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Francisco Turra

Variedades

Presidente do Conselho Consultivo da ABPA é homenageado em evento da Avimig

Por Jonathan da Silva 01/07/2025
Por Jonathan da Silva

O ex-ministro da Agricultura e atual presidente do Conselho Consultivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, foi homenageado na tarde da quarta-feira (25) durante o evento Avicultor Mais 2025, em Belo Horizonte. A cerimônia integrou a celebração dos 70 anos da Associação dos Avicultores de Minas Gerais (Avimig) e reuniu produtores, agroindústrias e fornecedores de várias regiões do país.

O reconhecimento destacou a trajetória de personalidades que contribuíram e seguem contribuindo para o desenvolvimento e fortalecimento da avicultura no Brasil, especialmente em Minas Gerais. “Minas Gerais tem uma força produtiva admirável e uma avicultura que orgulha o Brasil. Tenho o maior respeito por tudo que foi construído aqui. Acredito que o desenvolvimento da avicultura brasileira só é possível com união, trabalho coletivo e visão de futuro — tudo que a Avimig representa”, afirmou Turra ao receber a homenagem.

Entrega da placa comemorativa

A placa comemorativa foi entregue pelo presidente do Conselho Diretor da Avimig, Antônio Carlos Costa, em reconhecimento ao trabalho e dedicação de Turra ao longo de sua carreira no setor agropecuário.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
01/07/2025 0 Comentários 95 Visualizações
Variedades

Francisco Turra será incluído no Hall da Fama da Avicultura Latino-Americana

Por Jonathan da Silva 06/11/2024
Por Jonathan da Silva

O ex-ministro da Agricultura Francisco Turra, atual presidente do Conselho Consultivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), será incluído no Hall da Fama da Avicultura Latino-Americana durante o congresso OVUM, que acontece de 12 a 15 de novembro em Punta del Este, no Uruguai. A homenagem reconhece a trajetória de Turra na agricultura e na pecuária, especialmente suas contribuições ao desenvolvimento da avicultura nacional e internacional.

Turra iniciou sua carreira pública na política em Marau, onde atuou como vice-prefeito e depois prefeito, além de exercer mandatos como deputado estadual e federal, com mandato focado na sustentabilidade da agroindústria. Na presidência da Companhia Brasileira de Alimentos (Conab), expandiu a produção e a competitividade da empresa, consolidando o Brasil como líder na exportação de carne de frango em 2004.

Como ministro da Agricultura, Turra implantou programas para modernizar propriedades rurais e estimular a produção de insumos para a avicultura e outros setores, alcançando recordes de produção. Em 2008, assumiu a então Associação Brasileira dos Exportadores de Frango (ABEF), onde implementou estratégias para fortalecer a capacidade exportadora do setor, como o mecanismo de distribuição de cotas para exportações à União Europeia, que reduziu custos e abriu novos mercados, incluindo negociações com a China para exportação de carne de frango.

Posteriormente, Turra liderou a fusão da ABEF com a União Brasileira de Avicultura, formando a Ubabef e, em 2014, unificando a avicultura e a suinocultura na atual Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Sob sua liderança, o setor registrou crescimento nas exportações, com um aumento de 246% na receita de carne de frango e de quase 450% na de carne suína. Turra também expandiu o Salão Internacional de Avicultura e Suinocultura (SIAVS), englobando a suinocultura e promovendo a ABPA no maior evento setorial do país, além de coordenar a gestão de crises durante a Operação Carne Fraca.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
06/11/2024 0 Comentários 172 Visualizações
Variedades

Culturas de inverno em Santa Catarina têm rápido avanço

Por Stephany Foscarini 11/08/2021
Por Stephany Foscarini

Santa Catarina discute rotas alternativas e complementares para manter o abastecimento das agroindústrias de carnes de aves e suínos. A intenção é seguir com o incentivo ao cultivo de cereais de inverno, além do cultivo de milho grão, para serem utilizados na composição da ração animal. Essa foi a pauta do encontro do secretário de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, Altair Silva, com o presidente do Conselho Consultivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e ex-ministro, Francisco Turra, além de lideranças do setor produtivo catarinense, na quinta-feira (5).

