Mais vistas
Casa de Cultura Mario Quintana recebe Oficina de Teatro Sensitivo
Prefeitura recolhe mais de 18 mil toneladas de entulhos originários...
Diego Tórgo chega de Portugal à BriviaDez 
Prefeito de Canela recebe prefeita de Aracaju para intercâmbio sobre...
Papas da Língua promete show histórico no Araújo Vianna, em...
Bairro Rondônia recebe o Busão da Vacina na quinta-feira
Brigada Militar recebe visita do Exército Brasileiro
Picada Café realiza 10º Encontro de Carros Antigos neste domingo
Defesa Civil de Gramado e Prefeitura atendem ocorrências em diversos...
Presidente do Sistema Fiergs reúne-se com Geraldo Alckmin em Brasília...
Expansão
Banner
  • INÍCIO
  • NOIVAS
  • CATEGORIAS
    • Business
    • Cidades
    • Cultura
    • Ensino
    • Gastronomia
    • Moda e beleza
    • Projetos especiais
    • Saúde
    • Variedades
  • EDIÇÕES ONLINE
  • Bicentenário
  • SOBRE
  • ASSINE
  • FALE CONOSCO
Tag:

preservação ambiental

Variedades

Arena da Exportação Técnica debate economia, preservação e impacto social do agro

Por Jonathan da Silva 07/11/2024
Por Jonathan da Silva

O Conselho do Prêmio Exportação RS e a Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) promovem no dia 14 de novembro mais uma edição da Arena da Exportação Técnica. Desta vez o evento discutirá os temas “Agronegócio Brasileiro: Economia, Preservação Ambiental e Impacto Social”. Aberto ao público e com entrada gratuita, o encontro reunirá representantes do setor exportador para analisar desafios e oportunidades no mercado internacional.

O CEO do Prêmio Exportação RS, Edmilson Milan, afirma que o evento é uma oportunidade para aprofundar questões relevantes para a economia brasileira e especialmente para o agronegócio gaúcho. “Acreditamos que abordar essas questões é essencial para profissionais e empresas exportadoras, promovendo reflexão e troca de experiências”, ressalta Milan.

A programação da Arena da Exportação Técnica inclui palestras de especialistas no setor, como o economista-chefe do Sistema Farsul e CEO da Agromoney – Assessoria Econômica, Antônio da Luz, que fará uma análise do cenário atual e das perspectivas do agronegócio brasileiro. Além disso, cases de empresas vencedoras do Prêmio Exportação RS 2024 serão apresentados. O diretor da Divinut, Edson Ortiz, e o vice-presidente de Operações da Be8, Leandro Luiz Zat, compartilharão suas estratégias de expansão no comércio internacional, sob a mediação do assessor de Relações Internacionais da Farsul e membro do conselho do Prêmio Exportação RS, Renan Hein dos Santos.

As inscrições para o evento devem ser feitas até o dia 13 de novembro pelo link forms.gle/oaruzekC3NJgxuRP7](https://forms.gle/oaruzekC3NJgxuRP7.

Fotos: Wirestrock/Freepik e Arena da Exportação Técnica/Divulgação | Fonte: Assessoria
07/11/2024 0 Comentários 329 Visualizações
Ensino

Alunos de escolas públicas participam de projeto ambiental sobre as araucárias

Por Marina Klein Telles 19/04/2024
Por Marina Klein Telles

Desde o início de abril, está em andamento nas escolas públicas o Projeto Curi, uma iniciativa da bióloga Patrícia Kolb com o apoio da Prefeitura Municipal, para incentivar os estudantes a conhecerem mais sobre a araucária angustifolha, árvore típica da região da Serra Gaúcha e que tem um exemplar histórico em Nova Petrópolis. O projeto está sendo aplicado em seis escolas, para turmas do sétimo ano do ensino fundamental, e envolve uma aula teórica com aproximadamente 90 minutos de duração e uma saída de campo ao Pinheiro Multissecular da Linha Imperial.

