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feminismo

Cultura

Exposição aborda luta feminista na 13ª Bienal do Mercosul em Porto Alegre

Por Amanda Krohn 15/11/2022
Por Amanda Krohn

A exposição Por um Fio, da artista visual Susan Mendes, aborda a luta feminista na 13ª edição da Bienal do Mercosul em Porto Alegre. A exposição, que inicia na quinta-feira, 17, e segue até o dia 17 de dezembro, apresenta em 26 obras a vida das mulheres que se tornam vítimas da violência direta, indireta, física e moral. Com curadoria de Ana Zavadil, a atividade convida para refletir sobre o sistema de opressão referente a gênero, sexualidade e o direito de se expressar e se autocompreender.

Processo de criação

As obras têm como suporte o papelão corrugado, material usado em caixas descartadas e reutilizado ao lado de tecidos, madeiras, fibras siliconadas, tintas, colagens e espelhos. Com uma produção sustentável, a artista desenvolve uma pesquisa própria com os materiais. No processo de lixar e rasgar o papelão, reflete a mulher real com suas curvas e cicatrizes; a autoimagem feminina sem a imposição de padrões e estereótipos. Parte da exposição foi feita durante a pandemia, em 2020, e retrata também o confinamento e a solidão.

A artista explica que suas criações têm como objetivo levar à reflexão e consequentemente ao avanço nas pautas feministas. “Eu sempre trabalhei minhas obras pelo viés feminino. Meninas e mulheres sabem: quem somos está constantemente sendo tirado de nós”, defende. “É preciso falar da aceitação da mulher como ela é. Uma mulher possível, de verdade, que, mesmo nas situações em que se vê por um fio, acredita na potência das suas imperfeições e na liberdade de ir e vir. A exposição é um chamado para que homens e mulheres olhem para si a partir da perspectiva da vida e da arte”, continua.

Susan Mendes tem mais de 30 exposições em museus, universidades, acervos e instituições culturais renomadas, entre elas o Museu de Arte Contemporânea do RS (MACRS). Até o final de novembro, participa também da mostra Fora das Sombras – Novas Gerações do Feminino na Arte Contemporânea, montada pela curadora Ana Zavadil no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba (PR).

Ateliê Susan Mendes

A exposição Por um Fio acontece no Ateliê Susan Mendes, no bairro Três Figueiras, em Porto Alegre. O casarão que abrigou a família da artista por 36 anos foi transformado em um novo espaço e hoje recebe alunos de todo o Rio Grande do Sul para cursos, palestras e estudos sobre arte contemporânea. “A casa foi ressignificada como arte. É um lugar com alma, onde todos se sentem muito à vontade para trabalhar em seus processos criativos. Já tivemos cursos de pintura, figuras humanas, tapeçaria, criatividade na arte, e temos muito a fazer para 2023”, completa.

Serviço

O quê: Exposição Por um Fio
Quando: 17/11 (quinta-feira), às 19h; visitar 18/11 (sexta-feira) a 17/12, terças a sextas, das 15h às 18h; sábados mediante agendamento
Onde: Ateliê Susan Mendes – Rua Felipe Becker, 431, bairro Três Figueiras, Porto Alegre
Quanto: Entrada gratuita

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
15/11/2022 0 Comentários 320 Visualizações
Variedades

4º Café Mulheres Inspiradoras: A pandemia impulsionou mudanças

Por Gabrielle Pacheco 24/09/2020
Por Gabrielle Pacheco

Se reinventar e estar pronta para enfrentar os novos desafios. Essa é a síntese do painel Lições Aprendidas em Tempos de Distanciamento Social, tema da quarta edição do Café Mulheres Inspiradoras promovido pelo Núcleo das Mulheres Empreendedoras da Associação Comercial, Industrial, de Serviços e Tecnologia de São Leopoldo – ACIST-SL em parceria com o a Assemplife – Associação das Empresas e Profissionais Liberais do Bairro Feitoria.

Realizado pela primeira em formato digital, a edição reuniu nesta quarta-feira (23) Hellen Carolina, fundadora da marca de moda feminina Hellen Carolina; Cláudia Sá, idealizadora e diretora da Feira Bem Vestida, e Michele Arigony, delegada responsável pela Delegacia da Mulher de São Leopoldo.

Durante o painel on-line, as três líderes e empreendedoras foram unânimes em afirmar que “não há mais como voltar no tempo” e que as relações vão seguir avançando para um novo patamar. Para Hellen, o reposicionamento e fortalecimento da marca no mundo digital, principalmente o investimento em e-commerce, podem ser traduzidos como uma virada certeira para os negócios, trazendo várias conquistas. Resultados que são comprovados com a abertura de postos de trabalho”, disse Hellen.