Nós iniciamos uma forte campanha para incentivar o cultivo de cereais de inverno no Rio Grande do Sul”.

Os reflexos da falta de milho nesses estados podem ser observados pela queda da produção de carne de frango nos últimos anos. “Nós iniciamos uma forte campanha para incentivar o cultivo de cereais de inverno no Rio Grande do Sul, mas em Santa Catarina, com o envolvimento do Governo do Estado no incentivo, inclusive financeiro aos agricultores, a iniciativa deu ainda mais certo. Queremos unir esforços para avançarmos ainda mais”, explica o ex-ministro Francisco Turra, um dos líderes do movimento, representando a ABPA.

“O nosso setor produtivo de carnes e leite não para de crescer e sabemos que nossa demanda será cada vez maior. Por isso, nós tomamos a frente e lançamos um Projeto que incentiva a produção de cereais de inverno para a ração. No primeiro ano, ainda de forma experimental, já temos resultados animadores. Descobrimos que há uma grande demanda dos produtores e uma oportunidade para avançarmos na produção. Se nós ocuparmos as áreas vazias no inverno, tanto em Santa Catarina como no Rio Grande do Sul, podemos aumentar muito a competitividade do nosso agronegócio”, destaca o secretário Altair Silva.

Turra falou do movimento de incentivo ao cultivo de cereais de inverno realizado desde o primeiro semestre deste ano entre Embrapa Trigo, de Passo Fundo (RS), realizadora do Fórum, ABPA e Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul). Estudos da unidade de pesquisa científica, validados pela Embrapa Suínos e Aves, de Concórdia (SC), mostraram equivalência nutricional, em alguns casos de até 100%, para trigo, cevada e triticale na substituição ao milho na ração animal — que representa 65% da composição.

Incentivo em Santa Catarina

Para reduzir a dependência de milho e os custos de produção da cadeia produtiva de carnes e leite, a Secretaria da Agricultura lançou o Projeto de Incentivo ao Plantio de Cereais de Inverno. Com investimento de R $5 milhões, os produtores receberam apoio para cultivar trigo, triticale, centeio, aveia e cevada – que devem ser utilizados para fabricação de ração animal. No primeiro ano de ação, já foi percebido um aumento de 70% na produção de trigo e a safra deve chegar a 290 mil toneladas – um recorde histórico para Santa Catarina.

Com essa junção de esforços teremos um aumento de 30 mil hectares no cultivo de trigo, um acréscimo significativo”.

Os catarinenses cultivam em média 340 mil hectares de milho e 890 mil hectares de soja. O potencial para a produção de cereais de inverno chega a 800 mil hectares. A presidente da Epagri, Edilene Steinwandter, ressalta que o Estado deu início a algumas ações, em parceria com as cooperativas e a iniciativa privada, e já colhe os resultados. “Com essa junção de esforços teremos um aumento de 30 mil hectares no cultivo de trigo, um acréscimo significativo. Temos muito a avançar, mas damos os primeiros passos,” analisa.

Lideranças presentes

O encontro contou com a participação do presidente da Federação da Agricultura do Estado de Santa Catarina (Faesc), José Zeferino Pedroso; do presidente da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola (Cidasc), Plínio de Castro; do presidente da Federação dos Trabalhadores Rurais (Fetaesc), José Walter Dresch; do diretor da Federação das Cooperativas Agropecuárias (FecoAgro/SC), Ivan Ramos; do diretor do Sistema Ocesc Sescoop/SC, Neivo Luiz Panho; do gerente do Sindicato das Indústrias de Carnes (Sindicarnes-SC), Jorge Luiz de Lima; e do ex-deputado Odacir Zonta. Após a reunião, Turra foi recebido pelo senador Esperidião Amin e pelo ex-governador, Raimundo Colombo.

