No início deste ano, a Fundação Getúlio Vargas anunciou o lançamento do Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR), no intuito de medir a evolução mensal dos valores de aluguéis residenciais dos imóveis no país. Com base em informações anonimizadas de contratos de locação obtidas junto a empresas administradoras de imóveis, o índice pretende oferecer um retrato mais preciso do mercado imobiliário. Para o presidente da Federação Varejista do Rio Grande do Sul, Ivonei Pioner, a ação é positiva, tendo em vista que disponibiliza um índice específico ao setor de imóveis. “Na época de alta inflação, trabalhávamos com vários indexadores para poder proteger e evitar a erosão do capital. Essa cultura foi alterada com o Plano Real, em 1994, porém foram sendo criados índices para repor a inflação, ainda que baixa. Hoje o mundo trabalha com nichos cada vez mais específicos e os indicadores devem ser assim”, argumenta.
O IVAR é muito bem-vindo, pois na hora de regular os aluguéis, 22%, 25% se torna inviável, ainda mais para quem já estava com dificuldade de fazer o pagamento desse aluguel. Ao mesmo tempo, o investidor que tem os imóveis, precisa ser atendido dentro da realidade do negócio que entrou. Então é muito mais justo construir esse índice específico”.
O varejo é bastante impactado com a medida, uma vez que parte do comércio tem imóveis alugados. Pioner frisa que os negócios foram afetados pela pandemia de formas muito diferentes, portanto, a utilização de um índice geral promove ainda mais discrepâncias. “Não fecha a conta. É necessário cada vez mais termos estudos de mercado e índices específicos, para que não haja discrepâncias e problemas para o setor. O IVAR é muito bem-vindo, pois na hora de regular os aluguéis, 22%, 25% se torna inviável, ainda mais para quem já estava com dificuldade de fazer o pagamento desse aluguel. Ao mesmo tempo, o investidor que tem os imóveis, precisa ser atendido dentro da realidade do negócio que entrou. Então é muito mais justo construir esse índice específico”, avalia.