Aprendizado também citado por Cláudia Sá. Segundo ela, a incorporação de novas tecnologias possibilitou o aperfeiçoamento do sistema de vendas nos brechós, citando como exemplo o delay na hora da compra, o que causava transtornos com os clientes. “Fizemos uma parceria com uma startup, o que facilitou a identificação de todos os processos durante a feira, sanando esse problema”, informou Cláudia, ao comentar que já realizou cerca de 140 eventos on-line desde o início do distanciamento social.

Para a diretora da Feira Bem Vestida, independente de crises, a lição que prevalece é a de que é necessário sempre ficar à frente do negócio, ou como ela mesmo diz “ser a vitrine da sua marca”. Seu case de sucesso gerou um convite para Claudia para ser palestrante no E-commerce Summit, evento que contou com Luiza Trajano, presidente do Conselho da Magazine Luiza. Atualmente, a Feira Bem Vestida é a maior feira de brechós on-line do Brasil.

Os impactos não vêm apenas no empreender, mas nas novas formas de trabalho. Exemplos consolidados na Delegacia da Mulher de São Leopoldo. “A Polícia Civil se reinventou. Como os registros diminuíram, ficamos preocupados com as sub-notificações. Desta forma, abrimos outros canais para possibilitar o registro das ocorrências, que, além do telefone 180, podem ser feitas on-line e por whatsapp”, comentou a delegada Michele Arigony.

O Café Mulheres Inspiradoras, realizado em parceria com a Associação de Empresas e Profissionais Liberais do Bairro Feitoria – Assemplife, foi criado com o objetivo de inspirar mulheres através do compartilhamento de histórias de lideranças femininas.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
24/09/2020 0 Comentários 410 Visualizações
Cultura

Emancipa Mulher promove aula de defesa pessoal exclusiva para mulheres

Por Gabrielle Pacheco 19/02/2019
Por Gabrielle Pacheco

A escola feminista e antirracista Emancipa Mulher vai promover na próxima quarta-feira, 20, uma aula aberta de defesa pessoal exclusiva para mulheres com a praticante de jiu jitsu Juliana Campos. O evento será gratuito e ocorre no Teatro de Arena, em Porto Alegre, a partir das 18h30. A entrada será por ordem de chegada, conforme a disponibilidade de espaço no local.

A Emancipa Mulher foi criada em 2017 e faz parte da ONG de educação popular Emancipa, presidida por Luciana Genro. A ONG oferece aulas de cursinho pré-vestibular e pré-Enem para jovens e adultos de baixa renda em Porto Alegre desde 2011. A ONG mantém ainda atividades culturais e esportivas na Casa Emancipa Restinga e unidades em Guaíba, Bagé, Gravataí, Charqueadas, Pelotas e Novo Hamburgo.

As aulas de defesa pessoal serão oferecidas pela Emancipa ao longo de 2019. Juliana, que ministrará a oficina do dia 20, é advogada e idealizadora do Jits Time, um projeto que produz conteúdo original e pesquisa histórica sobre feminismo e defesa pessoal, com o intuito de aproximar as mulheres para a prática das artes marciais.

A Emancipa Mulher oferece ainda o curso regular Laudelina de Campos Melo, que aborda o histórico dos movimentos de mulheres e da luta do povo negro na sociedade. Em 2018, a Emancipa também promoveu uma série de encontros intitulados Feminismo em Debate, levando a discussão sobre o combate ao machismo e ao racismo ao interior do RS.

Serviço

O quê: Aula de defesa pessoal para mulheres
Quando: 20/02, a partir das 18h30
Onde: Teatro de Arena, Av. Borges de Medeiros, 835, Centro Histórico, Porto Alegre
Quanto: Entrada franca

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
19/02/2019 0 Comentários 582 Visualizações
Projetos especiais

Jovens do programa Nós por Elas recebem certificados do Instituto Crescer legal

Por Gabrielle Pacheco 03/12/2018
Por Gabrielle Pacheco

As participantes do programa “Nós por Elas – A voz feminina do campo” receberam, na quinta-feira, 29, os certificados de capacitação em comunicação. O programa é uma ação do Instituto Crescer Legal direcionado a jovens egressas do Programa de Aprendizagem Profissional Rural. São elas: Eduarda Rodrigues de Oliveira, 19 anos, de Vera Cruz (RS); Maiara Danielle Rohloff, 17 anos, de Venâncio Aires (RS); e Pâmela Cristina Guedes (18 anos), Fabiane Marinês Schlittler (18 anos) e Jéssica Voeltz (17 anos), de Vale do Sol (RS).