Otimização de Culturas de Inverno

Além de ABPA, Embrapa Trigo e Farsul, o movimento de Otimização de Culturas de Inverno no RS conta com a participação ainda de outras entidades apoiadoras como a Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS), Associação das Empresas Cerealistas do Rio Grande do Sul (ACERGS), Sicredi, Yara Brasil, Associação Gaúcha de Avicultura (ASGAV), Associação Catarinense de Avicultura (ACAV), Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos (SIPS) e Fundo de Defesa Sanitária do Estado do RS (Fundesa).

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
11/08/2021 0 Comentários 514 Visualizações
Variedades

Estímulo de aves e suínos para as culturas de inverno

Por Stephany Foscarini 06/08/2021
Por Stephany Foscarini

Para manter o que chama de “caminho irreversível”, como o maior exportador mundial de carne de frango e um dos cinco maiores de carne suína, o ex-ministro Francisco Turra, presidente do Conselho Consultivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), ressaltou a importância de cereais como trigo, cevada e triticale para a cadeia produtiva durante o Fórum Nacional do Milho 2021, realizado em formato online. O consumidor sentiu no bolso o alto custo de produção e as sucessivas quebras do milho nos preços das carnes de aves e suínos. “A alternativa está nas mãos de vocês”, afirmou Turra.

Queremos dobrar a produção de cereaies de inverno, chegando a 5 milhões de hectares plantados nos próximos 10 anos. Isso vai aumentar em 6% o PIB do Rio Grande do Sul”.

Turra ressaltou que mesmo com a diminuição nos resultados de estados como o Rio Grande do Sul, o Brasil foi o único país a crescer na produção e exportação de proteína animal no mundo durante a pandemia. “O crescimento no Centro-Oeste mostra que o custo de produção na região Sul está encarecendo. Estamos perdendo espaço e competitividade. Os cereais de inverno surgem como grande alternativa,” destacou Turra. A meta é ambiciosa: “Queremos dobrar a produção de cereais de inverno, chegando a 5 milhões de hectares plantados nos próximos 10 anos. Isso vai aumentar em 6% o PIB do Rio Grande do Sul.”

Para isso, Turra garantiu o apoio total e irrestrito da indústria, que busca cooperativas e produtores para assumir o compromisso de compra futura dos grãos. “Queremos excedentes de qualidade para alimentação animal. Produza o melhor trigo que ele será utilizado para alimentação humana. Se não for na panificação, será nas carnes de aves e suínos. Como um apaixonado pelo agro, espero que o trigo, a cevada e o triticale ganhem notoriedade,” ressaltou Turra, destacando as múltiplas capacidades dos grãos de inverno.

Otimização de culturas de inverno

Turra falou do trabalho de incentivo ao cultivo de cereais de inverno realizado desde o primeiro semestre deste ano entre Embrapa Trigo, realizadora do Fórum, ABPA e Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (FARSUL). Estudos da unidade de pesquisa científica de Passo Fundo (RS), validados pela Embrapa Suínos e Aves, de Concórdia (SC) mostraram equivalência nutricional, em alguns casos de até 100%, para trigo, cevada e triticale na substituição ao milho na ração de aves e suínos — que representa 65% da composição.

O movimento conta com a participação ainda de outras entidades apoiadoras como a Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS), Associação das Empresas Cerealistas do Rio Grande do Sul (ACERGS), Yara Brasil, Associação Gaúcha de Avicultura (ASGAV), Associação Catarinense de Avicultura (ACAV), Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos (SIPS) e Fundo de Defesa Sanitária do Estado do RS (Fundesa).

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
06/08/2021 0 Comentários 398 Visualizações
Variedades

Francisco Turra discute as perspectivas para o agronegócio em reunião-almoço da CIC Caxias

Por Gabrielle Pacheco 27/08/2020
Por Gabrielle Pacheco

Quais as perspectivas para o agronegócio após a pandemia da Covid-19? Que desafios e aprendizados foram experimentados pelo setor desde o surgimento do coronavírus? Essas questões serão discutidas em palestra do ex-ministro da Agricultura Francisco Turra, em reunião-almoço da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC Caxias), na segunda-feira (31).

