O Índice de Intenção de Consumo das Famílias Gaúchas (ICF-RS) caiu para 57,4 pontos em abril deste ano, segundo pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), realizada nos últimos dez dias de março em Porto Alegre. O número representa uma queda de 3,6% em relação a março (59,5 pontos) e de 12,0% na comparação com abril de 2024 (65,2 pontos), atingindo o menor patamar desde dezembro de 2020, quando marcou 56,9 pontos.
Com o resultado, o índice segue abaixo da linha dos 100 pontos, que separa a percepção otimista da pessimista. O ICF varia de 0 a 200 pontos, sendo que valores abaixo de 100 indicam opinião média pessimista sobre o consumo.
Seis dos sete componentes do indicador apresentaram retração em abril. A única exceção foi o componente Emprego Atual, que avançou 0,8% e chegou a 79,2 pontos, indicando uma leve melhora na percepção das famílias sobre sua situação no mercado de trabalho.
O ICF-RS atingiu em abril deste ano o menor nível desde dezembro de 2020, o que evidencia a fragilidade da confiança das famílias gaúchas diante do atual cenário econômico. Apesar de uma leve melhora no componente de Emprego Atual, a queda generalizada nos demais indicadores — com destaque para Momento para Duráveis e Consumo — reflete as dificuldades enfrentadas pelas famílias em meio à inflação elevada, juros altos e incertezas externas”, avalia o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn.
Queda nos indicadores de consumo
Entre os componentes que mais recuaram está o indicador Momento para Duráveis, que caiu 15,2% e atingiu 14,3 pontos, refletindo forte resistência das famílias em adquirir bens de maior valor. O Consumo Atual teve queda de 6,8%, marcando 52,3 pontos, enquanto a Perspectiva de Consumo recuou 6,6%, ficando em 72,4 pontos.