Durante três meses, desde setembro, elas se deslocavam de suas localidades no interior dos municípios para participar das atividades na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). Foram 240 horas de atividades, com pesquisas e trabalhos sobre temas como história do rádio, conceitos e técnicas de radiojornalismo, estrutura da notícia, produção de textos e roteiros. O período encerrou com a produção de quatro programas de rádio – Mulher no mercado de trabalho; Gravidez na adolescência e casamento precoce; Trabalho infantil; e Violência contra a mulher – que estão sendo veiculados nas mídias sociais e em programas de rádio de entidades parceiras do Instituto Crescer Legal.

A certificação
O Presidente do Instituto Crescer Legal, Iro Schünke, elogiou as produções do Nós por Elas e a atuação das jovens, que já são consideradas embaixadoras do Instituto. “Ouvi os programas e parecem radialistas profissionais, falam com desenvoltura sobre temas que não são fáceis”, disse. O presidente do Conselho Fiscal do Instituto, Benício Albano Werner, lembrou que toda a aprendizagem é importante para a vida. “Se avalia o que se aprendeu quando se passa adiante”, comentou.

A consultora e fundadora do Instituto, Ana Paula Motta Costa, falou que a ideia de trabalhar com meninas é estratégia de empoderamento da mulher rural através da comunicação. “Aprender a falar é uma grande ferramenta e elas comunicam através do rádio, que é um meio de comunicação importante no campo”, acrescentou. E a educadora social da turma, Ana Paula Justen, disse que percebeu que todos os sacrifícios que as meninas fizeram valeu a pena. “É visível o crescimento delas na expressão verbal e escrita”, salientou.

A ação, realizada em parceria com a Universidade de Santa Cruz do Sul, tem foco em pesquisas sobre temas relevantes para a juventude rural. Para viabilizar a participação das meninas, elas recebem bolsas de estudo do Instituto Crescer Legal. Esta é a segunda edição do Programa “Nós por Elas – A voz feminina do campo”, pois em 2017, 13 meninas participaram do projeto piloto de produção de programas de rádio.

Experiência
Para as jovens participantes do programa, o período foi de descobertas. Eduarda Oliveira explica que aprendeu muito sobre os temas estudados e a se pronunciar usando as palavras mais adequadas. Jéssica Voeltz pontua que a oportunidade proporcionou momentos únicos e que aprendeu a identificar com mais clareza as situações abusivas. Fabiane Schlittler decidiu, durante o período de atividades, ter o jornalismo como profissão. Ela já está aprovada no vestibular e matriculada para iniciar a graduação em fevereiro na Unisc.

Pâmela Cristina Guedes diz que as pessoas passaram a comentar que ela já se expressa melhor. “O programa fez muita diferença na minha vida”, acrescenta. E Maiara Danielle Rohloff afirma que as atividades fizeram com que ela percebesse o valor feminino. “Na escola, recebi elogios a respeito da escrita e das apresentações de trabalhos”, completa.

O Instituto Crescer Legal
Fundado em 23 de abril de 2015 e em 2016, implementou o Programa de Aprendizagem Profissional Rural, oferecendo a jovens rurais o curso de Empreendedorismo em Agricultura Polivalente – Gestão Rural. Na primeira edição, 84 jovens aprendizes de cinco municípios gaúchos receberam seus certificados e, atualmente, 121 jovens de sete municípios estão participando do curso. Os jovens são contratados pelas empresas associadas ao Instituto, mas as atividades são todas realizadas na escola parceira, em suas comunidades e em saídas de estudo.

O Programa Nós por Elas – A voz feminina do campo é direcionado a egressas do programa de aprendizagem para que elas ampliem a reflexão sobre o papel da mulher no campo e no mundo e contribuam com a comunidade por meio da comunicação de jovem para jovem.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
03/12/2018 0 Comentários 754 Visualizações
Cultura

Feminismo pauta debate em Novo Hamburgo

Por Gabrielle Pacheco 02/07/2018
Por Gabrielle Pacheco

A Emancipa Mulher, escola de formação feminista e antirracista, vai promover nesta terça-feira, 3, o painel Feminismo em Debate, na Sociedade Cruzeiro do Sul, em Novo Hamburgo. O evento ocorrerá a partir das 18h30, com entrada franca por ordem de chegada.