Presidente do Conselho Consultivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Turra falará sobre o tema “O agro pós-Covid-19: superação e fortalecimento”. O evento online será transmitido no canal da entidade no Youtube, a partir das 12h.

Um dos principais nomes do agronegócio brasileiro, Francisco Turra comandou o Ministério da Agricultura entre 1998 e 1999, e também presidiu a Companhia Nacional de Abastecimento, de 1996 a 1997. Desde 2014, foi presidente da ABPA, liderando importantes avanços para o setor da proteína animal no país. Em 19 de agosto, transmitiu o cargo para Ricardo Santin.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
27/08/2020 0 Comentários 444 Visualizações
Business

Francisco Turra transmite presidência da ABPA para Ricardo Santin

Por Gabrielle Pacheco 20/08/2020
Por Gabrielle Pacheco

Em cerimônia virtual na manhã desta quarta-feira (19), Francisco Turra passou oficialmente a presidência da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) para Ricardo Santin, que era o diretor-executivo da entidade. Durante a solenidade – que contou com a presença de associados, líderes políticos e representantes do agronegócio nacional e internacional, foram resgatadas as conquistas da associação durante a última gestão e projetados os próximos anos.

Além do fortalecimento e abertura de novos mercados para os setores de aves e suínos, Francisco Turra destacou o forte aumento da receita com exportações entre 2008 e 2020: alta de 246% para avicultura, alcançando um valor previsto de R$ 30,9 bilhões este ano, e de 436% para a suinocultura, com receita que pode chegar à casa dos R$ 11,7 bilhões em 2020.

Os números impressionam em um ano de pandemia: mesmo com a crise econômica mundial, a previsão da ABPA é otimista. “Fim da crise, 22 mil postos de trabalho novos e investimentos novos previstos. Se nós tivermos os benefícios da desoneração, quero que as autoridades entendam: nosso setor vai voar. Ano que vem é o ano para gente voar. Somos um país que não se entregou”, contou Turra.

Futuro

Durante o discurso, Ricardo Santin agradeceu os ensinamentos. “Um sentimento de gratidão e alegria por ter partilhado essa história com o presidente Turra. Como vimos, foram 12 anos de aprendizado com um mestre. O que posso agradecer é por ter acreditado em mim e ter dado a oportunidade de ter trabalhado na consolidação de grandes setores representados na ABPA”, disse ele.

Ricardo Santin falou sobre o desafio de lidar com “um novo consumidor pós-pandemia, muito mais preocupado com a qualidade dos alimentos”. E destacou uma necessidade em ascensão: “Garantir um consumo consciente e consistente, sem as más influências dos mitos e das fake news”.

Reconhecimentos

Durante a cerimônia, Turra – que integrará o Conselho Consultivo da ABPA, auxiliando nas estratégias pós-Covid-19 – foi homenageado por diversas autoridades. A ministra da Agricultura, Terezinha Cristina, ressaltou a integridade e as conquistas lideradas pelo ex-presidente da ABPA. “Poucas pessoas conseguem deixar um legado. E você, pode ter certeza, deixou um legado de êxito para as proteínas do Brasil”, enalteceu.

O governador Eduardo Leite enviou um vídeo parabenizando Turra pela trajetória e parceria com o Rio Grande do Sul. “Quero agradecer ao presidente pela convivência harmoniosa e produtiva que tivemos ao longo deste um ano e meio da nossa gestão. E aproveito para desejar êxito a outro gaúcho que assume a associação: Ricardo Santin, também de Marau. Aqui no Rio Grande do Sul, estaremos sempre abertos ao diálogo”, frisou.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
20/08/2020 0 Comentários 418 Visualizações
Variedades

“A sensação é de dever cumprido”, afirma Turra sobre transição na ABPA

Por Gabrielle Pacheco 17/08/2020
Por Gabrielle Pacheco

Francisco Turra presidiu por 12 anos da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). E, na próxima quarta-feira (19), passa o cargo para o atual diretor-executivo Ricardo Santin. O ex-ministro da Agricultura assumiu a instituição quando ainda se chamava Associação Brasileira de Exportadores de Frangos (ABEF) e contava com 23 sócios – hoje são 140, sendo a maior entidade do setor.

