A Invito Cachaça, agroindústria familiar de Lomba Grande, participará pela segunda vez da Expointer, que acontece de 30 de agosto a 7 de setembro no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. O negócio, gerido pela família Thiesen, apresentará lançamentos como um licor de maracujá e uma cachaça extra premium, blend de carvalho francês e americano envelhecido em barris que antes armazenavam vinho. O objetivo da participação é ampliar a visibilidade da marca e conquistar novos clientes para a produção artesanal.
Planejada desde 2016, a Invito iniciou as vendas há três anos e mantém um processo de produção integralmente artesanal, desde o plantio da cana até o envase. “O que realmente representa a marca é o caráter artesanal da produção. Tudo é feito em pequena escala, com muito cuidado e dedicação. Cuidamos de todas as etapas, desde o plantio da cana até o envase”, afirma a empresária Maria Luíza Thiesen, responsável pela agroindústria ao lado do marido, Jonas Henrique Thiesen, e do filho, Guilherme Ferreira Thiesen.
Na última safra, colhida na propriedade da família, foram produzidos cerca de quatro mil litros de cachaça, parte destinada também à produção de licor. “Estamos lançando nossa primeira cachaça extra premium, com três anos de envelhecimento, o que coincide com os três anos de existência da empresa”, explica Maria.
Processo de fabricação
Segundo a empresária, o tempo de produção varia conforme o produto. A cana leva de nove a 12 meses para ser colhida, podendo chegar a até um ano e meio em caso de brotos novos. Após a moagem, a bebida descansa por um ano em tonéis de inox. “Se for envelhecida, esse tempo aumenta conforme o tipo de barril e o tempo desejado de envelhecimento. A cachaça prata, por exemplo, leva dois anos para estar pronta, sem passar por barril”, detalha Maria Luíza.
Sustentabilidade e pioneirismo
A Invito é a primeira cachaçaria formalmente registrada em Novo Hamburgo, com todos os processos legais regulamentados. “A resposta do público tem sido muito positiva, com elogios e aprovação, especialmente por ser um produto feito pela família”, comenta Maria.
Todo o resíduo da produção é reaproveitado: os restos da colheita e da moagem são usados como adubo, e o etanol gerado abastece o carro do filho Guilherme.
Participação hamburguense
Após a Expointer, a família participará também do Acampamento Farroupilha em Porto Alegre. Neste ano, ao menos dez produtores hamburguenses de Lomba Grande estarão representando o município na feira.




