Prefeitos e vices Progressistas definem, entre os dias 26 e 28, a indicação do partido para ocupar a presidência da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs). Mário Augusto, prefeito de Dom Pedrito, é um dos quatro postulantes ao cargo. Ele ressalta que, mais do que nunca, é preciso união entre os gestores municipais.
Os prefeitos precisam ter voz e poder de decisão.
“A pandemia ampliou ainda mais as nossas responsabilidades. Porém, nossas ações estão limitadas. Muitas vezes não somos ouvidos, mas comunicados das decisões que afetam o cotidiano das nossas comunidades. Além disso, há uma interferência cada vez maior de outros órgãos. Se não nos unirmos, perderemos ainda mais protagonismo. Os prefeitos precisam ter voz e poder de decisão”, opina Mário Augusto, que está no segundo mandato.
Pacto Federativo e Universidade Corporativa
Além de maior protagonismo dos gestores municipais, Mário Augusto também prega urgência na revisão do Pacto Federativo, de forma que os municípios não precisem mais mendigar recursos em Brasília. Durante as visitas que tem feito, o prefeito de Dom Pedrito diz ter visto ainda a necessidade de capacitação técnica permanente a gestores e servidores municipais.
“Muitos relatam dificuldades na hora de elaborar projetos e acessar recursos. A Famurs precisa apoiar permanente as prefeituras, capacitando as equipes e orientando a busca de verbas, a elaboração de projetos e a inscrição em programas nacionais. Para isso, vamos criar a Universidade Corporativa. A ideia é ofertar programas de capacitação aos gestores e servidores municipais, executados em parceria com outros poderes, universidades e iniciativa privada”, explica o prefeito de Dom Pedrito.
Atração de investimentos
Outro ponto essencial, sobretudo no pós-pandemia, será a retomada do desenvolvimento e da geração de empregos nos municípios. Para isso, Mário Augusto planeja a criação de uma Agência Municipalista de Desenvolvimento, para contribuir com as prefeituras na preparação e atração de novos investimentos.
“Outro ponto que temos debatido com os prefeitos é a necessidade de termos um escritório de representação em Brasília. Os municípios maiores têm condições de manter uma base lá, mas as cidades de menor porte, não. Termos uma estrutura de apoio lá é essencial”, destaca.
A Disputa
Um acordo entre os partidos que mais elegeram prefeitos em 2020 prevê rodízio na presidência da entidade. Cada sigla tem direito a presidir a Famurs por um ano. Por ter conquistado o maior número de prefeituras, a escolha cabe ao PP em 2021.
Além de Mário Augusto, outros três prefeitos disputam a indicação dos Progressistas. Na disputa interna, prefeitos e vices da sigla votam por e-mail, na próxima semana, entre os dias 26 e 28 de abril. Para isso, os integrantes do colégio eleitoral devem efetuar um cadastro junto ao partido até esta sexta-feira (23) pelo e-mail secretaria@pp-rs.org.br.