Desde 2008, Turra é um dos grandes responsáveis pela transformação e fortalecimento da imagem da avicultura e da suinocultura brasileira no exterior: garantiu uma fatia importante do mercado asiático e cotas de exportação para a União Europeia. Outro grande marco na trajetória de Turra frente à ABPA foi o gerenciamento de crises, como a atual informação de que o coronavírus teria sido encontrado embalagens de carne de frango exportado para o município de Shenzhen, na China, e a Operação Carne Fraca em 2017.

Em 12 anos, foram registrados mais de US$ 1,2 bilhão em negócios em mais de 100 ações internacionais. A receita com as vendas de carne de frango para o exterior cresceram quase 40% e as de carne suína tiveram uma alta próxima a 30% no período. Números que reforçam o legado que o ex-ministro deixa para o agronegócio brasileiro. Confira a seguir entrevista realizada com Francisco Turra.

Quais foram as maiores conquistas da ABPA nestes 12 anos? A primeira conquista foi a integração dos segmentos de aves e suínos, fundamental para fortalecermos nossa imagem nos mercados nacional e internacional. Do ponto de vista institucional, tivemos avanços significativos. Passamos de 23 associados, lá em 2008, para 140 hoje, dos mais variados perfis. Criamos o Salão Internacional de Avicultura e Suinocultura (SIAVS) – o maior evento político, técnico e comercial dos setores no Brasil – e o ABPA Data, um sistema inédito de inteligência competitiva exclusivo para associados, com um vasto banco de informações composto por mais de 2,5 milhões de dados. Fizemos uma mudança no sistema para ter acesso às cotas de vendas da União Europeia e tivemos ainda a desoneração da folha de aves e suínos. Abrimos de 15 novos mercados, entre eles China, Estados Unidos, México, Índia, Paquistão, Coreia do Sul, Japão, Mongólia, Moldávia, Mianmar, Vietnã, com as respectivas habilitações de plantas brasileiras. Os novos destinos permitiram um aumento nas vendas para fora do país: saímos de 3,2 milhões de toneladas de carne de frango, em 2008, para 4,2 milhões de toneladas exportadas, em 2019, e de 607 mil toneladas de suína para 750 mil toneladas no ano passado. O mesmo cenário pode ser observado em relação à produção. Saltamos de 10 milhões de toneladas de frango, em 2007, para 13,1 milhões, no ano passado. Já de suínos passamos de 2,9 milhões de toneladas para 4 milhões de toneladas.

O senhor elencou a abertura de mercados como uma das conquistas da ABPA. Observamos há um tempo a entrada muito forte da Ásia, principalmente da China, no Brasil. Quais os motivos? Primeiro, a carne brasileira é de altíssima qualidade. Esse é um dos principais motivos pelos quais o produto daqui chama tanto a atenção do mundo. Por outro lado, a lacuna deixada pela Peste Suína Africana (PSA) na produção dos países asiáticos e no trade global vem ditando o comportamento das exportações brasileiras e dos demais exportadores internacionais de aves e de suínos. Esse fator ampliou substancialmente as exportações para a Ásia. A China, para se ter uma ideia, importa 17% do nosso volume da carne de frango e 49% de suína. É disparado o principal destino da nossa produção. Posso garantir: o Brasil reúne todas as condições para se tornar ainda mais competitivo neste mercado, sobretudo diante da necessidade cada vez maior de segurança alimentar.