Na quinta-feira, 18 de abril, foi a vez dos alunos da Escola Otto Hoffmann, do bairro Pousada da Neve, participarem do projeto ambiental. Inicialmente, a bióloga Patrícia Kolb apresentou detalhes sobre o Projeto Curi, cujo nome tem origem em como a araucária era chamada pelos índios. Depois, ela falou sobre as regiões que a árvore costuma estar, que são Paraguai, Argentina e no Brasil em função da altitude em relação ao mar – com destaque para os estados de Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul. “A araucária se desenvolve a uma altitude de pelos menos 500 metros acima do mar e leva de 20 a 30 anos para produzir o pinhão”, esclareceu.

Acompanhada das técnicas da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente do Município, Evelyn Dinnerbier e Cássia Hoffmann, a palestrante mostrou aos alunos uma maquete em que estava demonstrada a floresta de araucária, a qual se referiu durante a apresentação. Com isso, mostrou animais que tem nessa árvore sua subsistência (como a gralha azul, a aranha caranguejeira, o macaco bugio e o grimpeirinho), e falou sobre o período do defeso em que é proibido seu corte e também a partir de quando é permitida a coleta dos frutos – que são os pinhões.

 A próxima etapa do projeto Curi, da qual os alunos da Escola Otto Hoffmann vão participar, será a saída de campo, quando terão a oportunidade de observar os detalhes apresentados durante a aula teórica de sala. Outras escolas que estão fazendo parte da iniciativa são a Augusto Guilherme Gaedicke, do Vale Verde; a Bom Pastor, de Linha Brasil; a Luiz Loeser, da Vila Olinda; a Pedro Beck Filho, da Linha Temerária; e a São José, do Pinhal Alto. Aproximadamente 170 estudantes participam.

Ao final do projeto Curi, será realizado um encontro de encerramento, quando todas as escolas irão se reunir para conhecer a produção dos alunos durante as aulas e quando também serão apresentados os resultados obtidos no decorrer dos trabalhos. A previsão é que as atividades sejam concluídas até o mês de junho.

Foto: Adriana Rabassa/divulgação | Fonte: Assessoria
19/04/2024 0 Comentários 406 Visualizações
Cidades

Campo Bom preserva a última área de Mata Atlântica

Por Marcel Vogt 05/06/2023
Por Marcel Vogt

Uma área de cerca de 50 hectares de mata nativa foi declarada parque natural em Campo Bom neste sábado (03). A implantação do Parque Natural da Mata Leste, no bairro Mônaco, marca a abertura da Semana Municipal de Meio Ambiente.

Trata-se de uma região de mata intocada, com árvores centenárias, como grápias e figueiras, algumas com mais de 20m de altura. É a última área preservada de Mata Atlântica no município, agora protegida por lei. A mata abriga mais de 130 espécies de plantas, mais de 120 de aves e cerca de 70 fungos, entre outros, ou seja, uma grande biodiversidade.

Secretário de Meio Ambiente, João Flávio destaca que “a área da Mata Leste guarda uma grande biodiversidade para a bacia hidrográfica do Rio dos Sinos, com espécies botânicas nativas da cobertura florestal original. Por isso, é uma das áreas prioritárias para conservação e da floreta mais relevante de toda região do Sinos”.

Em breve, será elaborado um plano de turismo ecológico que prevê também a visitação de alunos campo-bonenses. É um grande marco na luta pela preservação ambiental.

Foto: Lucas Unser/Divulgação | Fonte: Assessoria
05/06/2023 0 Comentários 858 Visualizações
Cidades

Semana do Meio Ambiente de Novo Hamburgo inicia hoje

Por Stephany Foscarini 31/05/2022
Por Stephany Foscarini

Muito além dos limites de um quintal ou de um prédio, a nossa casa é o meio ambiente e tudo o que ele contém. E é preciso, quase urgente, que essa conscientização atinja cada vez mais pessoas no caminho da preservação ambiental. É este conceito que será reforçado durante a Semana do Meio Ambiente, promovida pela Prefeitura de Novo Hamburgo, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semam).

