O mês de maio vai movimentar a cena teatral de Porto Alegre com a 17ª edição do Festival Palco Giratório Sesc. Entre os dias 12 e 28 de maio, teatros da capital gaúcha receberão 37 espetáculos de grupos vindos de diferentes lugares do País e 11 ações formativas gratuitas. A divulgação oficial da programação aconteceu na noite desta quinta-feira, 27 de abril, em evento realizado na sede da Fecomércio-RS com a participação de autoridades, artistas, convidados e imprensa. A ocasião marcou ainda o início da venda de ingressos, que, também, podem ser adquiridos pelo site www.sesc-rs.com.br/palcogiratorio.
“Entre espetáculos de dança, circo, música e teatro, iremos proporcionar arte para todos os gostos e idades. Durante 17 dias, temas relevantes para a nossa sociedade serão colocados em pauta através da arte”, contou a diretora administrativa do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac, Maria Tereza Menegotto, que representou o presidente da entidade, Luiz Carlos Bohn. A diretora também reforçou a importância do Festival para a comunidade artística e a parceria e contribuição dos empresários do Estado para sua realização.
Neste ano, o Palco Giratório completa 25 anos e promove um intercâmbio para artistas de 13 estados, além do Distrito Federal. A diretora do Instituto Estadual de Artes Cênicas (IACEN), Gabriella Munhoz, parabenizou a organização e os envolvidos no evento, direta ou indiretamente, pela continuidade do projeto: “quando falamos em cultura, é preciso pensar em trajetória e permanência e o Palco Giratório é exemplo disso”, afirmou. Acompanhada da diretora do Instituto Estadual de Cinema do Rio Grande do Sul (IECINE), Sofia Ferreira, ambas representaram Beatriz Araújo, secretária de Cultura do Estado. “Só nos tornamos uma sociedade verdadeiramente civilizada com um bom repertório cultural”, acrescentou Sofia.
Para o secretário municipal de cultura de Porto Alegre, Henry Ventura, o Festival reforça a relação do município com a arte: “A cultura, como sabemos, precisa de inúmeros parceiros, que vão além do governo. O Sesc/RS é um desses parceiros que contribui para o dinamismo da sociedade e investe com protagonismo na promoção da arte para fazer de Porto Alegre a capital da cultura, não só do Rio Grande do Sul ou do Brasil, mas do Mercosul”.
Com grandes nomes das artes cênicas brasileira, as 50 sessões teatrais estarão em alguns dos teatros mais conhecidos de Porto Alegre, como o Teatro do Sesc Alberto Bins, Sala Álvaro Moreyra, Teatro Bruno Kiefer, Teatro Renascença, Centro Municipal de Cultura, Sala Carlos Carvalho, Teatro de Arena e Teatro CHC Santa Casa. Mesmo que os espetáculos se concentrem nos teatros, as atividades também acontecem na Zona Cultural, no Centro, e no Parque Farroupilha. Sete espetáculos contarão com tradução na Língua Brasileira de Sinais (Libras). Além das apresentações, o Festival recebe o lançamento do livro “Sem Palavras”, do autor e diretor Márcio Abreu, publicado pela Editora Cobogó e vencedor do Prêmio Shell deste ano do Rio de Janeiro.
Ingressos
A venda dos ingressos para os espetáculos acontece nas Unidades Sesc/RS, e no site www.sesc-rs.com.br/palcogiratorio e, havendo disponibilidade, 1h antes de cada apresentação na bilheteria dos respectivos teatros. Em caso de chuva, a programação na rua poderá ser alterada. Os valores são R$20 para usuários dos cartões Sesc/Senac nas categorias Comércio e Serviços ou Empresários, estudantes, classe artística, professores, doadores de sangue, colaboradores da Santa Casa e idosos acima de 60 anos; R$40 para o público em geral. Para os espetáculos “Sem Palavras”, “Silvero interpreta Belchior”, “Encantado” e “Ninguém sabe o meu nome” são R$30 para os usuários dos cartões Sesc/Senac nas categorias Comércio e Serviços ou Empresários, estudantes, classe artística, professores, doadores de sangue, colaboradores da Santa Casa e idosos acima de 60 anos, e R$60 para o público em geral.


Com sua arquitetura imponente e histórica, o Theatro São Pedro é um ícone de Porto Alegre. No último domingo, dia 15 de maio, grupos do programa Maturidade Ativa Sesc puderam prestigiar o espetáculo “A Hora da Estrela ou o Canto de Macabéa”, parte da programação do 16º Festival Palco Giratório, que acontece até 29 de maio. A obra é uma adaptação de um texto de Clarice Lispector e conta a história de Macabéa, uma imigrante nordestina que vai para o Rio de Janeiro e leva uma vida de dificuldade e solidão.
No domingo, dia 22, poemas da artista porto-alegrense Preta Mina tomam outra forma na performance “Preta Mina: O Fim do Silêncio, o Eco do Incômodo”. Em cena, esta mulher trabalha nove caminhos, nove ramificações da mesma raiz, nove paradas por suas próprias histórias, nove reflexões, nove falas, nove portas em que descobre os desdobramentos de ser preta e brasileira. Para quem quiser acompanhar, a obra será apresentada às 19h, no Teatro Renascença (Av. Erico Verissimo, 307, Bairro Menino Deus).
Direto de Pelotas, a Cia de Dança Afro Daniel Amaro performa “A Reminiscência dos Tambores do Corpo no Âmago dos Homens Ifá na Crença do Maria, Marias”, nos dias 24 e 25, às 19h, também na Sala Álvaro Moreyra. O espetáculo aborda a retirada dos negros da África até a contemporaneidade brasileira, agregando movimentos de dança, ritmos e religiosidade da cultura africana.
Por conta da chuva no último final de semana, a arte circense de “História de Circo Sem Lona” (TIA Teatro RS) estará no Parque Farroupilha neste sábado, dia 21, às 14h. A participação é gratuita e livre para todas as idades. A Redenção será espaço, ainda, para que Odelta Simonetti apresente a peça “Um Dia, Uma Palhaça”, no dia 22, às 11h e para a companhia Oigalê, às 13h, encantar e divertir com “Circo de Horrores e Maravilhas”.
Baseada na obra de Eduardo Galeano, a peça “Para Não Morrer”, que estará em cartaz nos dias 17 e 18, na Sala Álvaro Moreyra, às 19h, rendeu o Prêmio Shell 2019 de Melhor Atriz à Nena Inoue. No espetáculo, a narradora é uma mulher limitada fisicamente, mas que insiste em falar e trazer à memória grandes feitos contra a opressão. A obra aborda temáticas feministas e traz histórias verídicas de mulheres, de distintas épocas e lugares, que deram suas vidas pela liberdade e pela justiça, além de recuperar a biografia de várias personagens que tiveram sua importância reduzida pela perspectiva dominante. A narradora, interpretada pela atriz Nena Inoue, é. O espetáculo do PR, tem iluminação de Beto Bruel.



Histórias de Circo Sem Lona



