A Associação Médica Brasileira (AMB) vê com extrema preocupação o movimento no Senado Federal que pede a liberação da produção de amianto no Brasil. Uma Comissão Externa Temporária sobre o assunto, requerida pelo senador Vanderlan Cardoso (PP-GO), foi aprovada em plenário.
O amianto ou asbesto é uma fibra mineral fortemente associada ao desenvolvimento de inúmeras doenças graves, como asbestose, câncer de pleura e peritônio (mesotelioma), câncer de pulmão e de laringe. A exposição ao asbesto ocorre por meio de inalação, tanto no ambiente de trabalho quanto em contato com material ou ambientes contaminados.
No Brasil, a substância foi proibida em 2017, por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Este é um movimento mundial: desde 2005, a Organização Mundial da Saúde (OMS) pede urgência no banimento do amianto e 55 países já acataram a orientação.
Estudos comprovam que não há exposição sem riscos. No Brasil, entre 2000 e 2010 foram registrados no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) 2.400 óbitos por agravos à saúde relacionados ao amianto.