Uma série de atividades está sendo organizada em uma agenda que, na verdade, tem dez dias de programação. De 31 de maio a 11 de junho, toda a comunidade está convidada a participar de um conjunto de ações que deverão envolver todas as gerações em um trabalho de alerta e conscientização. A abertura da Semana do Meio Ambiente será na Casa das Artes, em 31 de maio, às 19h30, e contará com a apresentação do Coral Catavida. Acompanhe abaixo a programação completa de toda a ação. Inscrições para todas as atividades organizadas pela Comusa (confira na programação) devem ser feitas até 30 de maio, segunda-feira, pelo e-mail socioambiental@comusa.rs.gov.br.

A Semana do Meio Ambiente tem o foco principal de conscientização, que na verdade é poder relembrar numa semana inteira da importância do nosso meio ambiente que é basicamente a preservação da nossa casa, o lugar em que a gente vive. Então, durante estes dez dias, teremos muitas atividades lúdicas, educativas e momentos de ensino e congregação com a comunidade para que possam ter um pouco mais de conhecimento do trabalho que é feito pela preservação do meio ambiente no município”.

“A Semana do Meio Ambiente tem o foco principal de conscientização, que na verdade é poder relembrar numa semana inteira da importância do nosso meio ambiente que é basicamente a preservação da nossa casa, o lugar em que a gente vive. Então, durante estes dez dias, teremos muitas atividades lúdicas, educativas e momentos de ensino e congregação com a comunidade para que possam ter um pouco mais de conhecimento do trabalho que é feito pela preservação do meio ambiente no município”, afirma o secretário municipal de Meio Ambiente, Ráfaga Fontoura.

Ele destaca, ainda, que a programação, além de mostrar as iniciativas da administração municipal em prol da preservação ambiental, vai reforçar alertas à população no combate a problemas que ainda persistem, entre eles o descarte irregular de lixo e a derrubada de árvores. “É importantíssimo que tenhamos a participação da população na semana do Meio Ambiente para que todos possam ter esse sentimento de participação reforçado, principalmente em relação às suas atitudes, por menores que sejam, para preservar o meio ambiente”, completa o secretário.

Um ponto apontado pelo secretário e que deve mobilizar muito a comunidade é o conhecimento sobre os resíduos, o caminho do lixo, desde a sua produção até o destino final.

Para conferir a programação completa, clique aqui.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
31/05/2022 0 Comentários 825 Visualizações
Business

Autossuficiência e segurança energética como aliada na preservação florestal

Por Caren Souza 25/05/2021
Por Caren Souza

Nos últimos 40 anos, o setor de tabaco estabeleceu como meta erradicar o consumo de lenha nativa. Concentrada no Sul do Brasil, boa parte das áreas produtoras de tabaco ficam junto ao bioma Mata Atlântica. Com as ações de preservação e recuperação, os resultados são visíveis.

Há algumas décadas, o setor já é autossuficiente em lenha para a cura do tabaco.

O incentivo aos plantios florestais alcançou importantes resultados, como o alto índice de cobertura florestal nas pequenas propriedades produtoras de tabaco que chega a 24%, segundo dados da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), sendo 15% de mata nativa e 9% de plantios florestais.

“Há algumas décadas, o setor já é autossuficiente em lenha para a cura do tabaco e, com isso, a mata nativa é preservada. O incentivo das indústrias, que iniciou em meados dos anos 70, e a disposição dos produtores em plantar eucaliptos foi fundamental para termos hoje índices invejáveis de cobertura florestal”, avalia o presidente do SindiTabaco, Iro Schünke.

O dirigente lembra ainda o compromisso firmado nos contratos das indústrias integradoras com os produtores de que a produção e a comercialização de tabaco estejam em conformidade com as normas ambientais vigentes.

Desde 2019, o Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) mantém parceria com Universidade Federal de Santa Maria para consolidar e ampliar o conhecimento técnico-científico no sentido de fortalecer a atividade florestal, garantir a autossuficiência e a segurança energética e financeira da pequena propriedade rural. A pesquisa é coordenada pelo professor doutor Jorge Antonio de Farias.

