A Casacor Rio Grande do Sul 2025 chegou ao fim no domingo (13) com o anúncio de que a próxima edição da mostra será novamente realizada no antigo terminal do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre. O espaço, que abrigou o evento pela primeira vez neste ano, foi restaurado e recebeu mais de 30 mil visitantes ao longo de dois meses, consolidando-se como novo território para a arquitetura, design e produção cultural no estado.
Durante a edição de 2025, o público circulou por 40 ambientes inéditos em um prédio que serviu como plataforma de experimentação e encontros. A programação incluiu 45 talks gratuitos com curadoria do Club&Casa Design, reunindo cerca de 1.200 pessoas em discussões sobre temas como sustentabilidade, bem-estar, moda e produção regional. As atividades ocorreram na Arena VOE Vessen.
Artes visuais contemporâneas em destaque
Pela primeira vez na história da mostra, a Casacor RS contou com um espaço dedicado exclusivamente às artes visuais contemporâneas. O Espaço de Arte Casacor RS ocupou 200 m² do terminal com quatro ciclos curatoriais e trabalhos de 15 artistas gaúchos em linguagens como pintura, escultura, instalação, fotografia e processos híbridos. Com entrada gratuita, o espaço teve curadoria de Luciano R. Mota, André Venzon, Cezar Prestes e Viviane Possa.
De acordo com a diretora da Casacor RS, Karina Capaverde, o prédio se destacou não apenas como cenário, mas como um território simbólico. “Esse prédio nos acolheu com sua memória e sua potência criativa. Ele não foi apenas cenário, mas também território de reconstrução e conexão com o futuro. A mostra apenas revelou tudo o que já existia aqui — e seguimos com o olhar voltado para 2026”, afirmou Karina.
Conexão com Porto Alegre
A organização da Casacor afirma que a escolha do local reforça o vínculo entre o evento e a cidade. O antigo terminal, que por décadas recebeu passageiros em trânsito, agora funciona como ambiente de criação e convivência. Com projetos autorais, lançamentos de marcas, experiências sensoriais, arte, design e gastronomia, a edição de 2025 destacou-se como uma das mais movimentadas da rede nacional.
Karina Capaverde destacou que o espaço seguirá sendo explorado como polo de criação urbana. “Este território urbano revelou-se fértil para a criação, para a convivência e para o impacto positivo que o design pode gerar na cidade. Estamos apenas no começo de uma nova fase”, ressaltou a diretora.