A atividade é uma parceria do Emancipa, cursinho popular preparatório para o vestibular criado em 2007, e da Emancipa Mulher, braço feminista da rede. O evento contará com a presença de três painelistas: Luciana Genro, Joanna Burigo e Carla Zanella. Barbara Hoelscher, que teve metade do corpo queimado pelo ex-namorado em Lindolfo Collor, também participará da atividade.

Neste ano, Canoas, Santa Maria e Bagé já receberam os debates da série Feminismo em debate.

O principal curso da Emancipa, criado no ano passado em Porto Alegre, foi batizado de Laudelina de Campos Melo, em homenagem a Laudelina, mulher que fundou o primeiro sindicato e a primeira associação das domésticas, em Campinas, em 1936.

A segunda edição do Laudelina começou em junho e segue com inscrições abertas. O curso inclui aulas e atividades práticas sobre o histórico dos movimentos de mulheres e negros, ondas feministas, mercado de trabalho, controle de corpos, masculinidades e saúde.

As participantes

Luciana Genro
Fundadora e atual presidente do Emancipa e da Emancipa Mulher. Advogada especialista em Direito Penal e mestre em Filosofia do Direito pela USP, foi deputada estadual e federal. É membro da Comissão de Direitos Humanos e da Comissão de Diversidade Sexual e Gênero da OAB/RS.

Joanna Burigo
Coordenadora da Emancipa Mulher e fundadora da Casa da Mãe Joanna, experimento feminista de educação e comunicação sobre gênero. Co-fundadora do Guerreiras Project e Gender Hub, vem se dedicando a empreendimentos feministas desde que completou seu mestrado em Gênero Mídia e Cultura pela London School of Economics.

Carla Zanella
Cientista Social e graduanda em Direito. Militante anticapitalista, feminista e antirracista. Ativista do Coletivo Juntas e Juntos Negras e Negros.

Serviço

O quê: Feminismo em Debate – Novo Hamburgo
Quando: 3/7, a partir das 18h30
Onde: Sociedade Cruzeiro do Sul, Rua Oswaldo Cruz, 96, bairro Primavera, Novo Hamburgo
Quanto: Entrada franca (por ordem de chegada)

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
02/07/2018 0 Comentários 599 Visualizações
CidadesCulturaVariedades

Legislativo lança campanha contra violência doméstica no Dia dos Namorados

Por Gabrielle Pacheco 13/06/2018
Por Gabrielle Pacheco

Novo Hamburgo é o quinto município com mais tentativas de feminicídio no Estado entre 2013 e 2017, somando 46 casos. Quando analisados números de homicídios consumados contra mulheres, no período de 2012 a 2017, a cidade ocupa a sexta posição, totalizando 12 ocorrências, conforme dados da Secretaria da Segurança Pública do Rio Grande do Sul. Grande parte desses crimes ocorre no ambiente familiar.

Os números alarmantes motivaram a Procuradoria Especial da Mulher de Novo Hamburgo a lançar campanha contra a violência doméstica intitulada “Fale agora ou podem te calar para sempre”. O material gráfico, divulgado nesta terça-feira, 12 de junho, em coletiva de imprensa realizada na sede da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL NH), mostra uma jovem noiva com o rosto com vários ferimentos e os telefones 3594 0560 e o Disque 180.

Conforme a procuradora Patricia Beck (PPS), o Dia dos Namorados foi escolhido para o lançamento porque simboliza o sonho de uma futura união, além de marcar os 14 anos de um dos crimes mais brutais de Novo Hamburgo: o assassinato de Beatriz de Oliveira Rodrigues, carbonizada por seu marido Luiz Henrique Sanfelice próximo ao Santuário das Mães.

O presidente do Legislativo, Felipe Kuhn Braun (PDT), abriu o evento reforçando a importância da adesão da Câmara à luta pelo fim da violência contra a mulher. Ele trouxe dados que mostram a terrível realidade da Capital e das cidades do entorno.

“Embora compreenda 38,2% da população de mulheres do Rio Grande do Sul, a Região Metropolitana foi palco de 51,55% das tentativas de feminicídio no ano de 2017 e de 46,35%, entre 2013 e 2017”, afirma Felipe.

De acordo com ele, os números reforçam a necessidade de políticas públicas que combatam a impunidade e o ciclo de violência que atinge famílias de diferentes classes sociais. “Este é um momento bem importante, no qual nos colocamos ao lado desse trabalho forte e intenso que as forças de segurança realizam para diminuirmos esses números”, ressaltou.

