O espetáculo “Adolescer” inicia uma nova temporada em Porto Alegre neste domingo, dia 18 de maio, data em que completa 23 anos em cartaz, com apresentação às 18h no Teatro CIEE-RS Banrisul. A montagem volta aos palcos com elenco renovado e 31 cenas dirigidas pela atriz, professora e pedagoga Vanja Ca Michel, abordando temas atuais como masculinidade tóxica, autoestima, violência nas escolas e saúde mental dos adolescentes, além de assuntos recorrentes como bullying e relações familiares.
Mantendo sua proposta original, o espetáculo apresenta de forma fragmentada — com cenas independentes que se integram ao final — o cotidiano da adolescência. Nesta temporada, temas como parentalidade, novas estruturas familiares, cyberbullying e sexualidade são tratados com base em pesquisas realizadas mensalmente por Vanja Ca Michel. Segundo a diretora, “a ideia do Adolescer sempre foi despertar reflexões para pais, mães, avós, professores e todos aqueles que convivem com adolescentes. A peça dá luz a diversos temas, sem julgamentos, e propõe que os assuntos sejam discutidos em casa depois do espetáculo”.
A montagem inclui ainda um bate-papo de 15 minutos ao final de cada sessão, promovido entre o elenco, a diretora e o público.
Música, dança e encontros geracionais
Com direção musical de Pedro Spohr e coreografias de Thiago Fernandes, o espetáculo intercala cenas com músicas cantadas ao vivo e danças. Entre os quadros, estão desde os clássicos da peça — como a sala de aula com a “turma do fundão” — até novidades como a festa da personagem Vó Nuza, interpretada por Lucas D’Castro, que propõe um encontro entre as gerações ao som de trilhas dos anos 1970 e músicas atuais.
Temporada e sessões para escolas
Após a estreia, o espetáculo segue com apresentações no Teatro CIEE-RS Banrisul em 2 de julho, 13 de agosto, 7 de setembro, 5 de outubro e 5 de novembro. Também estão previstas sessões exclusivas para escolas e instituições sociais, com preços promocionais mediante agendamento pelo WhatsApp (51) 99115.9024.
História do Adolescer
Criado em 2002, o Adolescer é fruto de uma década de trabalho de Vanja Ca Michel com adolescentes em oficinas de teatro. Desde a estreia, o espetáculo é atualizado com base em entrevistas e pesquisas com jovens, pais, educadores e profissionais da saúde. Reconhecido por seu caráter socioeducativo, integra a coleção Teláris Artes da Editora Ática, aprovada pelo Ministério da Educação via PNLD, e é viabilizado pela Lei Rouanet.
Ficha técnica
- Texto e direção: Vanja Ca Michel
- Colaborações no texto: Anne Rezende, José Outeiral, Moacyr Scliar e Rubem Alves
- Elenco: Anne Rezende, Bento Warren, Eduardo Hoy, Fernanda Pedroso, Gui Mello, Inaís Andrade, Ju Soares, Lucas D’Castro, Malu Rigo
- Coreografias: Thiago Fernandes
- Preparação vocal: Pedro Spohr
- Desenho de luz: Moa Junior
- Operação de som: Alexandre Ricardo
- Trilha sonora pesquisada por: Vanja Ca Michel
- Captação e mixagem: Giba Num
- Assessoria de imprensa: Jéssica Barcellos
- Staff: Gabriel Rocha, Rafael Ewald
- Produção: Vanja Ca Michel, Moa Junior
- Realização: Cia Déjà-vu de Porto Alegre
- Apoios culturais: Audiobox, Brufa Móveis Escolares, Imaginarium Iguatemi, Julio Cardoso Fotógrafo, Kauê Umiski Maquiador, Solar 22, Teatro CIEE-RS Banrisul
- Apoio gastronômico: Da Vó Ateliê de Cucas, Montecchio Pizzaria
- Figurinos: Callohã, Perky Shoes, Short Fuse, Puket (Shopping Iguatemi)
Serviço
- O quê: Espetáculo Adolescer – estreia da nova temporada e comemoração dos 23 anos
- Quando: 18 de maio, domingo, às 18h
- Onde: Teatro CIEE-RS Banrisul – Rua Dom Pedro II, 861, São João, Porto Alegre
Quanto: Mezanino: R$ 30 (meia) | R$ 60 (inteira) | Plateia alta: R$ 45 (meia) | R$ 90 (inteira) | Plateia baixa: R$ 50 (meia) | R$ 100 (inteira) | Camarote: R$ 40 (preço único) - Classificação etária: 10 anos
- Duração: 1h45min
- Ingressos: À venda em Blueticket
O espetáculo faz uma autorreferência à trajetória de 20 anos do Grupo Ueba. No palco, cenas, vestimentas e objetos de montagens anteriores são ressignificados, estabelecendo uma conexão entre a história do grupo e o público. “Esse espetáculo traz para a cena reflexões sobre nossa própria arte e sobre o momento do Ueba, que celebra sua existência. Para nós, a conexão com o público é essencial para que nossa arte se perpetue na memória das pessoas e para que, assim, possamos evitar ser devorados pelo tempo”, ressalta o criador da obra teatral, Jonas Piccoli.