Como a pandemia afetou os planos dos setores para 2020? E quais as lições que deixa? Os frigoríficos possuem ambientes de trabalho controlados e com normas rígidas, mesmo sem pandemia. O uso de equipamentos de proteção individual e os protocolos sanitários são seguidos à risca. Já faz parte da rotina o uso de uniformes, máscaras e luvas. O fato é que a Covid-19 exigiu que ampliássemos ainda mais os cuidados com a proteção e a saúde dos colaboradores. Por isso, antes mesmo da determinação da quarentena em diversos estados do país, em março, a ABPA e suas empresas associadas já haviam implementado todas as medidas de controle ao coronavírus – que foram, ao longo dos meses, se aperfeiçoando. A primeira, com certeza, o afastamento de todos os trabalhadores identificados como grupo de risco. A ABPA, junto às agroindústrias, também estabeleceu protocolos setoriais validados cientificamente pelo Hospital Albert Einstein. O documento tem mais de 250 páginas. Foi adicionada uma série de medidas para proteger os colaboradores, como, por exemplo, os indispensáveis equipamentos buconasal e faceshield. Os cuidados também contemplam níveis de distanciamento determinados pela Portaria Interministerial n° 19 e medidas contra aglomerações. E é preciso destacar que foram intensificadas as ações de vigilância ativa, a rotina de higienização de todos os ambientes dentro e nos arredores dos frigoríficos e o monitoramento da saúde de trabalhadores. Ainda assim, com todo esse protocolo rígido, estamos sujeitos a situações como a que aconteceu após as notícias desencontradas de que o novo coronavírus foi encontrado em embalagens de frango brasileiros exportados para cidade de Shenzhen, na China. Exige um esforço diplomático porque, como falamos, a China é nosso principal comprador. E uma notícias dessas, em meio à pandemia, pode levar a uma crise sem precedentes. Precisamos estar vigilantes. Garanto: nos preparamos! Graças ao empenho da ABPA, das entidades estaduais, das empresas e do Governo, seguimos produzindo em patamares próximos ao que era inicialmente previsto. Com planejamento e iniciativa, construímos rapidamente estratégias que mantiveram o abastecimento e ajudaram a preservar a saúde dos colaboradores.

Quais os principais desafios do setor de proteína animal para os próximos anos? Se antes era altamente complexo operar em um mercado tão competitivo quanto o setor de proteína animal, esse contexto ficou ainda menos previsível com a ocorrência da pandemia. Em todo o mundo, travas para o comércio internacional, paralisação de atividades e imposição de barreiras para a circulação de pessoas travaram o sistema econômico, que precisou se reformatar. Apesar da demanda por alimentos seguir firme, o modo de consumo foi impactado. Vimos nos Estados Unidos, por exemplo, a redução da produção de processados e a inclusão de novos modelos de consumo fora de casa – o quick service restaurant. Na União Europeia, a produção de alimentos se manteve, mas a redução dos níveis de consumo impactou no excedente de produção sobre a demanda.  Enquanto isso, nos Estados Unidos, as plantas foram paralisadas. No Brasil, embora menos impactado, o mercado interno também encontrou entraves. Custos de produção elevados (especialmente pelo “Custo Covid”, que demandou milhões em investimentos no sistema produtivo para a proteção dos colaboradores) foram compensados pela alta significativa nas exportações – que, como falamos anteriormente, deverá encerrar o ano em alta. Mas, apesar de toda a complexidade e impactos, a pandemia não foi o maior fator de influência sobre o contexto internacional das proteínas. Foi a Ásia, especialmente a China, quem ditou o desenho do comportamento produtivo. A perpetuação dos impactos causados pela Peste Suína Africana no rebanho suíno asiático se sobrepõe, em muitas vezes, ao total de exportações de carne suína pelo mundo anualmente. Isto, somado a outros pontos, como: a alteração na dinâmica de negócios das importações de aves por conta da situação no Oriente Médio, o protecionismo da África do Sul (com elevação de tarifas) e a volatilidade cambial. Em meio a todos estes fatores, a carne de frango ainda será a mais competitiva – pelo menos no mercado interno, frente à alta de preços, em especial, da carne vermelha. Como produtores e exportadores, nossa atenção especial estará em um ponto específico: a manutenção da confiança dos consumidores. A pandemia trouxe novos hábitos e uma visão ainda mais crítica sobre a importância da inocuidade dos produtos. O cuidado com a saúde é, como nunca, a pauta principal. Sabemos dos atributos e do elevado padrão que empregamos. Demonstrar isto ao consumidores, entretanto, será nosso maior desafio.