“A produção de tabaco é uma cultura centenária e quando se estabeleceu na nossa região era fortemente dependente das florestas naturais como fonte de fornecimento de lenha, especialmente porque não havia oferta de florestas plantadas. As espécies que hoje são bastante comuns como eucalipto e acácia negra, naquela época eram raras e pouco conhecidas e, por outro lado, havia uma abundância de florestas nativas. A partir da década de 70, quando o setor estabelece metas para erradicar o consumo de lenha nativa, os produtores passaram a utilizar lenha oriunda de plantios florestais”, contextualiza Farias.

“Nesse sentido, o projeto tem como objetivo fortalecer as conquistas obtidas até aqui, ou seja, a manutenção da área florestal existente, e, ao mesmo tempo, trazer novos elementos e tecnologias que possam aumentar a produtividade em áreas já existentes e possibilitar a expansão de novas áreas. Para isso, estamos criando unidades de referência em dezenas de propriedades de tabaco, testando novas tecnologias e técnicas, como o espaçamento (a distância entre as árvores), novos materiais genéticos e espécies florestais que possibilitem maior produtividade e desempenho energético”, afirma o professor.

Ele espera em breve poder apresentar resultados que serão também compartilhados em canais próprios voltados aos produtores de tabaco, incentivando a prática conservacionista sem prejudicar a renda e a segurança energética nas propriedades.

Fonte: Assessoria
25/05/2021 0 Comentários 493 Visualizações
Pesquisa
Variedades

Pesquisa detecta presença de espécies de mamíferos vulneráveis no RS

Por Gabrielle Pacheco 04/11/2020
Por Gabrielle Pacheco

Um estudo realizado por Alexandre Sita, estudante de Ciências Biológicas da Universidade Feevale, está fazendo um levantamento de mamíferos no município de Morro Reuter/RS. A pesquisa intitulada “Mamíferos não voadores ocorrentes em um remanescente de Floresta Atlântica, no município de Morro Reuter, RS, BR: dados preliminares”, realiza o mapeamento em uma área de propriedade particular, bem preservada, classificada como Floresta Estacional Semidecidual, inserida no bioma Floresta Atlântica.

Assim, ao longo de um ano de pesquisa, foram observadas treze espécies de mamíferos, sendo três espécies exóticas e dez espécies silvestres, registradas para a área. Além disso, entre as espécies de mamíferos observadas, detectou-se a presença de algumas consideradas vulneráveis, como Leopardus guttulus (gato-do-mato-pequeno) e Alouatta guariba clamitans (bugio-ruivo).

“O processo de degradação sobre fragmentos florestais reflete na dinâmica e manutenção das relações biológicas desses animais”

O estudo, que faz parte do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de Alexandre, é orientado pelo professor Marcelo Pereira de Barros. O acadêmico conta que o diferencial da pesquisa é trabalhar, especificamente, com a fauna de mamíferos, que é um grupo muito importante, ecologicamente falando, e que está diminuindo nas florestas. “O processo de degradação sobre fragmentos florestais reflete na dinâmica e manutenção das relações biológicas desses animais”, destaca Sita.

Metodologia da pesquisa

Para obter esses registros, Sita utilizou métodos como armadilhas fotográficas, análises visuais em busca de vestígios como fezes, pelos, pegadas e tocas, utilizando o censo visual e a vocalização. “O objetivo foi fazer o levantamento dessas espécies, o que permite a obtenção de dados importantes que podem ser utilizados para se propor estratégias de conservação do local. Também pode-se revelar como essas espécies estão se adaptando ao avanço antrópico”, explica o acadêmico.

Além disso, o professor Barros destaca que é preciso formar biólogos com conhecimento e aptidão para trabalhos práticos em campo. “A Biologia tem uma grande área de atuação, que é a conservação da biodiversidade. Nossos ecossistemas, nossa flora e nossa fauna estão muito ameaçados. Trabalhos de monitoramento de fauna nativa são extremamente importantes, pois revelam como está a situação das espécies no seu ambiente natural”, afirma. “O trabalho do Alexandre está sendo desenvolvido em uma área bastante próxima da região metropolitana de Porto Alegre (distante 63,8 km da capital) e os resultados são bastante animadores, pois demonstram que, apesar das pressões antrópicas, se mantivermos alguns fragmentos com vegetação preservados, conseguimos manter os animais”, finaliza o professor.