Elaborada por servidores e estagiários que compõem a equipe de Comunicação da Casa Legislativa, a campanha não teve custos de criação e produção. As fotos foram feitas gratuitamente pelo fotógrafo Jackson Freitas. Tanto a modelo Bruna Luana dos Reis, representante do Município no concurso Garota Verão de 2011, quanto a maquiadora Quiliane Prass também abriram mão de seus cachês.

Ao todo, foram apresentadas oito peças, que irão compor a campanha ao longo dos próximos meses: dois modelos de cartazes, flyer, painel, marcador de página, outdoor, busdoor e a arte que será divulgada nas redes sociais da Casa Legislativa. Além desses materiais, a Procuradoria Especial da Mulher criou um site especialpara que as vítimas possam encontrar as informações necessárias para realizar suas denúncias, assim como localizar as redes de apoio.

“Precisávamos contribuir de alguma forma no combate à violência contra a mulher. Esta é uma campanha que foi inteiramente pensada e elaborada dentro da Câmara de Novo Hamburgo, focando o mês de maio, o mês das noivas. Sabemos o quanto as mulheres sonham com seu casamento, mas, infelizmente, também sabemos como seu grande sonho pode vir a se tornar um pesadelo. E é isso que queremos evitar, facilitando o acesso à rede de apoio e oferecendo um novo espaço de acolhimento”, salientou Patricia. “Temos no novo site todas as portas disponíveis para as mulheres dentro do município de Novo Hamburgo”, emendou.

Parceria com a Trensurb

Carolyne Andersson, servidora da Procuradoria Especial da Mulher, apresentou o calendário das próximas atividades envolvendo a divulgação da campanha Fale Agora. Estão previstas ações nas escolas municipais, em postos de saúde e nas redes de atendimento do Município. Em reunião na última sexta-feira, dia 8, com a direção da Trensurb, também ficou acertada uma parceria que ampliará o alcance do projeto. Além da circulação de um vídeo na TV Minuto, canal de comunicação presente no interior dos trens que percorrem a região metropolitana, a Trensurb cederá gratuitamente espaço nas quatro estações hamburguenses para a colocação de outdoor, bem como a adesivagem de um vagão. Unidades dos marcadores de página também serão oferecidos aos passageiros leitores.

Patricia destacou ainda que a direção da empresa colocou à disposição uma sala dentro da Estação Novo Hamburgo para acolhimento à mulher. Cabe agora aos órgãos competentes elaborar e apresentar um projeto para o aproveitamento do novo espaço. “A Trensurb está muito disposta a construir alternativas conosco. Eles colocaram uma de suas salas à disposição e nos disponibilizaram gratuitamente a plotagem de um vagão, transitando entre Novo Hamburgo e Porto Alegre e atingindo milhares de mulheres diariamente. Precisávamos fazer muito com pouco, e podemos dizer que conseguimos”, comemorou a procuradora.

Feminicídio

O feminicídio foi incluído no Código Penal pela Lei Federal nº 13.104/2015 como circunstância qualificadora do crime de homicídio, sendo caracterizado como o ato cometido contra a mulher em razão de seu gênero. Estatísticas divulgadas em 2015 pelo DataSenado apontam que uma em cada cinco mulheres declara já ter sofrido algum tipo de violência. Dessas vítimas, 26% ainda convivem com o agressor. Patricia Beck destacou que é justamente de encontro a essas estatísticas que foi lançada a campanha, em um esforço para alterar a realidade e auxiliar as vítimas a quebrarem o silêncio.

A vereadora reforçou que os números diminuíram em Novo Hamburgo no último ano, sem nenhum registro de feminicídio, o que credita ao trabalho das forças de segurança e órgãos judiciários envolvidos, ao qual a Procuradoria pretende somar esforços. “Queremos criar a cultura da denúncia. Para isso, apresentamos todos os canais que as mulheres hamburguenses possuem e, principalmente, buscamos instruir sobre os sinais de agressão, para que elas saibam quando devem procurar ajuda”, completou. Apenas nos últimos seis anos, 188 assassinatos de mulheres tiveram como cenário a Região Metropolitana de Porto Alegre.

Proposições legislativas

A vereadora Patricia Beck fez questão de ressaltar que atualizações legislativas são necessárias para garantir os direitos das mulheres. Ela lembrou dois projetos de lei apresentados por colegas seus que permeiam justamente essa discussão. O PL nº 17/2018, assinado por Enio Brizola (PT), institui ações de valorização de mulheres e meninas e de prevenção e combate ao machismo junto à rede municipal de ensino. Seu proponente, presente ao lançamento da campanha, defendeu o papel fundamental da educação na alteração de comportamentos discriminatórios.

