Quase 40 mil pessoas aguardam por atendimento especializado e exames de responsabilidade do estado na área de abrangência da Associação dos Municípios do Vale Germânico (Amvag). O levantamento, discutido por prefeitos em reunião na quarta-feira (6), considera apenas quatro especialidades médicas — neurologia, oftalmologia, otorrinolaringologia e traumatologia/ortopedia — e três tipos de exames — tomografia, ressonância magnética e mamografia. A expectativa é de agravamento do cenário nos próximos meses, com a chegada das doenças típicas do inverno.
Segundo a Amvag, neurologia, oftalmologia, otorrinolaringologia e traumatologia/ortopedia somam quase 26 mil casos na fila. Oftalmologia lidera com 13,5 mil pacientes, seguida por otorrinolaringologia (4,5 mil) e neurologia (mais de 4 mil), sendo cerca de 1,3 mil crianças. Entre os exames, a ressonância magnética acumula quase 10 mil pedidos, a mamografia mais de 2 mil e a tomografia completa os 14 mil casos em espera.
Impacto na população
Casos como o de pacientes que aguardam atendimento após fraturas, pessoas com câncer diagnosticado há meses sem acesso a oncologistas e famílias lidando com dores crônicas, como hérnia de disco, foram relatados pelos gestores. “Os prefeitos estão desesperados, pois sofremos junto com nossa comunidade. Se temos como esperar inertes para que as coisas melhorem”, afirmou o presidente da Amvag, Gaspar Behne.
Busca por soluções
Os prefeitos relataram conhecer pessoalmente muitos dos casos e expressaram preocupação com o aumento da demanda. A Amvag informou que buscará uma audiência com a Secretaria Estadual da Saúde para discutir o problema e tentar acelerar o atendimento.