Espécies encontradas

Alouatta guariba clamitans (bugio-ruivo)
Leopardus guttulus (gato-do-mato-pequeno)
Nasua nasua (quati-de-cauda-anelada)
Eira barbara (irara)
Didelphis albiventris (gambá-de-orelha-branca)
Cerdocyon thous (graxaim-do-mato)
Procyon cancrivorus (mão-pelada)
Sus scrofa (javali)
Dasypus novemcinctus (tatu-galinha)
Galictis cuja (furão)

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
04/11/2020 0 Comentários 770 Visualizações
Cidades

Municípios devem ser protagonistas na questão ambiental

Por Gabrielle Pacheco 08/10/2020
Por Gabrielle Pacheco

O papel de protagonismo que deve ser assumido pelos municípios foi o destaque da segunda parte do seminário on-line “Excelência dos Municípios no Desenvolvimento Agroambiental”, promovido pela AEASP – Associação de Engenheiros Agrônomos do Estado de São Paulo, no dia 29 de setembro.

O Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, participou do terceiro painel “Desenvolvimento Agroambiental – Missão dos Municípios”, destacando que, apesar dos esforços feitos pelo Governo Federal, o empenho principal na causa ambiental deve ser da municipalidade. “Temos a constatação de que o grande problema ambiental brasileiro está nas cidades e parte deles sob responsabilidade dos municípios. O Ministério tem consciência da necessidade de apoiar a municipalidade com os acordos setoriais e de logística reversa para o setor farmacêutico, eletroeletrônicos, de pilhas, baterias automotivas, lâmpadas e pneus. Isso vem contribuindo para desafogar um pouco do que é trabalho de competência dos municípios”, ressaltou Salles.

Segundo ele, os municípios podem levar como exemplo de sustentabilidade as iniciativas de agropecuária, que se tornam um grande paradoxo, visto que em um mesmo município os problemas do perímetro urbano são decorrentes da falta de saneamento, enquanto que o campo atua com excelência no quesito de produção agroambiental.

Para o ministro, antes de efetivamente partir para a adoção de iniciativas de reciclagem, muitos municípios ainda esbarram na falta de aterros, sendo que 50% de cidades de todo país ainda possuem lixões, além da ausência da coleta regular de lixo e saneamento. “Visando preencher essa lacuna, uma das iniciativas foi o investimento no programa para a extinção dos lixões, em que mais de 300 municípios foram contemplados e receberam equipamentos. Outro exemplo é Rondônia, que recebeu mais de R$ 60 milhões para zerar os lixões do estado”, apontou.

Estar atento ao meio ambiente é cuidar do plano estratégico dos municípios, pois é item fundamental para fomentar o turismo e a geração de renda. Este foi um dos pontos levantados pelo deputado federal Arnaldo Jardim em sua participação no painel. Com o tema “Reciclagem: benefícios para os municípios”, Jardim enfatizou que um dos grandes desafios ainda está na implantação da coleta seletiva, bem como a separação por parte dos municípios de resíduos e rejeitos.

Também participou do painel o secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo, Marcos Penido. Para ele, precisa haver uma sinergia entre municípios, governos estadual e federal para que os objetivos comuns na preservação do meio ambiente cresçam e se tornem a grande ferramenta do desenvolvimento das cidades. “Os números de brasileiros que ainda não têm acesso a saneamento básico e água tratada são assustadores. Precisamos combater isso de uma maneira inteligente e estruturada. Só conseguiremos se trabalharmos unidos com os municípios trazendo alternativas. Neste quesito, a implantação de consórcios é fundamental”, ressaltou.

Penido exemplificou as iniciativas bem sucedidas do governo paulista como o Programa Município VerdeAzul – PMVA, que tem o propósito de medir e apoiar a eficiência da gestão ambiental com a descentralização e valorização da agenda ambiental nos município, e o Programa Agro Legal, recém-lançado, que auxilia na regularização ambiental no estado de São Paulo.