Queremos quebrar a cultura do machismo. Os meninos não nascem machistas, eles se tornam. A cultura da agressão, muitas vezes incentivada pelos próprios familiares, acaba refletindo em nossas relações. Quanto mais cedo os meninos começarem a trabalhar o combate a esse pensamento, mais eles poderão evoluir”, justificou.

O projeto está previsto para ser votado em primeiro turno já nesta quarta-feira, (13).

A outra matéria que tramita na Casa é proposta por Enfermeiro Vilmar (PDT). O PL nº 36/2018 propõe a instituição de auxílio aluguel para mulheres vítimas de violência doméstica. A ideia é que o benefício ajude a transpor o obstáculo da dependência financeira, existente em algumas relações conjugais.

Patricia, que também é presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da Câmara, informou que o projeto tende a passar por uma nova construção, alterando disposições na Lei Municipal nº 2.383/2011 – que concede o benefício para famílias em áreas de regularização fundiária –, evadindo, assim, de vícios de inconstitucionalidade, mas sem alterar seu mérito. “Precisamos trabalhar a questão da implantação de mecanismos legais para que as pautas das mulheres possam sair do papel”, concluiu a vereadora.

Além dos veículos de comunicação, compareceram ao lançamento da campanha a juíza de Direito do Juizado de Violência Doméstica de Novo Hamburgo, Andrea Hoch Cenne, a escrivã da Delegacia Especializada para a Mulher de Novo Hamburgo, Roberta Larini, o sargento Gladimir de Araujo Azambuja, do 3º BPM, e a soldado Mônica Saueressig.

Foto: divulgação | Fonte: Assessoria
13/06/2018 0 Comentários 462 Visualizações
Variedades

Edipro lança obra feita inteiramente por mulheres

Por Gabrielle Pacheco 14/02/2018
Por Gabrielle Pacheco

A história do feminismo é recente, começa no século XIX e ganha força no século XX. Os movimentos que o cercam custam a ter voz, e cada vez mais lutam por seus direitos e para mostrar o papel feminino na sociedade. Um clássico da literatura, Herland – A Terra das Mulheres deixa uma importante marca nesta mobilização. Um século depois da primeira publicação, o selo Via Leitura, da Edipro, traz uma nova edição de um dos primeiros manifestos feministas.

Incentivada pela proposta, a Edipro apostou em uma equipe inteiramente feminina para a produção desta obra. Desde a edição do texto, passando pela produção, revisão, diagramação, capa e divulgação, apenas mulheres foram envolvidas no projeto. O prefácio é de Juliana Gomes, coordenadora do Leia Mulheres (projeto de promoção da literatura feita por mulheres, inspirado pela escritora inglesa Joanna Walsh). Com isso, a Edipro busca emular a inspiração inicial da autora Charlotte Perkins Gilman.

Publicada pela primeira vez em 1915, Herland descreve uma sociedade formada unicamente por mulheres que vivem livres de conflitos e de dominação. A história é narrada por um estudante de sociologia que, com o auxílio de dois companheiros, chega ao lendário país dominado por mulheres. As diferentes visões dos três exploradores logo entrarão em conflito com a organização social utópica que terão de confrontar.

Herland subverte questões como a definição de gênero, a maternidade e o senso de individualidade. Gilman, nesta obra, cria uma narrativa revolucionária e dá uma importante contribuição às discussões sociológicas sobre os papéis masculino e feminino em sociedades de qualquer época.

Sobre a autora

Charlotte Perkins Gilman (1860-1935) foi escritora, poetisa e uma ativista do feminismo nos Estados Unidos. Abandonada pelo pai durante a infância e sem que sua mãe tivesse condições de criá-la sozinha, ficou sob a proteção de suas tias paternas, Catharine, Harriet (escritora e autora do clássico A cabana do Pai Tomás) e Isabella (sufragista, defensora do voto feminino). Essa influência acabou sendo determinante para o futuro sucesso literário de Charlotte e seu papel fundamental na história dos direitos sociais das mulheres. Seu estilo e vida pouco usual para a época (divorciada e financeiramente independente) a tornaram um modelo para todas as gerações posteriores

Foto: Reprodução | Fonte: Assessoria
14/02/2018 0 Comentários 702 Visualizações

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