secreção nasal clara. Já infecções bacterianas, como a amigdalite e a sinusite, tendem a apresentar febre mais alta e persistente, secreção nasal amarelada ou esverdeada e, muitas vezes, a presença de pus na garganta”, explica Netto. O tratamento varia de acordo com o agente causador. “Enquanto as viroses costumam ser autolimitadas e tratadas com repouso e hidratação, infecções bacterianas podem exigir o uso de antibióticos”, complementa o integrante da VS Clinic.
Baixa umidade e uso de aquecedores agravam sintomas
O médico também chama atenção para os efeitos do clima seco e do uso excessivo de aquecedores. “A baixa umidade do ar resseca as vias aéreas, deixando a mucosa mais vulnerável à ação de microrganismos. O uso frequente de aquecedores agrava essa situação, reduzindo ainda mais a umidade do ambiente”, afirma Netto.
Para minimizar esses impactos, o especialista recomenda manter uma hidratação adequada, utilizar umidificadores de ar ou bacias com água nos ambientes e realizar lavagens nasais com soro fisiológico para preservar a umidade das vias respiratórias.
Prevenção passa por higiene e imunidade
Entre as medidas preventivas, o médico destaca a importância de manter bons hábitos de higiene e cuidados com a alimentação. “Lavar as mãos com frequência, evitar levar as mãos ao rosto, manter os ambientes ventilados e reforçar a alimentação com alimentos ricos em vitaminas e minerais são medidas essenciais”, salienta Netto.
O otorrinolaringologista também sugere o consumo de alimentos específicos. “Frutas cítricas, como laranja e limão, ajudam a fortalecer a imunidade, assim como alimentos ricos em zinco, como castanhas e carnes. O própolis e o mel também são aliados naturais na proteção da garganta”, explica o médico.
Grupos vulneráveis e sinais de alerta
O Dr. Bruno Netto reforça a necessidade de atenção especial com crianças e idosos. “Nas crianças, é importante evitar locais fechados e com aglomeração, além de garantir uma boa hidratação. Já nos idosos, a prática de atividades físicas para fortalecimento da imunidade e a atenção aos primeiros sintomas de infecção são fundamentais”, destaca o médico. Segundo o especialista, em idosos, infecções respiratórias podem evoluir rapidamente para complicações como pneumonia.
Alguns sintomas indicam a necessidade de buscar atendimento médico. “Febre alta por mais de três dias, dificuldade para respirar, piora dos sintomas após cinco dias, secreção com pus e fadiga extrema são sintomas que merecem atenção. Se o paciente apresentar algum desses sinais, é fundamental buscar atendimento médico para avaliar a necessidade de exames ou tratamentos específicos”, finaliza Netto.