Municípios mais sustentáveis com atuação de cooperativas têm melhores índices no IDH

As cidades integrantes do Programa Município VerdeAzul e que possuem forte atuação de cooperativas são as que apresentam melhores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH). Esta foi uma das informações dadas pelos palestrantes do quarto painel do dia, o coordenador do Programa Município VerdeAzul, José Walter Figueiredo e o presidente da Ocesp (Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo), Edivaldo Del Grande.

De acordo com Figueiredo, o programa é um indutor de políticas públicas com propostas de melhorar a qualidade de vida dos munícipes com base estruturada principalmente na educação ambiental. “Todo trabalho é feito com forte atuação no desenvolvimento sustentável para que as cidades olhem para as questões da água, poluição do ar, solo e arborização urbana. Além disso, os municípios podem obter e adotar o selo VerdeAzul, que chancela que aquela cidade está no caminho do desenvolvimento sustentável. Este selo pode aparecer, por exemplo, em produtos industrializados e trabalhá-lo na questão econômica-ambiental”, explanou.

A presença das cooperativas nos municípios também auxilia para o desenvolvimento sustentável. “Uma pesquisa feita pela FEA/USP, de Ribeirão Preto (SP), apontou que as cidades com cooperativas atuantes apresentam índice de desenvolvimento humano superior às demais (0,70 em média contra 0,66). Das 645 cidades no estado, 580 têm cooperativas, o que demonstra a capilaridade do segmento, que traz muitos benefícios aos municípios”, apontou o presidente da Ocesp, Edivaldo Del Grande.

Entretanto, um dos segmentos que mais precisa de atenção é o de cooperativas de reciclagem. “A nossa grande preocupação é a sustentabilidade dessas pessoas. Temos trabalhado junto ao poder público para obter apoio das prefeituras. Vemos que este segmento já avança num bom grau de profissionalização nas grandes cidades, mas que ainda temos grandes desafios como o de agregar valor ao material”, comentou.

Tecnologia digital é aliada na gestão da arborização urbana

Cuidar das árvores em um município não é tarefa fácil, pois, além dos manejos agronômicos, o gestor precisa estar atento aos aspectos jurídicos. As árvores disputam espaço aéreo com as companhias de energia e espaço subterrâneo com as de gás. Por isso, o tema arborização urbana traz uma complexidade e um desafio cada vez maior aos municípios.

O pesquisador da Esalq/USP, Marcelo Leão Machado, desenvolveu uma plataforma voltada à gestão de árvores urbanas. Durante o seminário on-line, ele mostrou o trabalho que está sendo feito em algumas cidades, como Piracicaba (SP), com a adoção dessa tecnologia.

“A tecnologia é composta por diferentes aplicativos móveis, dentre os quais para avaliação de árvore, solicitação para inspeção de risco e também para gestão com a possibilidade de se fazer um inventário das árvores. Isso garante um manejo adequado, uma orientação correta aos operadores de poda, além de fornecer indicações técnicas do manejo. Já para o munícipe, outro aplicativo faz a ponte para a abertura de um chamado junto à prefeitura”, explicou.

Segundo o pesquisador, o abandono da vegetação urbana traz prejuízos e, sem o controle das cidades, muitas árvores estão condenadas com risco de queda e causam inúmeros acidentes todos os anos. Somente no último verão, em São Paulo, caíram 7 mil árvores.

Para a diretora da AEASP, Tais Tostes Graziano, a qualidade da arborização nas cidades não deve estar focada somente na quantidade do número de indivíduos, mas também pelo plantio criterioso e a capacidade da gestão pública de manter esses indivíduos sadios. “O sucesso está em planejamento e gestão, conhecimento técnico e legislação que atendam normas legais. Pois, se não houver regras, não tem como fiscalizar”, pontuou.

Coleta e destinação correta de resíduos sólidos ainda é problema para metade dos municípios brasileiros

Metade dos municípios brasileiros ainda faz o descarte de resíduos sólidos em lixões. O último painel do seminário on-line tratou do estado atual, desafios, tendências, viabilidade de implantação e benefícios que o gerenciamento adequado dos resíduos sólidos traz.