Por que decidiu deixar a presidência? Essa era uma decisão que eu havia tomado há algum tempo e agora se concretiza. Estou fora de casa há 20 anos – oito em Brasília e 12 em São Paulo, presidindo a Associação dos Produtores e Exportadores de Frangos, a União Brasileira de Avicultura e, mais recentemente, a Associação Brasileira de Proteína Animal. Minha vida se dividia entre Porto Alegre, Marau, o centro do país e as viagens pelo mundo afora. A saída deveria ter ocorrido ainda no primeiro semestre, mas, com a pandemia da Covid-19, optamos por adiar a transição. A prorrogação da gestão por quase cinco meses foi fundamental para estabelecermos protocolos sanitários, de saúde e de higiene, orientarmos as empresas associadas e articularmos ações com os governos federal e estaduais.

E o que vem pela frente? Vou liderar uma nova iniciativa: Turra – Consultoria em Agronegócio. Paralelamente, seguirei na ABPA, mas atuando de outra forma. Farei parte do Conselho Consultivo e apoiarei institucionalmente o novo presidente da associação, Ricardo Santin. Com menos intensidade, mas com a mesma paixão, continuarei lutando por essa atividade que transforma a vida de tantas famílias e orgulha o nosso país. Como disse o Apóstolo Paulo, em uma de suas passagens mais emblemáticas: “Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé”. É com esse sentimento que me despeço dessa missão tão nobre confiada a mim.

Foto: Agência Brasil/Divulgação | Fonte: Assessoria
17/08/2020 0 Comentários 489 Visualizações
Variedades

Mais convergência, menos divergência

Por Gabrielle Pacheco 29/05/2020
Por Gabrielle Pacheco

Vidas perdidas, negócios fechados, desemprego em alta, produção em queda. Os impactos da Covid-19 na saúde e na economia são desastrosos. Não bastassem essas e outras consequências, um novo inimigo ganha espaço a cada dia: o radicalismo. A polarização e o acirramento político estão pautando as relações interpessoais e institucionais no país. No terreno digital, esse conflito se potencializa ainda mais.

A diferença entre visões de mundo é salutar à democracia. Eu mesmo sempre tive posições claras em relação à política. Mas as sociedades que mais prosperam são aquelas em que a convergência está acima da divergência. Há tempos, infelizmente, vivemos um ambiente bélico, que tem afastado soluções. E, agora, está sendo nocivo ao enfrentamento da crise pandêmica.

Ando pelo mundo e tenho convicção de que ninguém tem feito mais mal ao Brasil do que o próprio Brasil. Os que foram coniventes ou absolveram práticas de corrupção não construíram, nem construirão, uma nação melhor. Somas vultosas foram investidas em obras faraônicas da Copa e das Olimpíadas. Tivessem sido aplicadas na saúde, muitas vidas estariam preservadas hoje. Não podemos voltar no tempo, mas temos de extrair lições do passado.

Com ódio, o lado oposto também não está sabendo congregar os brasileiros em um dos momentos mais críticos da nossa história. Para prosperar, a sociedade precisa se despir de radicalismos. A política pode ser de oposição, mas não se mover por ressentimento. Deve ter construção, não só destruição. Consensos possíveis, não só dissensos. Moral, não só moralismo. Humildade, não só vaidade. Isso vale para todos.

Gasan Joseki ensina: “No silêncio, você tem tempo de sonhar”. A reclusão desta quarentena me fez pensar no Brasil pós-Covid: empregos que se foram, relações ruindo, economia em declínio. E tudo isso reforça o sonho de um país feito cooperativamente pelas mãos de cada indivíduo – inclusive pelas nossas diferenças. É tempo de olhar mais para o outro e de, realmente, colocar o país em primeiro lugar.

Foto: Divulgação | Texto: Francisco Turra
29/05/2020 0 Comentários 659 Visualizações

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