O Rio Grande do Sul já contabiliza 23.021 casos confirmados de dengue e 25 mortes pela doença neste ano de 2025, de acordo com dados do Painel de Casos de Dengue da Secretaria de Saúde do Estado. Apesar dos dias mais frios e chuvosos, a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, continua em alta. Atualmente, 474 municípios gaúchos estão infestados. Em 2024, o estado registrou 209.659 casos e 281 óbitos.
A coordenadora do curso de Enfermagem da Faculdade Anhanguera, Andressa Telles Borges, alerta para a atenção aos sintomas, que podem ser confundidos com outras doenças. “A dengue pode causar sintomas como febre alta, dores musculares, dores de cabeça, erupções cutâneas e fadiga. É essencial educar as pessoas sobre o tema, de forma que se sintam incentivadas a procurar assistência médica imediata a partir do momento em que apresentarem os sintomas, adotando medidas preventivas, garantindo o diagnóstico e tratamento da doença adequado, pois esses mesmos sintomas se assemelham com outros problemas”, afirma Andressa.
Segundo a docente, também é importante observar sinais respiratórios e gripais. “A dor de garganta, congestão nasal, tosse seca, coriza etc., são comuns na Covid-19, mas isso não é frequente nas arboviroses”, explica Andressa.
Principais sintomas da dengue
De acordo com Andressa, os sintomas mais comuns da dengue são:
- Febre alta;
- Dor de cabeça intensa;
- Dor atrás dos olhos;
- Dores musculares e nas articulações;
- Manchas vermelhas na pele;
- Náuseas e vômitos;
- Fadiga e cansaço excessivo;
- Sangramentos, em casos graves.
Cidades com mais casos confirmados
As dez cidades com maior número de casos confirmados de dengue no estado são:
- Viamão: 6.101
- Porto Alegre: 4.251
- Alvorada: 2.466
- Novo Hamburgo: 1.771
- Sapucaia do Sul: 898
- Cachoeira do Sul: 714
- Gravataí: 563
- Canoas: 545
- Cachoeirinha: 469
- Planalto: 328
Prevenção é fundamental
Andressa Telles Borges reforça ainda que medidas de prevenção são fundamentais para evitar a proliferação do mosquito. Entre as recomendações da especialista estão:
- Eliminar água parada, verificando pneus, garrafas, baldes, calhas e objetos que possam acumular água;
- Instalar telas de proteção nas janelas e portas;
- Manter piscinas limpas e tratadas;
- Cooperar com campanhas de prevenção promovidas por órgãos públicos e organizações locais.
A docente também destaca que, em caso de infecção, é fundamental manter repouso absoluto e estimular a hidratação oral durante o tratamento.