O Instituto Ceos iniciou um estudo clínico voltado ao infarto agudo do miocárdio (IAM), com foco tanto em pacientes que sofreram o primeiro episódio quanto em casos de recorrência. A pesquisa tem como objetivo identificar fatores de risco e desenvolver estratégias de prevenção para pacientes com histórico da condição, que é a principal causa de mortalidade no Brasil.
A pesquisa inclui a avaliação de um novo dispositivo de aplicação de anticoagulante, semelhante às canetas usadas por pacientes com diabetes. O recurso permitirá que o próprio paciente aplique o medicamento ao perceber sintomas de infarto.
O estudo é direcionado a pacientes com risco elevado, maiores de 18 anos, que tenham sofrido IAM nas últimas quatro semanas e apresentem doença arterial coronária multiarterial, além de condições como diabetes mellitus, doença renal crônica, doença arterial periférica ou falha em revascularização coronária.
Avanços na prevenção e redução de mortalidade
Segundo o coordenador do estudo, doutor Douglas Boris, o objetivo da iniciativa é “avaliar intervenções médicas e estratégias preventivas que possam reduzir a reincidência do infarto, melhorar a sobrevida dos pacientes e otimizar os recursos do sistema público de saúde”.
O Brasil registra entre 300 mil e 400 mil casos de IAM por ano, com um óbito a cada cinco a sete casos. As internações por infarto aumentaram mais de 50% na última década, alcançando cerca de 90 mil por ano.
O que é o Instituto Ceos
O Instituto Ceos é uma instituição privada de pesquisa clínica com sede em Porto Alegre. Fundado pelos médicos Paulo Pitrez e Willian Adami e pelo administrador Ricardo Melo Bastos, atua em parceria com o Hospital Ernesto Dornelles. A entidade também possui sede no hub de saúde do Tecnopuc, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS).
Mais de 30 protocolos de pesquisa foram iniciados desde o início da operação piloto em 2023. Interessados em participar do estudo podem entrar em contato pelo telefone (51) 98974-1350.