“Infelizmente, muitos municípios fazem a coleta seletiva muito bem, mas pecam na triagem dos materiais recicláveis e a destinação tem ficado a desejar. Ainda temos uma realidade de que metade do lixo das cidades brasileiras está indo para lixão. Para avançarmos precisamos de um plano de gestão integrado de resíduos sólidos. Uma ação municipal integrada”, alertou o professor da USP São Carlos, Valdir Schalch.

Para o professor da Universidade Brasil, Evandro Tagliaferro, os gestores públicos precisam implantar mecanismos de sustentabilidade para o gerenciamento adequado dos resíduos sólidos. “É preciso criar o senso da responsabilidade compartilhada. O município precisa estar preparado para arcar com os custos deste serviço; em contrapartida, os munícipes precisam mudar o estilo de vida e compreender a necessidade de se implantar formas de obtenção de receita para arcar os custos. ”, destacou Tagliaferro.

Também participou do painel o presidente do INPEV – Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias, João Rando, que apontou o desafio de operacionalizar, na prática, iniciativas sustentáveis. Entretanto, iniciativas como o Sistema Campo Limpo, que faz a logística reversa de embalagens de produtos agroquímicos e agrodefensivos, vem para comprovar que é viável e possível. “Temos muito orgulho de sermos referência em economia circular. Todas as nossas embalagens fazem parte de um modelo que gera emprego e reduz o uso de recursos naturais”, comentou.

Segundo o superintendente do CONSIMARES – Consórcio Intermunicipal de Manejo de Resíduos Sólidos, Mimo Ravagnani, a responsabilidade pela reciclagem e a sustentabilidade do meio ambiente não deve ser somente do poder público. “Uma pesquisa feita pelo Ibope em 2018 apontou que 98% dos entrevistados achavam que era importante a reciclagem do lixo para salvar o planeta. No entanto, 66% deles não sabiam o que é uma coleta seletiva. Nosso papel também é fazer a população entender sobre essa necessidade”, ressaltou.

Em sua participação no encerramento do evento, o presidente da AEASP, João Lammel, apontou que o objetivo principal do seminário on-line foi atingido: o de compartilhar iniciativas e projetos bem sucedidos para que possam ser inspiração para outras localidades. “Acredito que a mensagem principal foi passada e muitos assuntos de interesse comum foram compartilhados. Tivemos exemplos de várias iniciativas que poderão ser replicadas em outros municípios”, comemorou.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
08/10/2020 0 Comentários 552 Visualizações

Edição 300 | Out 2025

Entrevista | Marcelo Matias aponta soluções sindicais para solucionar a crise em medicina

Especial | Homenagem ao Dia do Médico: quatro vozes que refletem o significado do cuidar

Educação | Entenda o impacto da tecnologia no ensino superior

Inteligência Artifical | Posso usar a IA como psicoterapeuta?

Acompanhe a Expansão

Facebook Twitter Instagram Linkedin Youtube

Notícias mais populares

  • 1

    Casa de Cultura Mario Quintana recebe Oficina de Teatro Sensitivo

  • 2

    Prefeitura recolhe mais de 18 mil toneladas de entulhos originários da enchente

  • 3

    Diego Tórgo chega de Portugal à BriviaDez 

  • 4

    Prefeito de Canela recebe prefeita de Aracaju para intercâmbio sobre turismo

  • 5

    Papas da Língua promete show histórico no Araújo Vianna, em Porto Alegre

  • Facebook
  • Twitter
  • Instagram
  • Linkedin
  • Youtube
  • Email

© Editora Pacheco Ltda. 1999-2022. Todos os direitos reservados.


De volta ao topo
Expansão
  • INÍCIO
  • NOIVAS
  • CATEGORIAS
    • Business
    • Cidades
    • Cultura
    • Ensino
    • Gastronomia
    • Moda e beleza
    • Projetos especiais
    • Saúde
    • Variedades
  • EDIÇÕES ONLINE
  • Bicentenário
  • SOBRE
  • ASSINE
  • FALE CONOSCO