O Hospital Centenário, localizado em São Leopoldo, já realizou 21.596 atendimentos nas emergências adulto e pediátrica desde o início de 2025, sendo 5.378 apenas entre 15 de abril e 15 de maio. Os dados foram divulgados neste domingo (18) e indicam um crescimento na procura por serviços de urgência, inclusive por pacientes de outros municípios da região metropolitana de Porto Alegre.
No mês passado, 525 atendimentos foram destinados a moradores de cidades como Sapucaia do Sul, Estância Velha, Portão e Novo Hamburgo. Para a administração, o volume reforça o papel do hospital como referência regional em atendimentos de média e alta complexidade.
Mudança no perfil dos pacientes
Segundo o presidente da Fundação Hospital Centenário, Ricardo Silveira, o perfil dos pacientes que chegam ao serviço de emergência mudou. “São pacientes que muitas vezes necessitam de internação ou cirurgia. Essas pessoas não conseguiram acesso anteriormente pela Atenção Primária à Saúde (postos de saúde) e Serviços Especializados. Quando chegam à emergência a doença avançou”, afirmou Silveira.
Apesar da alta demanda, o hospital mantém o atendimento emergencial. A direção ressalta que o serviço vem suportando o aumento, mas alerta para a aproximação do inverno, período em que historicamente há aumento de casos de doenças respiratórias. “A porta de entrada da urgência/emergência é o termômetro do sistema. Porém, nossa atenção está voltada ao fato de que ainda não chegamos no inverno e observamos lotação em serviços de emergência em vários municípios – aqui não é diferente. Essa análise se faz necessária principalmente agora, o inverno se aproxima e pessoas com dificuldade de acesso em outros municípios passaram a procurar nossa estrutura. Estamos preocupados com a possibilidade de entrar o inverno com esse cenário”, destacou o presidente da fundação.
Estrutura hospitalar
O Hospital Centenário conta com 255 leitos, dos quais 16 são de UTI Adulto, 10 de UTI Neonatal e 6 de UCI Neonatal. Os principais motivos de atendimento na emergência incluem traumas, acidentes e doenças respiratórias, especialmente em períodos com maior incidência de viroses sazonais.