A equipe do Projeto Sorriso realizou atendimentos odontológicos aos moradores do Lar São Francisco, em São Leopoldo, na manhã desta terça-feira (9). A iniciativa, voltada tradicionalmente a crianças em escolas e instituições da cidade, foi ampliada para contemplar idosos, oferecendo consultas clínicas e confecção de próteses, além de orientações de saúde bucal. O lar abriga atualmente 38 pessoas sem custo.
A ação foi organizada em duas fases. Na primeira, iniciada na semana passada, os 38 residentes – sendo 15 mulheres e 23 homens – passaram por avaliação odontológica. Nesta segunda etapa, os pacientes receberam os encaminhamentos conforme a necessidade. Além do atendimento clínico, a equipe buscou promover acolhimento e cuidado aos idosos.
Entre os beneficiados está o aposentado Ademir Carvalho, 73 anos, que chegou há um mês ao Lar São Francisco. O idoso destacou a importância do acompanhamento oferecido. “É bom saber que a gente conta com esse suporte, essa dedicação. Sempre tem algum incômodo na boca que a gente precisa cuidar”, afirmou Carvalho.
Prevenção como estratégia
A secretária da Saúde de São Leopoldo, Kelbe Gonçalves, ressaltou que a proposta tem como objetivo facilitar o acesso à saúde bucal para um público que teria dificuldade em buscar atendimento fora da instituição. “Desde o início, priorizamos a atenção básica, a prevenção. O Projeto Sorriso cumpre esse papel. Levando a saúde até as pessoas, como no caso de crianças e, agora, idosos. Trata-se de um público que teria dificuldade, ou não poderia, buscar esse serviço fora. Entendemos que a saúde começa pela boca, pela mastigação, pelo cuidado com os dentes”, afirmou a titular da pasta.
Atuação descentralizada
Formado por profissionais da rede municipal, o Projeto Sorriso é coordenado pelos cirurgiões-dentistas Denise Ferreira e Flávio Carneiro, com participação da odontóloga Lília Conci e da estagiária Mariana Niehues. O grupo já atua em diferentes frentes no município, atendendo não apenas estudantes da rede municipal, mas também crianças e adolescentes em casas de acolhimento, frequentadores do Centro Pop, ocupações e, agora, idosos do Lar São Francisco.