O primeiro mês de 2019 registrou um leve aumento do número de pessoas físicas inadimplentes na região Sul do Brasil. A elevação de 1,76% fez com que o total de consumidores negativados subisse de 8,29 milhões em dezembro de 2018 para 8,31 milhões em janeiro de 2019 no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
No país, de acordo com os dados do Indicador de Inadimplência da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), são 62,08 milhões de inadimplentes.
Mesmo com o incremento, a região Sul ainda é a que apresenta o menor percentual de sua população adulta com CPF negativado, cerca de 36,4%, ficando atrás da Norte, com 46,2%; Centro-Oeste, com 42,1%; Nordeste, com 40,9% e Sudeste, com 39,7%. O detalhe é que apenas o Sul do país não apresentou recuo no percentual de inadimplência na comparação entre janeiro de 2019 e dezembro de 2018.
Para o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul – FCDL-RS, Vitor Augusto Koch o aumento do total de inadimplentes no país e nos três estados sulistas segue refletindo as dificuldades que as famílias possuem para honrar seus compromissos. Além disso, o primeiro mês do ano é marcado pela opção de pagamento de tributos como IPTU e IPVA, bem como a compra de material escolar.
A expectativa de Vitor Augusto Koch é que os indicadores de inadimplência possam ser reduzidos a partir de abril, quando algumas despesas extras deixam de influenciar no orçamento das famílias.
“São pontos primordiais destacados pelo presidente Jair Bolsonaro em sua campanha à presidência que nós esperamos ver concretizados com a maior brevidade possível. A redução do número de inadimplentes somente vai se concretizar quando a retomada da economia beneficiar a sociedade através da criação de novos empregos e do aumento da renda” reforça Koch.
A abertura do número de dívidas por setor credor, em janeiro, revela que o número de dívidas em todo o país, embora tenha caído quando se considera todos os setores, avançou nos setores de Água e Luz (14,39%) e Bancos (2,42%). No Comércio, a queda foi de 7,03%, enquanto no setor de Comunicações o recuo foi de 7,84%.