O governo estadual iniciou a implantação de 130 novas estações hidrometeorológicas para monitorar 24 bacias hidrográficas do Rio Grande do Sul. O investimento de R$ 47,175 milhões, anunciado nesta semana pela Casa Militar – Subchefia de Proteção e Defesa Civil, integra o Plano Rio Grande e tem como objetivo aprimorar a prevenção e a preparação contra desastres naturais. A previsão é de que os equipamentos entrem em operação ainda em 2025.
Das 130 unidades, 113 são estações hidrológicas, equipadas com sensores de nível e precipitação, e outras 17 são hidrometeorológicas, com sensores de velocidade e direção do vento, umidade, pressão atmosférica, temperatura e precipitação. Os equipamentos têm atualização de dados a cada 15 segundos, operam com transmissão em rede 4G/5G e contam com redundância por satélite, assegurando funcionamento contínuo mesmo em situações adversas.
As estruturas possuem entre 6 e 12 metros de altura, conforme a necessidade de cada local, e contam com sistema solar off-grid, com autonomia mínima de sete dias garantida por baterias. Também incluem câmeras para acompanhamento visual em tempo real.
Aprimoramento após as enchentes
Durante as enchentes de 2024, gestores públicos apontaram fragilidades nos mecanismos de monitoramento e alerta, muitas vezes recorrendo a plataformas abertas ou a fontes não oficiais. Segundo o governo, a contratação das novas estações corrige essa lacuna, fornecendo informações técnicas completas para decisões estratégicas e medidas preventivas.
Bacias contempladas
Entre as áreas que receberão os equipamentos estão as bacias dos rios Taquari-Antas, Sinos, Caí, Jacuí (alto e baixo), Ibicuí, Ijuí, Pardo, Camaquã, Tramandaí, Santa Maria, Passo Fundo, Piratinim, Negro e Quaraí, além das bacias da Lagoa Mirim e do Canal São Gonçalo, do Lago Guaíba, do Litoral Médio e dos rios Turvo-Santa Rosa-Santo Cristo, Apuaê-Inhandava, Vacacaí-Vacacaí Mirim, Várzea, Mampituba, Butuí-Icamaquã.
Plano Rio Grande
O Plano Rio Grande é um programa de Estado que busca proteger a população, reconstruir áreas atingidas por desastres e preparar o Rio Grande do Sul para responder a futuros eventos climáticos extremos. A instalação das estações está em andamento com as primeiras estruturas sendo montadas para receber os equipamentos.


